29 julho 2007 

Há mar e mar,

ir e voltar.

 

A game to die for

5 minutes to kill (yourself)

 

Entreténs para o intervalo

1. 10 most magnificent trees in the world;
2. 20 bizarre hotels;
3. Ukrainian graffiti art;
4. Arte mural;
5. Amazing propaganda posters;
6. Nerd tattoos;
7. Top 10 stupid soccer goals;
8. Top 10 drug-addicts in movies;
9. (As melhores e as piores) batalhas no cinema;
10. Banned in America: 10 cool gadgets you can’t have.

28 julho 2007 

Umbrella...



...por David Sides.

27 julho 2007 

Mundos mudos (revista de postas)

«"Cheias afectam cerca de 100 mil pessoas
As agências humanitárias estão a acelerar a ajuda alimentar e de "kits" de saúde para a região afectada."

Não, não é no Reino Unido, é no Sudão. Alguém leu?
»


(MM, na Cibertúlia)
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Stars bucks

O que é que uma loja de café terá que uma editora musical não tem?

 

Save 1520

O que é que o 1520 tem que o CBGBs não teve?

 

Paris, 1971

«Reconheci o casaco do exército americano e as botas da região da Camarga que nunca tirava. Por segundos, os nossos olhos ficaram colados àquele corpo inerte. Ficámos hipnotizados pelo que víamos. O flamboyant cantor dos Doors, o californiano bonito era agora um corpo inchado, caído numa discoteca de um clube nocturno. Ver Jim daquela forma foi horrível.»

 

Adeus, pá

E thanks for nothing!

 

Simon Sabrossa

É pá, Benfica à parte, o Simão não trocou o Liverpool FC pelo Atlético de Madrid; o Simão trocou a cidade de Liverpool pela cidade de Madrid.

 

Jessica versus Jessica (descubra as diferenças)

Jessica Biel @ GQ (US) Jul '07 Jessica Alba @ GQ (UK) Aug '07

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26 julho 2007 

D'oh!

É hoje, é hoje.

 

Breviário de fitas: windows vista

Disturbia, DJ Caruso

«This is reality without TV. There's a world outside my window!»

Nem Shia LaBeouf é James Stewart, nem Sarah Roemer é Grace Kelly, nem DJ Caruso é Alfred Hitchcock, mas este pseudo-update em formato teen-thriller da clássica janela indiscreta é, afinal, uma agradável surpresa. Não só pela confirmação do talento de LaBeouf ou pela revelação de uma belíssima Roemer, mas sobretudo pelo cuidado de DJ Caruso em não perder a narrativa de vista e em evitar as rasteiras do voyeurismo. E depois há o discreto visual à cromo da bola de David Morse e uma Carrie-Anne Moss em formato mãe de família, a fazer deste thriller paranóico para a geração youtube um apetecível distúrbio.
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Kanye West : (Zach Galifianakis + Bonnie 'Prince' Billy) =

Can't tell me nothing (Alternate video)

O Sr. Galifianakis explica: «(...) strangely I’m shooting Kanye West’s new music video here at the farm. He asked me to do it. He doesn’t want to be in it, but he sent me this new song and then asked me to make a video for him here at my farm.»

Quem é o Sr. Galifianakis? Bem, o Sr. Galifianakis tem um site, uma página no Myspace, um artigo na Wikipedia e outro na Comedy Central, por isso deve ser importante. Além disso, entrou numa série com a Sarah Silverman e noutra com a Eliza Dushku, por isso tem mais sorte que eu. Bolas.

25 julho 2007 

Regresso ao Planet terror (revista de... comentários)

Há prosas que não merecem ficar escondidas numa caixa de comentários de uma velha posta. Desculpa lá, camarada, mas esta tem ares de protagonista:

«A pura mentira.

Lembro-me, Ricardo, como cruzámos a sala de anca na anca ao som do Viva La España. Como respiraste no meu cachaço, como delambido pegastes na Super Bock, daquelas novas, com a mão direita e a deixastes cair sobre meu ventre,
êxtase, Ricardo, êxtase,
Porque nunca pensei que fôssemos os cinco aquela discoteca que tu tanto mal dizias mas, lembras-te, deste-me a mão e voamos na sala sei lá quantas vezes, tu a fazer beicinho para a Célia, aquela tua namorada de Pontével, em 1982, tinhamos vindo de África, fazias rádio na
Voz de Luanda
e eu, aqui na Lipps, a lembrar tudo isso, com a permanente novinha.»


(JVA, algures nos comments deste Breviário)

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«'Tá lá, é da guerra?» (ouvido no ofício)

Um colega faz uma chamada.
Do outro lado, alguém atente.
Um colega pergunta:
«Está lá? Fala do telefone do Carlos?»

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24 julho 2007 

Breviário de fitas: everybody loves Homer

The Simpsons movie, David Silverman

«Spider-Pig, Spider-Pig. / Does whatever a Spider-Pig does. / Can he swing / from a web? / No, he can't, / cause he's a pig. / Look out! / He is the Spider-Pig!»

