31 julho 2006 

Arre porra...

...que há dias em que parece que tudo se conjuga para nos lixar a cabeça! Chiça!

 

Breviário de fitas: Lucky number quê?

Lucky number slevin

Não é o melhor dos heist movies. Não é o pior... Não é a melhor das cópias de Tarantino. Não é a pior... Não é a melhor montra para um elenco de luxo (Willis, Freeman e Kingsley fazem de Willis, Freeman e Kingsley). Não é a pior... Não é o melhor dos thrillers de volta e reviravolta com twist final e outro twist e outro e mais outro. Mas não é o pior... Não é a mais divertida das comédias negras nem a mais surpreendente das comédias de enganos. Mas não deixa de ser bastante divertida e surpreendente... Agora, o título, pá, o título é que... porquê? Porquê?

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Adenda: doido por notas do tradutor

A propósito do livro referido na posta abaixo, não posso deixar de agradecer à Editorial Magnólia o extraordinário trabalho de tradução e legendagem da edição portuguesa do best-seller de Paul Reiser. Caríssimos amigos, há muito, muito tempo, que não via uma tão elaborado falta de cuidado no tratamento do original e uma tão leviana condução da leitura pela parte do tradutor (neste caso, da tradutora). Já para não falar na repetição da micro-biografia de Paul Reiser (na badana e no final) e no estranho texto de contra-capa de Bruno Nogueira (estranho, por estar na contra-capa; nada contra o autor, mas parece-me que alguém lhe pediu um prefácio e acabaram por o colocar no sítio errado...).

Mas deixando de lado a pobre tradução (que, infelizmente, não é caso único) e outros problemas logísticos, olhemos para as mui preciosas Notas do Tradutor, que ocupam três páginas do final do livro. E deixemos também de lado o facto de este se tratar de um livro perfeitamente acessível, de temática mundana e linguagem corriqueira. Ainda assim, não fossem as 44 Notas do Tradutor (45, se contarmos com a da badana), ficaríamos sem saber que CIA são os «Serviços Secretos Americanos», que Marriott é o «nome de uma cadeia de hotéis» e que American Express «é uma empresa de serviços financeiros sediada nos Estados Unidos. Conhecida, principalmente, pelo seu cartão de crédito»...

Mas ficaríamos, sobretudo, sem conhecer relevantes observações para o bom prosseguimento da leitura, como estas:
«Texas. Estado americano, cuja capital é Austin, mas a maior cidade é Houston. (nota de tradutor)»;
«Cracker Jacks. Um dos "snacks" favoritos dos americanos, desde 1896, pipocas cobertas de caramelo com amendoins.»;
«Oprah, Donahue, Sally Jesse Raphael. São programas "talk shows" da televisão americana.»;
«"Big secret" na língua inglesa quer dizer, na língua portuguesa, 'grande segredo'.»

Obrigado, pois, senhores da Magnólia, por nos ajudarem, burros e idiotas leitores, a melhor compreender os significados ocultos e obscurecidos pelas entrelinhas da obra hermética e codificada de Paul Reiser. Agora peguemos neste volumoso calhamaço que é a obra do filósofo Steve Martin.

 

Breviário de leituras: Doido por ti

Doido por ti, Paul Reiser

«Também, estou constantemente a pensar que não sei o suficiente para ser pai de alguém. Porque as crianças fazem imensas perguntas e eu, vou ser honesto contigo - basicamente, não sei nada.
Eu não sei porque é que os aviões se aguentam no ar.
Não sei porque é que regressar de um sítio demora menos do que ir até lá.
Não sei porque é que após aguaceiros cheira daquela maneira.
Não sei como é que a partir da casca de uma toranja consegues saber se ela está cor-de-rosa ou não por dentro.
E se a minha criança quiser saber?
Cresci a pensar que os meus pais sabiam tudo. Tenho a certeza que não sabiam, mas pelo menos foram suficientemente espertos para fingi-lo. Eu nem sequer ainda sei como fazer isso.»

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28 julho 2006 

Ah pois: 378. Essa é que é essa! Ah pois é...

Apdeites: últimas 4000 actualizações

Este Breviário já está entre os 400 blogs mais... recentemente actualizados... Ah, pois está! O que quer que isso queira dizer. O que é que isso quer dizer mesmo? Ah, pois! 378, ok? 378...

 

O monárquico de esquerda (dos erros meus)

Eu juro que não foi de propósito, mas quando, há pouco, folheava o DN para ver as gordas, li, nas páginas do suplemento de verão, o título «Deputado e fascista». Eu juro que não foi de propósito... mas por momentos, foi isso que me pareceu ter lido. Depois, quando voltei atrás para reler e confirmar, vi que, afinal, o que estava escrito era «Deputado e fadista». Bolas.

 

Um poeminha (a partir de uma spamletter que chegou) por mail (6)

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(Ni Cotinelli, a partir de TCF Bank)

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Pornocabo (ou as coisas que se dizem entre o sofá e a cama)

A diferença é que, se a Sport TV, o Disney Channel e os Lusomundos são canais codificados, o Playboy, o Hustler, o Venus e o Sexy Hot são canais «conificados»*.

(* Palavra dela, a horas adiantadas da noite, quando o sono e o cansaço já não permitem grandes cuidados.)

 

A ténue linha entre o ter estilo e o ser ridículo

Com todo o respeito que possa ter pela música dos senhores - e apesar dos meses que já se passaram -, ainda não percebi se a actuação de Marty Stuart and his Fabulous Superlatives no Late Night Show de Conan O'Brien foi um dos mais penosos e infelizes momentos de má televisão ou se foi antes um dos mais subtis e brilhantes momentos de comédia musical...

27 julho 2006 

Por ti, não para ti (escritos enjeitados)

Há já vários dias que ela andava com problemas intestinais. Há vários dias que ela não conseguia... enfim... fazer cócó. Ele não tinha esse problema. Nem tinha pensado nisso. Até ao dia em que ela lhe disse que não estava a conseguir... enfim... fazer cócó. Na manhã seguinte, quando ela acordou, viu o recado que ele lhe tinha deixado na mesa de cabeceira: "meu amor, caguei por ti".

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26 julho 2006 

Abrupto à bruta, parte 2 (revista de postas)

A fonte é abrupta

«Hoje somos todos Abrupto.

(...) Assim, e em fraterna solidariedade com o José Pacheco Pereira , declaro que hoje este blog também é Abrupto. E apelo a todos que amam a liberdade de bloggar para que se juntem a esta onda positiva, porque se deixamos de ter os Early Morning Blogs, os piratas ganham.»

(in A Fonte)

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A diarreia da liberdade

Daily Show's War on Terror(ble) Diseases

A expressão é de Jon Stewart numa das mais incisivas tiradas do seu Daily Show, a propósito da promessa de Bush júnior de vetar um projecto de lei que incentivaria a investigação com células estaminais embrionárias. São pouco mais de cinco minutos de puro sarcasmo levado ao extremo, de murros bem dados no estômago da hipocrisia da era W, de pontapés certeiros nas partes mais pudibundas de Bush & Co. De comédia ao serviço da nação. O vídeo está aqui. E a explicação aqui. Só é pena é que o Daily Show já não esteja aqui...

 

A discussão que faltava: os jornalistas e as t-shirts que eles vestem

Será que o uso de roupa casual põe em causa a execução de bom jornalismo? Será que usar t-shirt e calças de ganga é a cara de um mau jornalista? Será que os calções e as sandálias impedem o bom trabalho jornalístico? Ou é só por ser Verão que se dá importância às banalidades, às idiotices e aos disparates do morubixaba e dos seus feudatários?

