É que não consigo deixar de olhar (escritos enjeitados)
Hoje, por um qualquer acaso ou coincidência demais, recebi uma foto da tua irmã no mail. Da tua irmã cantora. Por segundos pensei que eras tu. Por segundos arrepiou-se-me a espinha, um calafrio percorreu-me as costas e uma angústia (velha conhecida mas há muito esquecida) apertou-me o estômago. Por segundos acreditei que aqueles eram os teus olhos, que aquele era o teu sorriso. Só à segunda vista percebi que não eras tu, que era a tua irmã. A tua irmã que não conheço e para quem nunca antes tinha olhado. Mas quis acreditar que aqueles eram os teus olhos, que aquele era o teu sorriso. E por segundos, para mim, aqueles foram mesmo os teus olhos, aquele foi mesmo o teu sorriso. E foi então, à segunda vista, que percebi que, por mais que olhe para a tua irmã, para a fotografia da tua irmã, irei para sempre ver-te a ti. E foi só agora que percebi que, para onde quer que olhe, vou sempre ver-te a ti...
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