E ao 18º ano de vida, a família mais amarela da têvê chega, finalmente, ao cinema! E, contrariando os piores receios, a estreia dos Simpsons em ecrã gigante não podia ser mais feliz. O filme é, basicamente, um bom episódio da série, mas maior (maior em tamanho, maior em duração, maior em gozação). Mas o grande trunfo deste 401º episódio é a forma como, por entre os "d'oh!"s e os donuts, os Simpsons vão desconstruindo os Simpsons e o filme dos Simpsons e as trasnmissões televisivas dos Simpsons e o formato televisivo da série e tudo aquilo que lhes apareça pela frente - desde os primeiros segundos de fita, ainda antes de começar o filme, até mesmo ao finalzinho da ficha técnica, não há nada que não sirva de mote para uma nova gargalhada. Citando as inesquecíveis palavras do ilustre Mr. Burns, «Excellent»!
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Fiends of God, vol. 3

 

Fiends of God, vol. 2

 

Fiends of God, vol. 1

 

«High on Jesus»

A RTP2 em alta. Numa só noite, droga e Deus.
Só faltou o sexo - ou, bem vistas as coisas, talvez não...

23 julho 2007 

La haine (revista de postas)

«Mil obrigados!
Ao cabrão que me assaltou o carro esta noite:

- Obrigado pela fechadura que partiste. Ficou mais personalizada e o carro ainda fecha;
- Obrigado pelos CD-R que levaste. Alguns estavam a dar problemas com o rádio e assim obrigas-me a mudar a banda sonora do carro que me andava a cansar. Ah! E obrigado por teres deixado o estojo com os outros. Em todo o caso, e como não os vais conseguir vender, espero que ao menos melhores o teu gosto;
- Obrigado pelo meio pacote de pastilhas que já não está lá. Estava na altura de mudar de sabor, aquelas eram demasiado doces;
- Obrigado pelos óculos escuros que roubaste. Eram feios e magoavam-me o nariz;
- Obrigado por não teres gostado do boné. Foi uma recordação de uma óptima viagem à Catalunha;
- Obrigado por não seres assim tão burro e perceberes perto do carro que o comando da garagem não te servia para nada. Poupaste-me 60 euros. Mas podias ao menos tê-lo devolvido ao local de origem e não o deixares no chão debaixo do carro de trás;
- Obrigado por me teres dado a oportunidade de conhecer um trio de bófias e a sua infinita sapiência de nada resolverem. E também de, uns metros depois, numa operação stop, o teu acto imbecil ter feito com que outro bófia tivesse pena de mim e não me multasse em 250 euros e me apreendesse o carro!

A propósito, como aquilo que me gamaste não te vai render dinheiro, é impossível contribuir para aquilo que realmente queria: que a próxima dose que compres tenha estricnina ou soda cáustica cortada com o cavalo e te corrroa as entranhas lenta e dolorosamente! Em todo o caso, e como não devo ter sido o único a quem prestaste tão bons serviços esta noite, fica o mesmo (sincero) desejo para o destino do dinheiro que tenhas feito com outro qualquer saque.»

(JP, Os homens não se querem bonitos)
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Um poeminha clássico recriado em formato limerick*

THE RAVEN

There once was a girl named Lenore
And a bird and a bust and a door
And a guy with depression
And a whole lot of questions
And the bird always says "Nevermore."


(Lore Sjöberg, Bad gods)

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Weapon of choice

«I certainly have never been an actor who can play the Everyman guy — or, I don’t tend to get those parts. I’ve tended to play eccentrics. I’ve played a lot of villains, of course. I think the fact that I grew up in show business had a real effect on my personality. If you were born in New York during the golden age of television, and you grew up on Broadway, that marks you. And strangeness can translate into a little bit scary. Also, I’m very pale. I’m an indoors person. And the way I speak — I’ve never really been able to play... people. It’s always somebody who’s a little off-center. Those are people, too. But not your guy next door.»

22 julho 2007 

O diário de uma estranha (revista de postas)

«Às vezes releio o meu blog e não me reconheço.
É como se estivesse a ler o diário de uma estranha.
»

(@ Escrita)
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O corpo humano

Que fique registado: a exposição é uma boa exposição. Mas, mais do que isso, os senhores tratam bem a clientela: por momentos, quando - na rua, na fila - recebemos um chapéu de sol para resguardar a família e uma garrafa de água fresca, temi que estivéssemos num país a sério, numa dessas Inglaterras onde os museus estão cheios e as gentes são civilizadas. Claro que, no fim, ao sair para a rua, a buzina de um taxista me trouxe de volta à realidade...

 

England underwater: as cheias segundo Warren Ellis (revista de postas)

Jul 18, 2007 @ 4:21pm:
«Warren Ellis: 1600 pages to be written by Friday a.m.: then off to West Country for mead and 4-poster beds. (...)»

Jul 19, 2007 @ 5:02pm:
«on the fly here — blog action will be spotty for next few weeks, and mostly mobile. (...)»

Jul 20, 2007 @ 2:58am:
«Warren Ellis: On the road.»

Jul 20, 2007 @ 10:01am:
«Warren Ellis: stuck in traffic for six hours and counting. So much for holiday.»

Jul 20, 2007 @ 11:02am:
«Warren Ellis: seventh hour stuck in traffic. May have to fashion roadside shelter. Not actually joking.»