 

Ora então expliquem-me lá isto outra vez, para ver se é desta que eu percebo...

«Os contribuintes a recibos verdes vão passar a descontar para a segurança social sobre a totalidade dos seus rendimentos, mediante uma correcção anual que será feita caso o rendimento efectivo supere a remuneração convencional escolhida, avança hoje o “Correio da Manhã”.

A proposta do Ministério da Segurança Social, no âmbito da reforma do sector, pretende aplicar uma correcção anual aos perto de um milhão de contribuintes que usam recibos verdes e que apresentem um rendimento efectivo superior ao que serviu de base para o cálculo da taxa social.

(...) Os trabalhadores por conta de outrem que obtenham outros rendimentos provenientes de trabalho ocasional passarão a descontar para a segurança social em função do somatório do seu salário estável e do rendimento obtido com recibos verdes.
»

Portanto, a dúvida mantém-se: e quem só tem um emprego, que é pago a recibos verdes e que desconta 30% do ordenado para uma série de benefícios a que não vai ter direito? Também vai ser alvo de uma «correcção anual»? E a malta que tem que recorrer aos biscates e ao trabalho ocasional a troco de tostões porque o que recebe no seu trabalho efectivo não chega nem para as solas? Também vai ser alvo de uma «correcção anual»? É que, provavelmente, vai descontar tanto que vai acabar por ser preferível nem sequer ter um segundo ou terceiro emprego para não perder dinheiro...

 

Ora expliquem-me lá isto para ver se eu percebo...

«Depois de ter aumentado a contribuição social dos contribuintes a recibos verdes em 2005, o Governo, no âmbito das medidas para a reforma da Segurança Social, quer aplicar também uma correcção anual aos contribuintes cujo rendimento efectivo seja superior àquele que serviu de base para o cálculo da taxa social.

(...) A esta medida de controlo, o Executivo admite ainda acrescentar, no âmbito da racionalização dos regimes das taxas únicas especiais, a contabilização no salário dos trabalhadores por conta de outrem a receita obtida por estes trabalhadores com a realização de ‘biscates’ a recibo verde.

Se assim for, significa que muitos trabalhadores com emprego certo passarão a descontar para a Segurança Social em função do somatório do seu salário estável e do rendimento obtido com recibos verdes.
»

Portanto, a malta que só tem um emprego, que é paga a recibos verdes e que já desconta uma pipa de massa para o boneco (porque na verdade, a malta não vai receber nada quando chegar a hora), vai ter agora que descontar ainda mais para - diz o senhor ministro, do alto do seu ordenado - «travar a fuga dos contribuintes a recibos verdes»... Ou seja, paga o justo pelo pecador. E mais uma vez, como sempre neste país, quem se f**e é o mexilhão, certo?

25 julho 2006 

Blogopolémicosfera: entre a liberdade de comentar e o espectro da censura (revista de postas)

«Regime jurídico da blogosfera

(...) Na “berlinda” está a acção judicial que dizem que Clara Ferreira Alves propôs ou vai propor contra Vasco Pulido Valente e Constança Cunha e Sá.
Estes tinham um blog – o Espectro – onde VPV inseriu um post verrinoso contra CFA.
Aparentemente, segundo se diz pela blogosfera, o pior de tudo não foi o texto do post, mas sim os comentários anónimos insultuosos e difamatórios que o blog acolheu.
Dir-se-ia que o administrador de um blog não é responsável pelo conteúdo dos comentários anónimos que lá vão parar, asserção com a qual não concordo; se o administrador assumidamente permite comentários anónimos, co-responsabiliza-se pelo seu conteúdo; se não quer assumir essa responsabilidade, então deve configurar o seu blog para não admitir comentários anónimos e/ou instalar o sistema de moderação de comentários, só permitindo a inserção daqueles que lhe parecem publicáveis.
E não nos venham com o chavão da “censura”, que só convence ingénuos: censurar é impedir a liberdade de expressão, o que não é o caso, pois o comentador frustrado pode sempre abrir o seu blog e colocar lá os pensamentos que bem entender – não tem é que utilizar o espaço alheio para expressar as suas opiniões – muito em especial se forem opiniões polémicas cobertas pelo anonimato.
Como já disse num outro post deste blog (Censor e Confesso), em minha casa só entra quem eu quero.»

(in Informática do Direito [via Oeiras Local, via Vu Jà Dé])

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Abrupto à bruta (revista de postas)

«Manifesto pró-Pacheco Pereira

(...) De manhã, à hora a que a generalidade dos homens está a fazer a barba, o Pacheco Pereira está a pendurar poemas no blogue. E pendura-os com a mesma burocracia nos gestos com que os outros homens fazem a barba. Os homens não fazem comentários à barba e o Pacheco Pereira também não comenta os poemas. Os homens não se emocionam com a cara escanhoada e o Pacheco Pereira também não se emociona com os versos. Deus livre o Pacheco Pereira de ser tomado por uma das emoções humanas. O Pacheco Pereira exibe poemas como aqueles senhores, na rua, exibem os genitais. Abre a gabardina e mostra um soneto. Baixa as calças e revela uma ode.»

(in Gato Fedorento)


«Save the Abrupto

»

(in A Fonte)

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Oh não, mais um jogo de computador que chega ao cinema: Space Invaders com cara de gente (revista de postas)

Space Invaders with real humans

«I gotta say that who ever made this Atari Space Invader game with humans is a little sadistic. Imagine all those poor humans having to sit there for hours until some geek tries to figure out how he will play Space Invaders with them. Sadistic freak, they are just humans!»

(in High T3ch Magazine)

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24 julho 2006 

Serviço público / serviços mínimos

Não foi o caso desta segunda-feira, mas soube bem ver no principal canal da RTP alguns interessantes e mui bem feitos documentários em horário nobre, ao longo de quase toda a semana passada. O pretexto foi a primeira série de Hora Zero, uma produção do Discovery Channel, que mostra, em tempo (mais ou menos) real os minutos que antecederam quatro dos mais marcantes momentos da história moderna: o atentado de 11 de Setembro, o ataque ao metro de Tóquio, o massacre de Columbine e o desastre de Chernobyl. Uma série extraordinariamente realista, informativa, detalhada e, sobretudo, apelativa. Agora que a programação da RTP voltou ao normal, será que vamos conseguir ver a segunda série de Hora Zero?

PS: Ainda a propósito de documentários, fica aqui um saravá à 2:, pela transmissão do mui curioso Up Close and Dangerous.

 

Um poeminha (a partir de uma newsletter que chegou) por mail (5)

São filtros, senhor são filtros
(fazemos água a partir do ar)


Água quente e água fria
Água pronta a usar
Na casa ou no escritório
Para purificar o ar

Sem nenhum tipo
de prévia instalação
A água passa por etapas
distintas de filtração

Filtro Electrostático
Filtro Pré-Carvão
Filtro de Sedimentos
Filtro Pós Carvão

Filtro sentimentos?
Não digo que não


(Ni Cotinelli, a partir de Tel-S)

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Ó raios! (Le retour de Mèlissa)

Então não é que a jovem musa da galarzada (e não ) fez anos no mesmo dia que esta alimária e esta alimária nem lhe deu os parabéns? Inadmissível! Siga esta como postalinho de aniversário atrasado, para remediar a falha...

La Mèlissa de l'anniversaire

PS: Hmm... e... como é que se diz Parabéns em francês?