Jul 21, 2007 @ 3:24am:
«Warren Ellis: event we drove ten hours to get to? Cancelled. Most of England underwater. Want to see Hetty Pegler's Tump now.»

(@ Warren Ellis dot com)
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M&Ms (revista de postas)

«Morrissey has a beef with Madonna

During a PETA benefit show in Norfolk, Virginia, Morrissey criticized Madonna accusing her of Angelina Jolie nut-huggery. Wait, Angelina doesn’t have nuts. Ovary-huggery? He told the audience,
“I wouldn’t be surprised if she made that African boy she adopted into a coat and wore him for 15 minutes, then threw it away,” presumably blasting the trendy singer for hopping on the Angelina bandwagon by adopting 21-month old David Banda from Malawi last year.»

(@ The blemish)
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Haikuase

Salvé,
Salvé.
Aleluia,
Olé!

21 julho 2007 

Planet terror

E depois de uma noite de "trabalho", lá fomos parar a uma danceteria perdida entre o Cartaxo e Pontével. À porta da danceteria, o cartaz anunciava um futuro concerto de Lucas & Matheus. Lá de dentro, saía um casal de cinquentões e a sua netinha. Alheios aos sinais, entrámos. E à nossa frente, um mundo novo se revelou.

Por entre homens com idade para já ter tido e deixado de ter juízo (todos eles de proeminente barriga, farfalhudo bigode, mão direita na imperial e mão esquerda no bolso de ganga) e mulheres que deveriam fazer parte do clube do costura local (escondidas por trás de quilos de colares e pulseiras e brincos e montras faciais de maquilhagem variada), abria-se a pista de dança, qual cenário de reality-show decadente. Do lado de lá, num palco emoldurado a branco e vermelho, o jovem cançonetista dominava o sintetizador com o savoir-faire de uma cassete gravada, enquanto debitava distraidamente sons guturais que se assemelhavam a canções ligeiras. Muito ligeiras.

Depois de nos abastecermos do combustível que ali procuráramos, decidimos, em uníssono, seguir directos para esplanada. Um erro que o frio da noite logo nos revelou. No regresso à sala, não conseguimos evitar o olhar de espanto: pendurado no tecto, o mais clássico e luminoso lustre, inveja tanto das avózinhas da terra como do Palácio de Seteais. Ao lado do lustre, três bolas de espelhos em escadinha - que uma danceteria quer-se moderna!

Lá nos sentámos, na mesa 2, perante os olhares curiosos dos nativos. E ali nos deixámos ficar, um grupo bizarro de cinco trintões, todos de óculos (os únicos de óculos), sentados na mesa 2 da danceteria mais improvável do século XXI, a assistir ao estranho ritual que se passava à nossa frente. A cada nova canção, a pista enchia-se de casais a dançar uma qualquer dança tribal de engate. Assim que a canção terminava, os casais (desde os mais velhos e conformados aos mais jovens e apaixonados) dirigiam-se apressadamente para as suas mesas e sentavam-se. Um minuto depois, quando o cançonetista arrancava com outra canção, os mesmos casais e outros pares entretanto formados voltavam à pista para retomar a dança do ponto onde a tinham terminado. E assim se passou a noite...

Pela pista fora lá deambularam a Cruela da vila, de cabelo branco e preto a condizer com o casaco preto e branco, e o seu par, trajado a ganga dos pés ao pescoço. E o jovem casal vibrante que ensaiava gestos sexuais como se a pista fosse a cama e o mundo fosse acabar dentro de nove semanas e meia. E o par de raparigas de t-shirt larga, tão inexpressivas e arrastadas que conseguiram retirar à sua dança qualquer resquício de sensualidade e erotismo e destruir todas as fantasias masculinas que pudessem envolver duas mulheres a dançar juntas... Até o par do lado - duas moças iguais e igualmente enormes, de top curto e licra justa - conseguia distribuir um pouco mais de alegria por entre os seus 200 quilos de dirty dancing!

Não passaram pouco mais de vinte minutos e uma imperial até decidirmos mudar de ares - não era fartura, era apenas a consciência de não se poder abusar de uma imagem assim, não fosse o tempo normalizar aos nossos olhos a mais bizarra das danceterias. Daquelas que pensávamos já não existirem, mas que, afinal... E à saída, o país pareceu-nos mais profundo, mais real, mais Portugal.

 

Na mala de cartão: relatório de actividades









E ainda:
Jorge Palma, Encosta-te a mim;
e David Fonseca, Supertstars.
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Porradoterapia

Diz que há aí uma nova terapia para perder peso que consiste em... levar porrada! Em certas zonas específicas do corpo. Parece-me uma boa ideia: perde-se gordura, ganham-se nódoas negras. É uma boa troca... E todos ficam a ganhar. Ganha quem quer perder peso a todo o custo; ganha quem gosta de dar porrada; ganha uma desculpa quem bate na mulher; ganha um pretexto quem quer levar a namorada a ver filmes do Van Damme. Enfim, ganha o mundo, que fica um bocadinho melhor. Um bocadinho mais idiota, mas melhor.