 

Cut and paste, parte 2 (descubra as diferenças)

The break-up Break up Break up

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23 julho 2006 

Cobras e ovelhas: the ultimate nightmare!

Depois de Snakes on a plane (o filme que já era de culto antes de estrear), vem aí Black sheep, o filme que já era de culto antes de começar a ser feito! Qual deles o pior? Qual deles o melhor...?

 

Breviário de fitas: cut and paste

The break-up

Certo: não é o filme mais feel good do Verão, não é a melhor comédia romântica do ano (até por que não é bem uma comédia nem é lá muito romântica), não será o melhor exemplo do melhor trabalho do casal principal... mas tem três coisas que valem pelo filme todos: três danças que merecem a vénia mais babada: Vince Vaughn com Vincent d'Onofrio (os dois melhores Vinces de Hollywood), Vince Vaughn com Jon Favreau (a grande parelha do filme) e Vince Vaughn com Jason Bateman (o yin e o yang) - infelizmente, três pares que se safam melhor do que o par protagonista... Ah, e tem mais uma coisa que vale bem a pena: o "telly savalas" da Jennifer Aniston!

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22 julho 2006 

Como incentivar a compra de DVDs estrangeiros (ou como fazer com que os fãs prefiram a galinha da vizinha)

Lost - Perdidos (Série 1)

Bem sei que há guerra, que há problemas com os exames, que há calor a mais, que há muita coisa má a acontecer por aí... mas tenho mesmo que dizer isto: a edição portuguesa de Lost é a coisinha mais rasca que alguma vez vi sair em DVD! Já não bastava chegar com mais de seis meses de atraso, sem um único extra (unzinho que seja), como ainda vem em cinco cases de DVD daquelas moles que se compram na feira, enterrados dentro de uma caixa da cartolina mais barata que se pode encontrar no hipermercado e que, ainda por cima, se desfaz se tentarmos tirar todos os discos. Já para não falar do pormenor ridículo que é o facto das sinopses dos episódios estarem traduzidas mas os títulos continuarem em inglês... E depois não querem que a malta mande vir pela net edições americanas ou inglesas ou francesas ou espanholas ou brasileiras ou até edições gregas e checas e russas, que muitas vezes conseguem ser melhores (e mais baratas!) que as nossas. Que raio de descaramento!

ADENDA: Só por curiosidade, ora repare-se no que é que a edição espanhola (aparentemente igual à nossa) tem que a portuguesa não tem... É que se é assim que vão começar a tratar boas séries como o House ou a Invasão, a gente vai ali comprar uns DVDs e já vem, certo?

21 julho 2006 

A três é melhor (revista de postas)

«Espanta-me a facilidade com que, no conflito do Médio Oriente, se escolhe um dos lados. Chega a ser pornográfico como, perante o que se está a passar, se consegue dar razão a uma das partes, independentemente dos critérios e justificações que se apresentem.»

(in French Kissin')


«Cultura popular é encontrar, numa rua, a R$8 (oito-reais-oito) um dicionário de citações de Shakespeare, 150 páginas organizadas por Sérgio Faraco, edição L&PM.»

(in A Origem das Espécies)


«Também têm um sonho recorrente em que a Floribella, farta de ser pobre e não ter nada, abre alas para o Noddy, e os dois decidem fugir com o seu filho Ruca, para nunca mais voltarem?»

(in Perguntar não ofende)

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20 julho 2006 

Message in an egg

Era uma dúzia de ovos e a programação da CBS, fáxavôr!

«CBS’s copywriters are referring to the medium as “egg-vertising,” hinting at the wordplay they have in store. Some of their planned slogans: “CSI” (“Crack the Case on CBS”); “The Amazing Race” (“Scramble to Win on CBS”); and “Shark” (“Hard-Boiled Drama.”).»

 

Então e...

...alguém saltou? Alguém conhece alguém que tenha saltado? Alguém deu por isso? É que eu acho que estava a dormir...

 

Portugal ao vento







Bandeira)

 

O futebolista que tentou matar Fidel...

...25 vezes!

 

A citação que chegou por mail

«I am not young enough to know everything.»

(Oscar Wilde)

 

Nem uma rosa...

...nem um casaco. Nem uma lágrima.

 

1500 vídeos

Pronto, não vale a pena procurar mais: já foi descoberto o melhor site de todos os tempos. Pelo menos para quem foi adolescente nos anos 80. E gostava de música. E de videoclips. E pronto...

(Thanks, H.)

 

Breviário de fitas: o pirata, os amantes, o cofre, o morto-vivo e o coração dele

Piratas das Caraíbas: o Cofre do Homem Morto

A coisa conta-se desta maneira: é tudo "mais" do que no primeiro episódio. Mais personagens, mais estória, mais acção, mais piratas, mais gargalhadas, mais rápido, mais monstros, mais tempo, mais disparates, mais diversão, mais empatia, mais boas coreografias, mais bonitas paisagens, mais excelentes efeitos... mas depois fica tudo tão pendurado que parece que falta qualquer coisa (quer dizer, falta o terceiro filme...). Para um filme de piratas, consegue manter-se à tona de água do princípio ao fim sem se deixar navegar em velocidade de cruzeiro e sem abusar do rum. Se todos os piratas fossem como Jack Sparrow, a História teria sido tão mais divertida...

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19 julho 2006 

Epitáfio num jornal

«Requiem por um prédio bonito na Avenida Duque de Loulé

Não era um prémio Valmor de Arquitectura; não estava inventariado ou protegido pelo Instituto Português do Património Arquitectónico; a câmara também não lhe deu valor. Era apenas um prédio bonito de Lisboa, gaveto da Duque de Loulé com a Rua Camilo Castelo Branco. Tinha uma fachada azul-turquesa, janelas altas, cinco pisos de pé direito de "antigamente", e idade avançada, muito próxima dos cem anos. Não estava em avançado estado de degradação. Sofria, sobretudo, de abandono premeditado. Foi a sede de um sindicato afecto à CGTP - a placa estava, ainda há poucas semanas, pendurada numa das janelas, e noutra, durante anos a fio, um pedido de licenciamento urbanístico. Durante todo este tempo que se manteve de pé, como as árvores, amparou a tristeza do abandono no seu vizinho do lado, um imóvel da mesma época, esse sim em avançado estado de degradação. Há coisa de um mês, montaram-se andaimes a toda a sua altura e largura. Cobriu-se-lhe a fachada com uma tela verde. Achou que lhe iam restituir a glória e o brilho de antigamente. Que estava salvo. Mas não - destruiram-no. Nunca pensou que lhe viessem a escrever um epitáfio num jornal. Julgou que ninguém daria pela sua falta. Era só mais um prédio devoluto de Lisboa, junto ao Marquês de Pombal, com alguma esperança de poder vir a ressuscitar. E, no meio do entulho, torce para que o seu destino não se repita, quer no seu vizinho do lado de tantos anos, como mais acima, num imóvel imponente que ocupa um quarteirão inteiro, e que também tem, à janela, a mesma placa de pedido de licenciamento, que é um prenúncio de morte.»

(Diana Ralha, na página 54 do Público de hoje.)

 

Tão novinho e já tão inteligente (revista de postas)

Os 15 anos de Freud...?!

(in Prova Oral)

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18 julho 2006 

Um poeminha por mail (4)

ars poética I

do nada um tiro
a súbita convocação do silêncio.

e logo a mão do poeta
sustendo a respiração do mundo.


(Pedro Teixeira Neves, Chiasco)

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32 b (receita para um dia de trabalho cheio de surpresas)

Uma emissão inteira;
uma canção de Stevie Wonder em loop;
um bolo só de chocolate;
uma conversa em directo com os irmãos;
uma caixa de e-mail cheia de parabéns;
uma espetada de gomas;
e um aperto de mão do José Cid.

Um telefonema de cada um de quase todos os melhores amigos;
uma mão cheia de SMSs de velhos amigos e velhos amores;
um telefonema do pai de férias na Alemanha;
e um telefonema do avô hospitalizado de véspera a dizer «não te preocupes que, se eu morrer, as quotas do Belenenses já estão pagas até ao fim do ano».

E uma lamechice no canto do olho...

 

32 (receita para um acordar feliz)

Uma mão cheia de Bandidos e Mocinhas;
um The Eraser para compôr o ambiente;
um molho de Little Britain;
um Buddy Christ para dar côr;
uma colher de Lomo Action Sampler Flash com rolos a condizer;
e, para polvilhar, uma Football memory key.

 

O santo da casa

Bobblehead Buddy Christ

Este cabeçudo chegou esta madrugada e pôs-se logo a abanar a cabeça entre o Boris e o Jack e a Sally. Bem-vindo, senhor...

17 julho 2006 

Um poeminha por mail (3)

Psia é feminino / de psiu; / que serve para chamar a atenção / de alguém, ou para pedir / silêncio. // Eu berro as palavras / no microfone / da mesma maneira com que / as desenho, com cuidado, na página. // Para transformá-las em coisas, / em vez de substituirem as coisas. // Calos na língua; de calar. // Alguma coisa entre a piscina e a pia. // Um hiato a menos.


(Arnaldo Antunes, Antologia)

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A cabeçada que faltava



Que a Força esteja com a tua cabeça...

 

Breviário de leituras: A padeira de Aljubarrota (seguida de: Auto novo e curioso da padeira de Aljubarrota)

A padeira de Aljubarrota (seguida de: Auto novo e curioso da padeira de Aljubarrota), J.A. de Oliveira Mascarenhas & Diogo da Costa

«- Vamos à outra justa! - ordenava o mestre campo, depois de escorripichada uma albarrada de vinho.
- A ela!... A ela!... - gritavam todos.
E enquanto o segundo adversário fitava tudo e todos com um solene desprezo, a Brites dava um salto de clown e quadrava-se com galhardia na vanguarda do espanhol.
O momento era gravíssimo.
Se a valentosa algarvia ganhasse mais uma vez, lá se ia o dinheiro de grande número de apostas, e a honra dos pátrios lares de Vivar e Sancho Pança.
Ah! Mas o andaluz - muito mais fraco que o outro - fiava-se, como os vários conterrâneos, no relativo cansaço da filha do pescador.
E entretanto os espanhóis enganavam-se redondamente.»

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Breviário de fitas: Over the hedge (ou a lição do outro lado da moita)

Over the hedge

Bom argumento.
Bom cast.
Boas interpretações.
Excelente banda-sonora.
Over the top!

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15 julho 2006 

Na solidão de um olhar vazio (escritos enjeitados)

E no último local onde esperava ver-te, no último sítio onde imaginava ver-te, lá estavas tu. À distância de duas bancadas, frente a frente, tão próximas mas separadas por um palco, um tão pequeno palco, que, naquele momento, era um mar fundo demais para atravessar. E de repente, enquanto as luzes baixavam, o teu olhar veio assentar no meu. Cruzámos o olhar, sorri-te timidamente e no teu sorriso adivinhei uma resposta. Eras tu. E sim, era eu.

Apagaram-se as luzes, tão serenamente quanto os nossos olhares, ainda colados, me diziam que ali celebrávamos o reencontro, a um palco de distância. E passei o espectáculo com os olhos a deslizar entre os teus e os actores, com o olhar entre o teu sorriso e o palco que nos afastava. E entre cada palavra te olhava, entre cada silêncio te sorria, entre cada luz que se acendia e apagava te dizia "és tu" e sabia que tu me respondias "sou eu".

No último suspiro do actor, acenderan-se as luzes e levantámo-nos como todos se levantam no fim do espectáculo, em ovação - eu do lado de cá, tu do lado de lá - e aplaudimos, com o olhar ofuscado pelas luzes e pela ansiedade. Mas o que aplaudiamos não era o actor, não era a peça. O que aplaudíamos era o momento, era o reencontro, era o estarmos ali, frente a frente, de olhar cruzado, a dizer "até que enfim", a gritar "que saudades", a chorar pelo tempo que tínhamos perdido no tanto tempo em que nos tínhamos perdido, a pedir "lá fora, espera por mim lá fora"...

E à saída, lá fora, esperei por ti. De olhos cansados, ofuscados, abertos à tua procura. E então surgiste, ao cimo da escada. Olhei para ti e cheguei-me à luz, não para te ver, mas para que tu me visses. E foi só enquanto descias a escada que os meus olhos se abriram e perceberam... Foi só enquanto descias a escada que vi... que aquela mulher que descia a escada... aquela que me tinha olhado... não eras tu... Nunca tinhas sido tu. Tinha sido uma sombra de ti. A memória de ti. A ideia de ti. A saudade de ti.

E no último local onde esperava ver-te, no último sítio onde imaginava ver-te, percebi que tinha medo de nunca mais te voltar a ver.

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Breviário de palcos: Na solidão dos campos de algodão

Na solidão dos campos de algodão

Não é todos os dias que conseguimos ser tão agradavelmente surpreendidos quando vamos ao teatro como me aconteceu esta noite. Como me aconteceu quando, esta noite, entrei no grande auditório da Culturgest, reduzido a pequeno espaço de partilha, como quando se juntam os amigos à volta de um segredo que se quer sussurrado. "Na solidão dos campos de algodão" é como um desses segredos, desses prazeres que se querem partilhados mas só entre amigos. É tão só um dos mais belos e luminosos textos que vi em palcos portugueses.

Não é todos os dias que conseguimos ser tão agradavelmente surpreendidos quanto fui eu, esta noite, pelas palavras de Koltès, pela dança criada por Boulay, pela música assombrada de Corso e, mais que tudo, pelos gestos, pela voz, pela presença em palco de Victor de Oliveira. E sobretudo, há muito tempo que o tempo não passava tão depressa como passou esta noite na solidão de uma plateia cheia. Se o teatro existe, é por momentos assim. É para momentos assim.

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14 julho 2006 

Agora é que se me acabou o Mundial

Blogosférico, R.I.P. (pelo menos, por enquanto, que o futuro ao director pertence).

 

Breviário de palcos: Urgências

Urgências 2006

Um palco. Oito actores. Onze autores. Onze mini-peças (duas em repeat). Assim:
UAU - hilariante!;
interessante...;
muito bom, muito bom mesmo!;
ah ah ah, ah ah, uh... siiim?;
ainda interessante... mas menos...;
lindo, que ideia fantástica!;
UAU de novo... mas menos...;
ah ah ah! ah ah ah ah ah... ahhh... queres ver que...? ah!;
(xixi, água, post-it)
hã? ah! uh... (gulp) hmm...;
...que ganda seca...;
post-its, é urgente, blá-blá, blá-blá...;
bem, muito bem - mas tão longo?;
ah ah ah... ah ah! / hã? quê? uh...;
giro... uh... será?
aplausos*.