20 julho 2007 

Na mala de cartão

Diz que, esta noite, «a voz das tardes da Antena 3, vem a estúdio com os melhores discos para levar na mala de férias». Não sei quem seja nem o que seja, mas o que quer que seja, é por aqui.

 

O primeiro iPhone

Apple phone, 1983

 

Sun kil moon (estórinha em segunda mão)

1. O Sr. "A" decide reclamar a Lua como sua. Vende lotes de terreno na Lua.
2. O Sr. "B" decide reclamar o Sol como seu. Vende lotes de terreno no Sol.
3. O Sr. "B" decide intimar o Sr. "A" a pagar ao Sr. "B" o uso da energia que a sua propriedade (o Sol) produz e que ilumina a propriedade do Sr. "A" (a Lua).
4. O Sr. "A" decide não pagar. Responde ao Sr. "B": «não pago! ora corte-me lá a luz...»

 

Silly season

O rescaldo das eleições em Lisboa. A queda da direita portuguesa. A reunião entre Condi, Tony e Ban Ki-moon na capital. A nova ameaça da velha censura. O duelo Brown versus Putin. O Couceiro que não se demite. O Prince a vender jornais... Mas que raio de pré-época vem a ser esta?

19 julho 2007 

Breviário de fitas: um amor inevitável

Um azar do caraças, Judd Apatow

«Marriage is like a tense, unfunny version of Everybody Loves Raymond, only it doesn't last 22 minutes. It lasts forever.»

Diz que é a comédia do ano. Diz que é o filme do ano. Diz que é o raio que o parta do ano. Se calhar talvez soe a exagero, talvez seja ainda um bocado cedo para o dizer. Mas, verdade seja dita, o novo de Judd Apatow é, sem dúvida, uma das melhores e mais divertidas fitas que alguém pode ter o prazer de ver este ano! Não é que seja mais do que uma comédia romântica como deve ser. Não é que não tenha os seus momentos de pura escatologia. É só porque está tão bem escrito que apetece decorar metade dos diálogos, mesmo quando os diálogos roçam a lamechice óliudesca. É porque tem personagens com P grande mesmo quando fazem coisas que ninguém do lado cá do ecrã faria. É porque é quiducho e fofinho como uma comédia romântica devia ser e, ao mesmo tempo, tão ousado e passado quanto uma boa comédia pode ser. É porque, em alguns momentos, chega a ser melhor que o virgem quarentão e porque estão lá os freaks e os geeks todos. É porque é delicioso... Se é o filme do ano ou a comédia do ano ou o raio que o parta do ano, não interessa. O que interessa é que é um filme do caraças!
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Breviário de fitas: faster, pussycat! kill! kill!

Death proof, Quentin Tarantino

«The woods are lovely, dark and deep and I have promises to keep and miles to go before I sleep. Did you hear me, Butterfly? Miles to go before you sleep.»

O regresso a solo de Tarantino poderia muito bem levar o subtítulo de Snake Plissken contra as Supervixens que ficava tudo dito. Longe de Pulp fiction e a léguas de Kill Bill, as desventuras de Stuntman Mike (porventura desfalcadas sem a outra metade do double-feature) têm o mérito de revelar o melhor e o pior de QT - desde os diálogos que conseguem andar entre o genial e o maçador, até às situações que passam bruscamente de hilariantes a simplesmente idiotas... Ainda bem que, pelo meio, há uma série de caras bonitas e corpos à mostra e sorrisos marotos e olhares de duplo sentido e cortes abruptos e canções que não lembram ao diabo e um vilão mesmo detestável (in all the wrong ways) e uma alucinante perseguição final e um final inesperado (e inesperado é dizer pouco). Não, não é o melhor de Tarantino... mas só Tarantino é capaz de criar um mau filme tão bom e safar-se com um "vrum-vrum, motherfucker!"
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18 julho 2007 

Não sei se já disse, mas...

...uma prenda destas não pode passar impune: obrigado, 'nha gente (diz ele co'a lágrima no canto do olho, pensando co's seus botões que isto é tão melhor que ter mil amigos no Hi5)!

 

Breviário de fitas: um sermão inconveniente

Evan almighty, Tom Shadyac

«Is it too much to ask for a little precipitation?»

Ou, no caso concreto, um bocadinho mais de piada? E um bocadinho mais do Steve Carrell que nós gostamos (o do Virgem de 40 anos, o do Daily show)? E, já agora, um bocadinho menos de pretensas "mensagens". É que o filme até quer ser um bom filme, e o senhor até quer ter piada e as outras pessoas (muitas e boas) à volta dele também se esforçam, mas dá-me cá para mim a ideia de que o humor se perde entre a "verdade inconveniente" e os votos de amor ao próximo. Fora isso, o Carrell faz-se (e sabe bem voltar a vê-lo ao lado de Jon Stewart e de Ed Helms no piscar de olhos ao Daily show) e o Evan também se há de fazer pela bilheteira afora...
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Diga...



17 julho 2007 

Breviário de sons: do mar, da China




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A long time ago, in a Hollywood far, far away

Jessica Biel & Scarlett Johansson, 1996

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Anatomia de um golpe (revista de postas)

«Morte na Wikipedia
QUANDO A morte de alguém é anunciada na Wikipedia 13 horas antes de a polícia encontrar o corpo, isso é um sinal dos tempos.»

(@ Ponto media)
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Depois da crush, o debate...

...entre a Obama groupie e as Giuliani girls:

 

Car, doce car

From Ibiza to Japan: adeus ao velho, viva o novo!

 

Como te compreendo, Michael Bay...

«Bay was too distracted by Megan Fox's tits to notice that his characters were reacting to the same offscreen action while looking in two different directions»...

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16 julho 2007 

Lisboa, 5 (revista de postas)

«São os loucos de Lisboa
Ouvi dizer que Carmona tinha boa aceitação juntos dos idosos. Os idosos não têm culpa, mas como dr. Salazar nos deixou um país de atrasados mentais é natural que as novas gerações ponham sempre a culpa no passado. Vicissitudes da história. E para a história fica o resultado: a lista dos irmãos metralha teve mais votos na Lapa que a do ex-director da Judiciária. Diz muito sobre as nossas elites.»

(@ Berra-boi)
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Dikshit, meet Pusey

«The 10 most unfortunately named people on the Internets».

 

De / Para («the greatest letters ever written»*)

«TS Eliot's postcard to Clive Bellon 6 January 1948. The card was addressed:

O stalwart Sussex postman, who is / Delivering the post from Lewes, / Cycle apace to Charlton Firle / While knitting at your plain and purl / Deliver there to good Clive Bell / (You know the man, you know him well / He plays the virginals and spinet) / This note - there's... nothing in it.»

(*)

 

Superstars

Depois destes, há um assobio novo por aqui. E um velho amigo ao lado.

 

Lisboa, 4

Bandeira @ DN
Bandeira)

15 julho 2007 

Lisboa, 3 (revista de postas)

«Não sei se dura sempre esse teu beijo
Ou apenas o que resta desta noite
O vento, enfim, parou
Já mal o vejo
Por sobre o Tejo
E já tudo pode ser
Tudo aquilo que parece
Na Lisboa que amanhece.»

(@ still kissin')
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Lisboa, 2 (da série "desculpe, posso roubar-lhe uma imagem?")


(@ O jumento)
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Lisboa, 1 (revista de postas)

«Segundo a senhora jornalista da rtp: "o problema é abstinência dos eleitores"...»

(@ Margarida das cavernas)
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Stardust, o filme

Depois do livro, o trailer...

 

Remember my name, 5

Megan Fox

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Breviário de fitas: geek boy, foxy lady e os robôs from outer-space

Transformers, Michael Bay

«It's a robot. You know, like a super advanced robot. It's probably Japanese.»

Um filme de guerra faz-se de duelos e o regresso dos robôs transformadores começa com dúvidas: a vitória será dos bons ou dos maus? da fábrica de êxitos que é Spielberg ou da nulidade de Michael Bay? da agradável compreensão dos 80s ou da exploração do passado? da pura diversão ou da má recepção crítica? Um filme de sucesso faz-se de história e personagens: da história não há mais que uma premissa básica e velha; dos personagens, ficam Shia LeBeouf (mais talento que hype), Megan Fox, uma mão cheia de caras da têvê, Megan Fox, um cast de excelentes secundários reduzidos a clichés ambulantes, Megan Fox e... Megan Fox. Quanto ao resto, a coisa vive dos efeitos-especiais, que ajudam a entreter, e da Megan Fox, que ajuda a distrair. Ainda assim, com tão baixas expectativas, a coisa até se aguenta - basta estar para aí virado. Ah, e já falei da... Megan Fox?
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14 julho 2007 

Breviário de fitas: and now for something completely abra-cadabra'd

Shreh - o terceiro, Chris Miller

«Look out! They got a piano!»

E o anti-conto de fadas largou as páginas das estórias infantis e rumou a outras paragens. Ao terceiro episódio, Shrek balança entre a mais genuína slapstick comedy e a mais inconsequente gozação à lá Scary Movie, com piscadelas de olho a anjos d'aqui e a piratas d'ali e lição de moral para o epílogo. Há algumas boas ideias, há bons diálogos (o Pinóquio não deixa mentir), até há mais um Monty Python na série (foi-se John Cleese, viva Eric Idle)... mas falta a este terceiro a força de uma boa história e a capacidade de surpreender e maravilhar que fez o sucesso do primeiro.
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Breviário de leituras: Stardust, o mistério da estrela cadente

Stardust, Neil Gaiman

«O octogésimo-primeiro Senhor de Stormhold encontrava-se moribundo nos seus aposentos, que haviam sido escavados a partir do pico mais alto, como um buraco num dente cariado. Existe ainda morte nas terras para lá dos campos que conhecemos.
Chamou os filhos para a sua cabeceira e eles vieram, os que estavam vivos e os que estavam mortos, e tremeram nos frios salões de granito. Reuniram-se ao redor da cama e aguardaram respeitosamente, os vivos do lado direito dele, os mortos do esquerdo.
Quatro dos seus filhos estavam mortos: Secundus, Quintus, Quartus e Sextus, e mantinham-se ali, figuras imóveis e cinzentas, insubstanciais e silenciosas.
Três dos seus filhos permaneciam vivos: Primus, Tertius e Septimus. Encontravam-se solida e desconfortavelmente à direita do aposento, apoiando-se ora num pé ora no outro, coçando as faces e os narizes como se se sentissem envergonhados pela compostura silenciosa dos seus irmãos mortos. Não olharam para o outro lado do quarto, na direcção dos seus irmãos mortos, agindo - o melhor que podiam - como se eles e o pai fossem os únicos naquele quarto frio, em que as janelas eram buracos enormes no granito, através dos quais sopravam os ventos frios.»
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Breviário de palcos: ça c'est la grande seca