(* mas sentado, que de pé só para a grande surpresa que foi Tiago Rodrigues [versão actor] - e, porque não, para as mui talentosas Margarida Cardeal e Cláudia Gaiolas, para as linhas de Nelson Guerreiro, Nuno Costa Santos, João Quadros e Tiago Rodrigues [versão autor] e para as ideias de Susana Romana e Pedro Rosa Mendes.)

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13 julho 2006 

Os ex-Galarzas não se querem bonitos (revista de postas)

«Pontos de vista (I)

Não sei se me chateia mais o ela ter ido embora ou os resultados de merda que o Sporting tem feito nas últimas semanas...»

(in Os homens não se querem bonitos)

PS: Welcome back, X!

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Ora bolas: ahá!

E pronto, foi restabelecida a ordem das coisas. O template regressou de uma merecida folga, a cor voltou ao Breviário e o azul está de novo espalhado pela casa. A ver vamos até quando... De qualquer maneira, agradecimentos, senhores. E engrandecimentos.

 

Ora bolas, outra vez!

Explique-se: a malta dos templates decidiu arrumar a casa... e parece que varreu para baixo do tapete uns quantos a mais. A clientela bem se tem queixado, que isto assim não vai lá, atão mas o qu'é q'se passa?, algum problema?, cadê o meu template qu'inda agora aqui 'tava?, ó pá q'o meu blog desmaiou, mas que falta de respeito! E eles... nem que sim, nem que sopas... pode ser que amanhã, com o raiar do dia, lá percebam o fiasco e corrijam o disparate. Até lá, haja esperança, seguimos em versão light.

12 julho 2006 

Ora bolas!

E pronto. De repente, fiquei sem template... De maneiras que isto vai andar assim meio lo-fi até perceber o que se passou (ou arranjar um template novo). Sorry, pá!

11 julho 2006 

Um poeminha para a ceia

a food poem

wrap me in bread crumbs
toast me till I’m brown
roll me out in pastry
turn me upside down
stick me in with pasta
mix me in the pan
turn me into casserole
bake me with a flan

I’ll spice up every meal time
make a culinary treat
that will make you the envy
of everyone you meet

I’ll top your mash potato
season up your soup
stop your custard sticking
fill the ice cream scoop
and when the party’s over
and lettuce starts to sag
you can take me home forever
in your little doggy bag


(Jim Bennett, Madelaine)

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Shine on you crazy diamond

Syd Barrett, 1946-2006

«Syd Barrett dies aged 60.»

10 julho 2006 

Um poeminha por mail (2)

…Ninguém, nenhum de vós/ veio trazer-me o consolo de uma lágrima./ Ainda bem./ Ter-vos-ia dito: Se me virem na sarjeta, pisem-me em cima;/ se me querem/ bem,/ não se condoam./ Por agora, nem sequer preciso de um colchão/ para descansar como fazem os vivos — dormirei dentro/ de um contentor/ e aí chorarei sozinha/ o meu amigo.

O meu amigo./ Ele é hoje uma semente/ na terra.

Esta/ sentirá a fome de suas mãos/ quando um camponês/ semear nela// uma batata grelada: e, então, quando a minha apertar,/ mastigarei palavras limpas: honestas/ como o eram/ as suas./ O meu lugar à mesa…


(Eduarda Chiote, O meu lugar à mesa)

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Portugal: most entertaining team!

«Felipão and his team went from strength to strength, displaying the kind of neat, technical football for which the likes of Figo, Cristiano Ronaldo and Deco are rightly famed. But behind the silk lay steel, as Miguel, Ricardo Carvalho, Maniche and others exuded pride, determination and passion in every performance. It is that blend of courage and cunning that has led FIFAworldcup.com readers, in an online poll, to elect Portugal as the Most Entertaining Team

 

Zidane, o melhor do Mundial

Zidane versus Materazzi

 

Adenda à posta anterior: final virtual

Na Champions Cup do Obélix (acabadinha de acabar) o resultado final foi ligeiramente diferente do resultado da final do World Cup da FIFA:

Gauleses: 4 - Romanos: 0

 

A vitória de Itália no Mundial estava escrita nos astros (ou pelo menos na pedra do Obélix)

The Champions Cup

«According to Julius Caeser, football pits XI against XI and it's always the Romans who end up winning!»*

Quer dizer que a coisa já estava resolvida há uns tempinhos, não é?

(* «O futebol lança XI contra XI e são sempre os Romanos que acabam vencendo!» - a tradução e a posta original são do FZ, para quem segue daqui um "obrigadinhos, pá".)

 

Breviário de palcos: Don Giovanni revisitado (post scriptum)

Don Giovanni, National Marionette Theatre (Praga) Fiore Nuda, TNSJ (Lisboa)

Quis o acaso que, no espaço de um mês, eu visse duas produções extraordinariamente diferentes do mesmo Don Giovanni, de Mozart. A primeira, uma delirante versão para marionetes numa sala esconsa de Praga. A outra, uma "espécie de ópera" a partir de retalhos do obra original de Mozart, no Teatro de São Luiz, em Lisboa.

Curiosamente, a primeira é a mais fiel ao original (apesar de um ou outro interlúdio para aligeirar a obra e de um final em que o que se passa em palco já nada tem a ver com a música que sai das colunas). Já a segunda, "Fiore Nudo", é uma manta de retalhos: um misto de ópera / jazz / chanson / trova, cantado, falado e declamado em italiano, alemão, francês e inglês, onde a história da ópera original é vítima de uma tentativa de modernização que funciona bem em tudo (na excelente remistura da ópera original, na banda-sonora incidental, nos figurinos, no jogo de luzes, até no cenário pouco explorado mas eficaz), mas acaba por falhar onde não podia falhar: na história que se conta, retalhada em highlights que transformam Don Giovanni em "Retalhos da vida de um galanteador".

Ainda assim, vale a experiência de ver, num mês, duas versões distintas e altamente criativas (cada uma à sua maneira) de uma das grandes obras de Mozart. Agora, só me falta a original...

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09 julho 2006 

Um domingo de Verão em família

Um almoço na República da Cerveja, à beira-Tejo.
Uma passeio pela velha Expo a meio da tarde.
Um café e um giro no Casino de Lisboa.
Um fim de tarde no sofá a ver o jogo (e a torcer em italiano).
Uma gaufre com gelado na Haagen-Dazs do Chiado.
Uma "espécie de ópera" à noite no Teatro São Luiz.
Uma tosta de frango no Bartis.
Uma saltinho ao Camões, para festejar à italiana.

 

Cabeçada e fora!

Assim acaba a carreira internacional de Zidane...

 

Va fanculo

A Itália empatou. De cabeça. Bravo!

 

Merde

A França já está a ganhar! De penálti...

 

Palavra de irmão mais velho (ouvido no restaurante)

«Realmente, o mundo está perdido... (pausa dramática) Está tudo obeso!»

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Um adeus português, parte 3 (revista de postas)

«Figo.

E Figo entrou no final a fazer o passe para Nuno Gomes (por momentos ainda temi que o casmurro metesse Postiga): barba por fazer, arrancado à sesta, despenteado, quase estremunhado, lá foram buscá-lo para tentar fazer alguma coisa. E ele fez. Figo, como Ronaldo, é a prova de que não vão conseguir impor aquele futebol sem arte, sem imaginação e sem originalidade (o da Inglaterra, por exemplo). Pode haver “espírito de grupo” (como os peregrinos à Santa), “união no grupo de trabalho” (como se fosse uma comissão excursionista) e até burrice promovida a estratégia ganhadora – mas sem talento não há golos. Por isso foram arrancar Figo ao divã: porque, a dez minutos do fim, precisavam de futebol. Apesar de haver gente satisfeita por ver equipas bípedes transformadas em quadrúpedes.»

(in A Origem das Espécies)

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Um adeus português, parte 2 (prémio fair play)

1 de Julho, Gelsenkirchen
5 de Julho, Munique
8 de Julho, Estugarda

Dá-me ideia que este senhor é que devia ter sido convidado para Ministro dos Negócios Estrangeiros. Afinal, ele é que é o Luís amado!

 

Um adeus português

Luís Figo

«At the final whistle Figo was in tears after 15 years of international service came to an end.»

(@ BBC)

 

Alemanha 2006

 

1966 - 2006 (recado à nossa selecção)

Finalmente, um bom jogo. Infelizmente, não chegou. Ainda assim, confesso, valeu por terem feito bem mais do que eu estava à espera. E apesar de tudo (apesar do baixo nível da brit-press, da falta de fair play holandesa, das ofensas do Raymond cara-de-pedófilo Domenech e da indiscrição de algumas arbitragens, apesar de serem patinhos-feios, de não saberem marcar golos, de não correrem tanto como os outros e de não estarem em forma), fiquem a saber que "o sapateiro está convosco"! E obrigado por nos terem feito esquecer, por um mês, a vida real.

 

Breviário de fitas: a grande banhada

Poseidon

A diferença entre o Poseidon novo e A Aventura do Poseidon original é que o novo perdeu "a aventura" e meteu água.

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08 julho 2006 

Breviário de sons: To find me gone

To find me gone, Vetiver

Vetiver é Andy Cabic. Andy Cabic é braço-direito de Devendra Banhart. Andy Cabic é geniozinho em part-time. Andy Cabic é autor da mais eloquente banda-sonora para noites de Verão à volta de uma fogueira à beira-mar. Andy Cabic é criador de "To find me gone". "To find me gone" é música para levar no carro em viagem, é disco para ouvir ao longo das longas viagens em noites quentes de Verão, é banda-sonora discreta para o caminho. Ou então é só um disco apaixonante.

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07 julho 2006 

Se o silêncio fosse de ouro, a SIC Notícias seria um tesouro

Hoje, enquanto o Reino Unido e a comunicação social de todo o mundo faziam dois minutos de silêncio pelas vítimas do atentado de há um ano, no metro de Londres, a SIC Notícias levou o respeito ao extremo e decidiu fazer não dois, mas cerca de 50 minutos de silêncio...

Desde o sinal horário do meio-dia e até perto das 13 horas, a SIC Notícias fez dois noticiários (a edição do meio-dia e o jornal de desporto) e vários directos (entre eles o bloco de economia) com o som desligado. E aparentemente, durante todo esse tempo, ninguém deu por nada.

Eu bem gritava, do lado de cá do ecrã, mas ninguém me ouvia. Ainda se tivesse sido durante o Opinião Pública, os clientes poderiam ter ligado a avisar... Quer dizer, é mal pensado - esta gente não tem sentido de timing!

E enquanto isso, havia vida na concorrência...

 

Ainda a madrugada vai ligeira e já dei de caras com a frase do dia (revista de postas)

«(...) Ah, se ao menos a música de Wagner fosse uma merda! Seria tão mais fácil odiá-lo.»

(in Bandeira ao Vento)

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Op #18

Op #18 *

Onde a partir deste Breviário se disserta sobre Richard Cheese, Final Fantasy, Kelley Polar, Howe Gelb, Bonnie 'Prince' Billy e afins, Linda Draper, Loose Fur, The Raveonettes, Faris Nourallah, Teddy Thompson, alt-country made in Escandinávia, Josh Rouse, Iron & Wine, Calexico, Erlend Loe e três sites divertidos.

(* Já nas bancas há alguns dias, mas só agora é que consegui roubar a imagem à Trompa, pelo que esta posta também poderia fazer parte da série "desculpe, posso roubar-lhe uma imagem?", tal como a posta anterior. Enfim, coincidências...)

06 julho 2006 

Tempo dos mais novos (da série "desculpe, posso roubar-lhe uma imagem?")

© Mollycules
© Mollycules

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Da eloquência no pós-desaire (revista de postas)

«PUM

Bof.»

(in Bandeira ao Vento)

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05 julho 2006 

Ainda o ataque do demónio do e-mail: relatórios de estragos

Nem só este Breviário foi contagiado pelo fórum espontâneo-anarco-caótico da Ananana. Registos do acontecimento já se lêem noutros pontos da luso-blogosfera. Primeiro foi o relatório do Jopp no seu Planaltos; depois veio o espanto da Sara, do lado de lá do Vidro Duplo. Decerto terá havido mais reacções por essa blogosfera, até porque nunca o ataque de um vírus terá tido uma tão calorosa recepção.

Mas do lado dos remetentes também já houve reacção pública e publicada à porta da loja:

«Caros, Clientes e Amigos,

Por uma falha no serviço Majordomo da Clara Net Portugal (do qual somos completamente alheios), a maioria dos subscritores da nossa newsletter recebeu centenas de mensagens de erro aquando do último envio na sexta-feira. Por tal facto pedimos as nossas maiores desculpas, e garantimos que não se trata de qualquer vírus mas sim de uma pura borrada que nunca deveria ter acontecido.

Um abraço enorme de desculpas

AnAnAnA
»

Desculpas? Pelo contrário, bem hajas por isso, Ananana! Volta sempre...

 

Do nosso triste fado (adenda)

As minhas desculpas pelo desabafo anterior, mas foi mais forte que eu. Anyway, de volta à realidade: ó Sr. Sócrates, então explique-nos lá isso do fim do dos benefícios fiscais do IRS...

 

Do nosso triste fado

Como é que se diz ladrões do c*****o, filhos da p**a, c****es de m***a em francês?

 

Ah, afinal ainda há mais (adenda à posta anterior)

Ainda a propósito das boas reportagens sobre o Mundial que a SIC, finalmente, se lembrou de começar a transmitir, já está no YouTube o Jogo Falado, a brilhante peça da TV Globo, que a SIC exibiu ontem, na qual três jovens surdos lêem os lábios de Scolari para nos revelar o que diz o seleccionador nacional durante os jogos. É uma das reportagens mais divertidas deste Mundial e uma das que maior êxito está a ter na Net. Lá está: não é tosca nem tontinha, é só divertida...

 

Ah, afinal o Mundial estava aqui escondido!

Depois d'O ABC do Futebol (um divertido documentário de Hermman Vaske, apresentado por John Cleese e recheado de cromos da bola, e exibido n'A Dois há algumas semanas), foi agora a vez de dois canais da SIC nos oferecerem, em dias seguidos, dois dos mais curiosos e interessantes programas sobre futebol que as nossas televisões algumas vez exibiram.

Primeiro foi a polémica reportagem The Beautiful Bung, do jornalista Andrew Jennings, que deu na SIC Notícias incluída no programa Panorama BBC. Uma peça bem escrita e extremamente bem filmada sobre a corrupção na FIFA, que só teve direito a discreta exibição na madrugada desta segunda para terça-feira e que deve ter sido vista por três ou quatro gatos-pingados como eu, que foram apanhados por acaso na revelação desta enorme teia de subornos que mancha o "beautiful game"...