Crazy Horse

Se alguém lhe oferecer convites para o Crazy Horse, isso é... uma chatice! Enfim, o espectáculo pode ter sido um bom espectáculo na Paris dos anos 50. Mas hoje em dia é um softcore tão soft que nem chega a ser core. É certo que há dois ou três bons momentos musicais (Champagne taste, Chaing gang), uma ou outra coreografia mais interessante (Lola, Attitude) e as moças, claro, as moças... Mas de resto, aquilo anda entre o show de strip decadente e o cabaré circense manhoso. E ainda por cima, está deslocado: aquilo é para ver no palco do Maxime, não num auditório fino de Casino! No fim de contas, entre os bocejos da companhia e os olhos esbugalhados dos velhotes das filas da frente (que devem ter visto mais maminhas numa hora e meia do que nas últimas décadas), salvam-se as moças, claro, as moças. As moças e os nomes delas: afinal, qualquer espectáculo que tem protagonistas com nomes como Lady Pousse-Pousse, Dolly Doll, Loa Vahina, Mac Made In France ou Fasty Wizz merece mais do que um sorriso maroto e uma palmadinha nas costas.
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Aquelas coisas que não acontecem a ninguém...

...às vezes acontecem-nos a nós. Coisas como ir ver o Crazy Horse... com a mãe!

 

Bund'ing

Na esplanada do shopping, a dúvida: calções pretos ou corsários brancos?

13 julho 2007 

Friday the 13th (da série "desculpe, posso roubar-lhe uma imagem?")

happy friday 13th
(@ Coisas da net)
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É, não é? (revista de postas)

«Porreira vs totó
Uma linha ténue divide o ser-se porreira do ser-se a totó que se deixa pisar. Quando duvidamos do lado em que estamos talvez estejamos na altura de mudar. Que ninguém se compadece das boas pessoas.»

(Luna, Crónicas das horas perdidas)
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Constatação (das últimas semanas)

Gostava muito mais do Joe Berardo quando ele estava calado.

12 julho 2007 

Gaffe station

Diz que hoje vem cá «o melhor DJ do Universo e quem sabe do Mundo»! Cá para mim, isto é a frase do ano e, quem sabe, do dia...

 

The Maias

«Um elenco com actores de Hollywood vai protagonizar uma dramatização do romance "Os Maias", de Eça de Queirós, numa ambiciosa produção no "West End", em Londres, no próximo ano, revelou hoje o produtor, Eduardo Barreto.»

ADENDA: Anthony Hopkins como Afonso da Maia?

11 julho 2007 

Mas que diabo...?

Ethan Haas was right

 

Was Ethan Haas...

...right or wrong?
E quem raios será Ethan Haas? E Mezin Source? E Van Mantra?
E o que é que isso terá a ver com 1-18-08?

 

1-18-08

«Movie lovers have been going wild trying to decipher the trailer they saw just before Transformers over the last week. The film has no name, but so far it's been called Cloverfield and 1-18-08. Well, as sparse as the info is around the web, this much* we do know...

- The film revolves around a monster attack in New York as told from the point of view of a small group of people;
- It's being produced by J.J. Abrams;
- It is being directed by Matt Reeves, who co-created Felicity.

The beginning of the madness started with this...»

1-18-08


(* This much e muito mais...)

 

Enquanto isso...

...alguém assobia uma canção. Ou três.

 

Sensibilidade e bom senso

«(...) o Governo não pode estar permanentemente a ser atacado por só colocar em funções públicas pessoas que são do PS e depois ser atacado por fazer um convite a uma pessoa que não é do PS. Assim não se faz nada.»

 

A frase do dia

«O traseiro é um pau de dois bicos para as mulheres».

(in DN)

 

Crónica do bom jornalismo, 2: sam the band

Na página 14 do 24horas de hoje:

«Rapper dos Sam the Kid referenciado por tráfico
Detido por alegado envolvimento em assaltos a carrinhas de transporte de valores, o rapper Rogério Barbosa é também suspeito de tráfico. Sam the Kid diz não conhecer ninguém com aquele nome.