Já esta madrugada (terminou ainda agora), na SIC, foi a vez do interessantíssimo documentário "El nacimiento de una pasión", de Jesús Sánchez Romeva, sobre a pré-história do futebol. Documentário revelador e cativante que, infelizmente, nem sequer teve honras de fazer parte da programação do canal - o título tive que o descobrir pela Net e, a bem dizer, ainda estou convencido que este filme, narrado num inglês very british mas produzido pela Real Madrid TV, não era o filme Guinevere, como me querem fazer crer vários guias de programação.

De qualquer maneira, e apesar do desleixo com que foram tratados, é de louvar que a televisão que diz que o Mundial está lá tenha percebido que existe vida para lá das repetitivas reportagens de rotina e das constantes peças toscas e aparvalhadas com que enchem telejornais. Que existem bons programas, inteligentes e não necessariamente toscos e aparvalhados, sobre um desporto que não é tosco nem aparvalhado, que não é só para gente tosca e aparvalhada... e que não tem que ser constantemente tratado de forma tosca e tontinha.

04 julho 2006 

Com a tua visita me honras, parte II (the secret is out)

Ainda ontem aqui dissertava sobre um dos prazeres proporcionados por estes pequenos segredos (o prazer da partilha, o de saber que, um dia, alguém os há-de descobrir). Talvez empurrado por essa onda, achei por bem dar a conhecer este Breviário a um já velho amigo e companheiro de blogoverso. E eis que, na volta do correio, além do abraço esperado, fui ainda presenteado com um honroso elogio público na sua casa.

É mais uma vez inchado de orgulho que te agradeço e retribuo a visita, caro amigo. A porta fica aberta.

 

Da sensualidade à mesa (revista de postas)

«nota: azeite

deixou o fio correr do gargalo, desenhando uma fina filigrana sobre as batatas e lentamente criando um lago artificial no prato. quando achou que chegava, esmagou os tubercúlos com as cebolas e rapou tudo a nacos de broa.»

(in Atum Tenório)

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Com a tua visita me honras (e me inflamas o ego)

Um dos prazeres destes pequenos segredos é saber que, um dia, alguém os há-de descobrir. Assim foi com este Breviário, este meu pequeno segredo. Que teve, recentemente, a honra de receber a visita da autora de um dos livros que serviu de mote a este espaço (e de um dos mais eloquentes "user profile"s cá do Blogger).

É pois com orgulho desmedido e voz embargada, cara Dunyazade, que agradeço a tua (permite-me tratar-te por tu) visita e te deixo a porta aberta como convite ao regresso. Pela minha parte, frequentarei a tua Escrita, enquanto assim o permitas.

Saravá.

03 julho 2006 

Ainda o ataque do demónio do e-mail: the end

Finou-se perto dos 500 mails recebidos/trocados o fórum espontâneo-caótico que, este fim-de-semana, assediou as caixas e-postais de quem quer que se tenha atravessado no caminho da newsletter da Ananana. Por mais incrível que pareça (tendo em conta que, bem vistas coisas, se tratou de um vírus/erro/falha que incomodou centenas de clientes durante o fim-de-semana, impedindo-os de receber outros mails, porventura mais importantes) os últimos momentos foram de sorridente nostalgia:

«Amanhã é segunda; dia de trabalho.
Amanhã durante algumas horas, azáfama nos escritórios da ananana,
telefonemas para aqui e ali, um senhor de camisa azul com uma pasta
cheia de cd's para efectuar assistência técnica.
Amanhã, na minha caixa de correio, poucos mails.

A todas e todos um adeus.
Foi um prazer.»


«Devo dizer que me diverti à brava, com isto mas quem ganha são os gajos do "remova-me" que continuam a mandar :D
ganham pela vantagem numérica.

Acho que o flash meeting tinha sido brutal ainda por cima se fosse em simultâneo em várias cidades :D
mas pode ser que a AnAnAnA faça o forum.

amanhã voltamos ao normal.

Vou ter saudades sniff sniff

Um grande bem haja, boa noite a todos.

PS:o grupo no Hi5 já está criado é só adicionarem... não serve de muito mas mantém a presença.»


«Eu no início tava a aborrecer-me de tar só a apagar mails. Mas amanhã, qd o senhor da assistência técnica resolver o problema e desaparecer esta corrente que nos une, acho que até vou sentir uma espécie de vazio ou não sei.»


«Por favor amanha nao me removam que eu estou a adorar!!!!!!!!»


«Incluam-me!!!»


«EU SOU O ANJO DO DESESPERO
[Heiner Müller - Adolfo Luxúria Canibal / Miguel Pedro]

Eu sou o anjo do desespero.
Das minhas mãos distribuo a embriaguês,
a estupefacção, o esquecimento, gozo e
tormento dos corpos.
Meu discurso é o silêncio, meu canto o grito.
À sombra das minhas asas mora o terror.
Minha esperança é o último suspiro.
Minha esperança é a primeira batalha.
Eu sou a faca com que o morto arromba o seu caixão.
Eu sou aquele que será.
Meu descolar é a sublevação, meu céu o abismo de amanhã.»


«A Defesa do Poeta - Ó subalimentados do sonho, a poesia é para comer!»

 

O regresso do ataque do demónio do e-mail: actualização

Subiu para 412 o número de e-mails recebidos na minha caixa e-postal através do fórum anarco-espontâneo que, este fim-de-semana, atacou os mails de dezenas de assinantes e não-assinantes da newsletter da Ananana, graças a uma bendita falha de servidor ou erro de programação ou vírus informático ou o que quer que tenha provocado este divertido movimento de ciber-cidadãos. Que, nas últimas horas, tem andado assim:

«Remova-me, remova-me, remova-me!!.... É só isso que sabem dizer???? A Ananana não é tira-nódoas!

ABAIXO O TOTALITARISMO DOS GLUTÕES!»


«continuo a achar que isto é um happening online, um projecto artístico da AnAnAnA.
A ironia é que isto faz do pessoal "remova-me" os performers da cena toda!
Devíamos arquivar tudinho! (confesso que já apaguei alguns...)

p.s. gosto da ideia do jantar, mas o flash meeting é genial!»


«Morrem, em média, por ano, 10 pessoas vitimas de ataques de tubarão.
Morrem, em média, por ano, 200 pessoas vítimas de quedas de cocos que, vindos do alto do coqueiro, atingem-lhes o cocuruto.

Ora, no cocuruto matou Raskolnikov a velhinha e a Lisaveta à machadada.
No entanto, os tubarões seguiam junto ao Pequod de Moby Dick, mordiscando as carcaças de baleias que a ele seguiam presas.

Portanto, temos Dostoevski, temos Melville. Temos cultura. Temos clássicos. E temos um vírus que nos une.

É então o momento de perguntar: qual o sentido da vida?

Ass: Origem do Amor»


«Máquinas de escrever e pombos correio, é o que este país precisa.»


«primeiro passo para a união

No Hi5 existe a partir de agora um grupo chamado "AnAnAnA ViRuS"

"aqui vai a descrição:
Para todos os que foram atingidos pelo virus
do servidor da newsletter da AnAnAnA.
que isto sirva para juntar as pessoas com
boa onda :D

e o gajo punk anarka que nýo tem nada para fazer

. removam-me . removam-me . removam-me . "»

Ananananananaaaaaaaaahhhhhha!!!!!!

Agora que a coisa está a acalmar, fica o desafio: para quando o livro?

02 julho 2006 

Breviário de sons: the final recordings (uma voz para a eternidade)

American V: a hundred highways, Johnny Cash

«In the months leading up to his passing on September 12, 2003, JOHNNY CASH had been recording new material with producer Rick Rubin.

On July 4, 2006, American V: A Hundred Highways, the all-new Johnny Cash album taken from those sessions, will be released on the American Recordings label through Lost Highway. It will include the last song Cash ever wrote, "Like the 309".

These songs are Johnny's final statement.»

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Ainda a vitória de Portugal (ou, neste caso, a derrota de Inglaterra)



PS: E com tudo o que se anda a escrever por estes dias em certos brit-blogs, só apetece dizer «you got owned!»

 

Breviário de leituras: Quando é que Jesus traz as costeletas?

Quando é que Jesus traz as costeletas?, George Carlin

«Gato escaldado

Eram quase onze e meia e tinha acabado de apagar o gato. Não tinha sido fácil porque ardera mais rapidamente do que tinha previsto.
O pobre bicho pegou fogo um pouco antes quando, numa tentativa de lhe testar os reflexos, atirei o rato de borracha preferido dele para dentro da lareira e ele, instintivamente, foi buscá-lo.
“MIAAAAAAAAAUUUUUUUUU!” podemos dizer.
A princípio, deixei-o arder um bocado só para lhe ensinar uma lição e para o livrar de uma ou duas camadas de lama, crostas e pêlo emaranhado que, ultimamente, pareciam andar a perturbar-lhe o andar. Mas admito que fiquei fascinado pelas cores variadas das chamas. Cores que, sem dúvida, se deviam em parte às horas infindáveis que passava a brincar na lixeira de resíduos tóxicos que havia ali ao lado. Era um espectáculo e tanto. E até me arrisco a dizer que vi efeitos pirotécnicos comparáveis apenas ao dia em que a casa dos Grucci explodiu durante as comemorações do bicentenário.
Então, à medida que a deflagração felina se ia extinguindo e podia ver de forma clara a silhueta do gato, começou a expelir uma densa nuvem de fumo juntamente com outras substâncias gasosas que só posso descrever como “vapor de gato”. Rapidamente, cobri-o com várias camisolas baratuchas que já não me serviam e esmurrei-o com delicadeza, ainda que não sem alguma ira, durante pouco mais do que uma hora, até que o fumo esmoreceu e ele parou com os guinchos que, na altura, começavam já a incomodar.
Nessa altura, motivado sem dúvida pela dor súbita e pelo medo, saltou vários metros no ar, ficou hirto, abriu as pernas e começou a girar com violência, gemendo e elevando-se em círculos, até à ventoinha do tecto numa órbita elíptica. Girou durante quase uma hora. Finalmente, exausto ou, supus eu, morto, ficou imóvel, a sua órbita suavizou-se e foi contra um armário do século XVIII, aterrando com toda a violência no chão. Durante três dias, ficou imóvel. Quando acordou, abri uma lata de comida para gatos e alimentei-o à mão.
Mas uma coisa vos direi. Apesar de ter ficado com um aspecto estranho e de tresandar, estou feliz por ter estado lá quando ele precisou de mim.»

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O regresso do ataque do demónio do e-mail

O Mailer Deamon continua ao ataque: o número de mensagens chegadas à minha caixa e-postal já subiu para as 321, entre "failure notice"s e "remova-me"s.

Mailer Daemon II

Mas o curioso é ler alguns destes mails de contestação, destes pedidos de remoção, destes desabafos de desagrado. Abrindo, ao acaso, alguns deles, percebe-se que aquilo que, inicialmente, foi recebido com desagrado, é agora encarado com algum humor. O que terá começado com um erro de programação ou um vírus informático está a transformar-se num fórum, num verdadeiro movimento de vítimas dos demónios do e-mail. A história conta-se, mais ou menos, assim:

«Olá
O Vosso servidor deve estar avariado.
Estou a ser bombardeada com as vossas mensagens de correio devolvido.
Gostaria que resolvessem o problema.
Obrigado e cumprimentos»


«REMOVAM-ME do que quer que seja isso!!!!!!!!!»


«TIPO.. RECEBO NTIFICAÇOES DAS VOSSAS NEWSLETTER.. E DOS VOSSOS CLIENTES A
RECLAMAR DA SITUAÇAO! MAS QUE VEM A SER ISTO CARALHO? EU NEM SEI QUEM VCS
SAO.. NEM DO QUE SE TRATA.. MAS PARA VOSSO BEM ESPERO QUE CORRIGAM ESTA
MERDA SE FAZ FOVOR ! FDX»


«Que merda é esta seus xupa escrotos capitalistas?
E quem é a puta da ana?
fodasse foderam m a vida toda! Cabrões!
filhos da puta dos ingleses!
ganhamos!
Viva portugal»


«PAREM DE PEDIR PARA SER REMOVIDOS. É UM VIRUS E OS TIPOS DA ANANANA NÃO DEVEM LÁ ESTAR.

A CADA EMAIL QUE ENVIAM CONTRIBUEM MAIS PARA ESTE CAOS !!!!!!

VIVA PORTUGAL»


«estes fenómenos são absolutamente únicos, aproveitemos esta possibilidade comunal! estamos reunidos ciberneticamente, irmãos, fazemos parte da mesma rede, isto sim, ciberdemocracia! ahah :> »


«Concordo!
Uma belissima performance online.
Obrigada Ananinhas! :)»


«Isto é verdade!
Não se trata de uma coincidência! Há uma energia superior que nos reuniu para nos alertar para a grave crise mundial que atravessamos! Nós como amigos da AnaAnaAna, fomos os "escolhidos" para darmos inicio a esta reviravolta revolucionário que irá transformar o planeta num mundo melhor!
Aproveita esta oportunidade para cumprires a missão para a qual foste destinado!
Obrigado AnaAnaAna por nos guiares nesta missão!!!

Sigamos a nossa Messias AnaAnaAna!!!»


«Gosto especialmente das mensagens que incitam as pessoas a juntarem- se, para quanto mais vozes se fizerem ouvir o problema ser resolvido. Adoro este tipo de iniciativa civica. É como os bifes do café império, mas ninguém lá ia. É como o cinema Europa, mas as pessoas deixaram de ir ao cinema e pedem filmes pirateados ao colega do escritório. É a moda do ajuntamento. E agora, para alguns, deve existir também aqui uma "corrente" de pessoas que se unem para algo maior. Senhoras e senhores, este problema é um virus. Garanto-vos, não há nada que possam fazer a não ser esperar. Eles difundem-se e reproduzem-se como coelhos e não há nada que se possa fazer. A ananana, à qual não pertenço, foi pelos vistos infectada. Querem fazer algo para ajudar? Quanto estiverem no trabalho, diariamente, parem lá com os forwards às dezenas.

ahhh... e comprem mac's

hehe

Um abraço a todos os participantes deste forum»


Que bonito é ver o amor internético a combater o demónio do e-mail...

 

O ataque do demónio do e-mail

Mailer Daemon

Como é que é possível, numa noite, receber 237 vezes a mesma "failure notice" no e-mail (às quais se juntam as dezenas de reclamações de outras vítimas)? E o que é que isto terá tido a ver com o jogo desta tarde? Ou com a demissão do Freitas do Amaral? Tantas perguntas a uma hora destas...

01 julho 2006 

O prato do dia foi...

...BIFES À PORTUGÁLIA!

(Que isto de se ver um jogo destes na União Desportiva e Cultural de São Bernardino no dia em que um velho amigo faz 35 anos tem o seu quê de emocionante...)

B.I.

Coisas Breves

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