O elemento da banda rap Sam The Kid detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeita de envolvimento em crimes de assalto a carrinhas de transporte de valores já estava referenciado pela polícia por comportamento violento e alegado tráfico de droga, apurou o 24horas.
Rodrigo Barbosa foi também um dos amigos de Miguel - o futebolista internacional português que joga no Valência - que agrediu vários jornalistas, em Agosto de 2005, no Algarve.
Rodrigo é um jovem oriundo da Zona J de Chelas, frequentador da noite de Lisboa e conhecido das autoridades por já ter estado envolvido em diversas rixas em bares na zona das Docas de Alcântara, em Lisboa.
Rodrigo, que se assumiu perante os inspectores da Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) da PJ que o detiveram como rapper do grupo de Sam The Kid, é também suspeito de envolvimento em negócios de droga.
De acordo com informações recolhidas pelo 24horas, o jovem acabou por ser detido, tal como outros três indivíduos, na passada sexta-feira, por suspeita de participação em assaltos a carrinhas de transporte de valores em circulação na área da Grande Lisboa.
O 24horas falou com Samuel Mira (nome verdadeiro do artista Sam the Kid) sobre Rodrigo Barbosa, mas o cantor recusou tecer quaisquer comentários sobre o caso. "Na minha banda não há ninguém com esse nome e não quero falar do assunto", alegou.
No entanto, o mesmo Rodrigo está visível na banda, num videoclip - disponível no site da Internet YouTube - "Poetas de Karaoke". Um vídeo que contou com a colaboração do jornalista da SIC Pedro Mourinho, do cantor Rui Veloso ou de Pacman, o vocalista dos Da Weasel.
O rapper dos Sam The Kid e outros três indivíduos detidos atacavam sempre armados com pistolas de calibre de guerra - 7,65 e de 9 milímetros. Usavam motos de alta cilindrada para assaltar as carrinhas. Em Agosto de 2005, Rodrigo acompanhava o futebolista Miguel numa festa no Algarve quando o jogador reagiu com agressividade à presença de jornalistas no local.»

ADENDA: E na legenda da foto que ilustra a notícia, o alegado Rodrigo volta a ser apresentado como Rogério Barbosa.

 

A musa e o mestre*

Scarlett Johansson junto a Woody Allen en las Ramblas de Barcelona

(* Ou adenda à colecção Verão luxuriante.)

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10 julho 2007 

Breviário carnal (revista de postas)

«Verão
s.m. estação do ano em que elas, infelizmente nem todas, não deixando de ser belas, passam a ser principalmente boas (Do lat. ita. franc. saison carnale).»

(JMF, Still kissin')
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Live Earth (revista de postas)

«Jose Saramago starts foundation with environmental goals

Portuguese writer and 1998 Nobel Prize winner Jose Saramago has started a foundation aimed to preserve his work that will also plead for the defense of human rights and the preservation of the environment. The foundation’s principles-declaration, published in the Portuguese magazine Jornal de Letras last July 4th, claims that even though the organization “cannot solve for itself the environmental and global warming problems threatening the world” it shall “work as if it was born to it”.»

(TreeHugger)
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A vida é um fado (revista de postas)

«E=mar cruel2
Tinha aqui preparado um post enorme sobre aquilo que eu julgava ser o meu pior pesadelo - ir de carro para a praia aos fins-de-semana - quando, de repente, olho para a televisão, vejo a Dulce Pontes cantar e percebo que tudo na vida é relativo.»

(Ricardo, Passagem estreita)
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Un dia en Madrid

Os D'zrt à saída. Um avião chamado César Manrique. A gigantesca Ciudad Deportiva do Real Madrid. O colorido Puerta America e as escuras Torres Blancas. As tapas na Plaza de Santa Ana. A espera no Midnight Rose a ouvir Lifeline e a dar notas às chicas. Um músico bem disposto e uma conversa de luxo. O lanche apressado e a sósia de Penélope Cruz na mesa em frente. O regresso, de um aeropuerto cerrado a um aeroporto cheio. E uma selecção de andebol a festejar a chegada.

09 julho 2007 

É ir e vir

É um 'nstantinho...

 

Boa sorte, good luck

08 julho 2007 

Ressaca

O que fica do Live Earth ...
E o que ficará das novas 7 coisas?

07 julho 2007 

Babel

A página oficial do Live Earth, em inglês, tem tradução em várias línguas: espanhol, francês, alemão, chinês, japonês, turco, zulu (ou será africâner?) e... brasileiro. Não é português, é brasileiro...

as línguas do Live Earth


ADENDA: Curioso, o mesmo acontece no site oficial das alegadas novas maravilhas... que até foram reveladas em Lisboa! Ah, mas em Lisboa fala-se brasileiro, não é? Ou espanhol, ou lá o que é...

as línguas das New 7 Wonders

 

On air, all day and all of the night

Live Earth - the concerts for a climate in crisis

06 julho 2007 

On air, online



ADENDA pós-audição: E um grande saravá aos senhores que sabem que sabem!

 

Um haikuzinho lançado para o ar

«Pagas o andante,
pegas o foguete...
'tás lá num tirinho!»

 

A vitória da polícia internacional

Daniel KesslerPaul BanksCarlos D

Valeu o ataque das slow hands e o arzinho de Nova Iorque à beira-Tejo! E Novembro é já a seguir...

05 julho 2007 

Paranóia, paranóia

Depois do original, a coverdose:

 

Jesus and the broken soundsystem

4 de Julho no Parque Tejo: a noite de todas as desilusões... Mas isto, como diz um caro amigo, «pode ser do meu ouvido, que é um pouco mouco».

 

Variação

Se o coração não tem juízo, a cabeça é que sofre. Só depois é que o corpo é que paga...

04 julho 2007 

Um presidente, um partido, uma sigla

Verdade seja dita: é bom saber que, na campanha para as intecalares de Lisboa, há um partido que se afasta da mediocridade reinante. Parabéns pois à campanha do PSD, que não é triste nem básica nem desinteressante como as outras. Pelo contrário, aquelas frases ao lado da cara de Fernando Negrão chamam a atenção, provocam reacções: são tão más, tão absurdas, tão ridículas, tão idiotas que é impossível ficar indiferente! Obrigado, senhor por quem eu já tive mais respeito!

 

Car, doce car

Ibiza out. Auris in.

 

«I went out into the night, I went out to find some light»

Arcade Fire @ SBSR (3 de Julho de 2007)

E a noite foi assim:
«all were shoutin' that they found the light
("We found the light!")
»
E we found the light mesmo...
E assim uma hora e meia fez valer um festival inteiro.

03 julho 2007 

Só mais um dia de trabalho...

...e o que parecia ser só mais um pleibéque em vídeo é, afinal, uma revelação:



[The original Lip Dub by Connected Ventures, via Blogothèque, com um merci ao Chryde.]

 

36 anos depois

«Death makes angels of us all and gives us wings where we had shoulders smooth as ravens claws

 

Ó sim, ó sim, Badajoz à vista!

Diz que, por estes dias, neste país, com tanta objecção de consciência e tanta má formação, ainda é mais difícil fazer um aborto do que antes da lei ter mudado. Resultado: o Sim ganhou, a lei passou, mas continua a ser preciso ir a Badajoz!
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02 julho 2007 

E por falar em schadenfreude

Boston legal versus The bad machines. Ponto.

 

Solta-se a franga, o gato mia

A reportagem do 24horas de hoje sobre a final do Dança Comigo é deliciosa. E o mérito é todo da campeã, autora de statements que merecem lugar cativo na memória pop lusitana. Como estes:


«Foi um sonho que eu tive com uma cigana que me dizia que, para me proteger do mal, tinha que comprar uma pulseira com estas coisinhas assim penduradas. E eu fiz isso, pu-la no braço e nunca mais a tiro, nem na novela.»

«Estava a rezar. Sempre a rezar. Estava a falar mesmo com eles, com os meus santinhos, aos meus espíritos, aos meus anjos-da-guarda.»

«Quando piso um palco e sinto este oúblico puxar por mim, transformo-me. Eu não sei onde é que vou buscar isto. A sensação que tenho é que começo a correr e tenho um batalhão de gente a correr atrás de mim e ninguém me consegue apanhar. Não sei explicar, transformo-me completamente. Eu tenho sede disto.»

«Só se vocês estiverem no meu lugar é que vão conseguir sentir o que eu sinto, esta gritaria, este 'Luciana', esta coisa. Vem cá de dentro. É inexplicável. Isto dá-me força para eu aguentar tudo e mais alguma coisa. A maldade das pessoas, tudo.»


Obrigado, Luciana. Portugal é um pouco mais feliz por causa de ti. Chama-se a isso schadenfreude.

 

24 horas da manhã

Será impressão minha, ou o novo 24horas está igual ao velho Correio da Manhã?

01 julho 2007 

Breviário de leituras: Darkly dreaming Dexter

Darkly dreaming Dexter, Jeff Lindsay

«While the coffee brewed, I checked for the newspaper, more out of hope than expectation. It was rare for the paper to arrive before six-thirty, and on Sundays it often came after eight. It was another clear example of the disintegration of society that had so worried Harry. Really now: If you can't get me my newspaper on time, how can you expect me to refrain from killing people?»
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Breviário de fitas: quem és tu, John McClane?

Die hard 4.0 - Viver ou morrer, Len Wiseman

«- On your tombstone it will say 'Always in the wrong place at the wrong time'.
- How about 'Yippie-ki-yay, motherfucker'?
»

Não há como evitar: ao rolar da ficha técnica, o que fica é um misto de vontade de gritar yípi-cai-iei-mádafuca e de saudade do velho John McClane! Ainda agora, horas depois, o sentimento balança entre o querer gostar, o querer mesmo gostar muito, e o perceber, com alguma melancolia, que aquele não é o John McClane do arranha-céus. Não podia, é certo. Mas faz-lhe falta (faz-me falta) aquele cinismo, aquele humor cortante, aquele ó-que-chatice-deixa-lá-despachar-isto-que-é-para-ir-para-casa-ó-raios-quem-é-que-me-meteu-nesta-brincadeira-toma-lá-que-é-para-não-me-chateares. Porque sem isso, aquele não é o John McClane, é só o Bruce Willis a fazer de Bruce Willis a fazer de John McClane. Ainda assim, este McClane 4.0 ainda é melhor que qualquer heróizito que tenha tentado roubar-lhe o trono nos últimos anos. E as boas ideias do argumento e as piscadelas de olho compensam alguns disparatados exageros, a falta de carisma de um vilãozeco de segunda e a falta que faz o outro "John Mc" (o McTiernan). Posto isto, viva John McClane!
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B.I.

Coisas Breves

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