Adenda: doido por notas do tradutor
A propósito do livro referido na posta abaixo, não posso deixar de agradecer à Editorial Magnólia o extraordinário trabalho de tradução e legendagem da edição portuguesa do best-seller de Paul Reiser. Caríssimos amigos, há muito, muito tempo, que não via uma tão elaborado falta de cuidado no tratamento do original e uma tão leviana condução da leitura pela parte do tradutor (neste caso, da tradutora). Já para não falar na repetição da micro-biografia de Paul Reiser (na badana e no final) e no estranho texto de contra-capa de Bruno Nogueira (estranho, por estar na contra-capa; nada contra o autor, mas parece-me que alguém lhe pediu um prefácio e acabaram por o colocar no sítio errado...).
Mas deixando de lado a pobre tradução (que, infelizmente, não é caso único) e outros problemas logísticos, olhemos para as mui preciosas Notas do Tradutor, que ocupam três páginas do final do livro. E deixemos também de lado o facto de este se tratar de um livro perfeitamente acessível, de temática mundana e linguagem corriqueira. Ainda assim, não fossem as 44 Notas do Tradutor (45, se contarmos com a da badana), ficaríamos sem saber que CIA são os «Serviços Secretos Americanos», que Marriott é o «nome de uma cadeia de hotéis» e que American Express «é uma empresa de serviços financeiros sediada nos Estados Unidos. Conhecida, principalmente, pelo seu cartão de crédito»...
Mas ficaríamos, sobretudo, sem conhecer relevantes observações para o bom prosseguimento da leitura, como estas:
«Texas. Estado americano, cuja capital é Austin, mas a maior cidade é Houston. (nota de tradutor)»;
«Cracker Jacks. Um dos "snacks" favoritos dos americanos, desde 1896, pipocas cobertas de caramelo com amendoins.»;
«Oprah, Donahue, Sally Jesse Raphael. São programas "talk shows" da televisão americana.»;
«"Big secret" na língua inglesa quer dizer, na língua portuguesa, 'grande segredo'.»
Obrigado, pois, senhores da Magnólia, por nos ajudarem, burros e idiotas leitores, a melhor compreender os significados ocultos e obscurecidos pelas entrelinhas da obra hermética e codificada de Paul Reiser. Agora peguemos neste volumoso calhamaço que é a obra do filósofo Steve Martin.
Mas deixando de lado a pobre tradução (que, infelizmente, não é caso único) e outros problemas logísticos, olhemos para as mui preciosas Notas do Tradutor, que ocupam três páginas do final do livro. E deixemos também de lado o facto de este se tratar de um livro perfeitamente acessível, de temática mundana e linguagem corriqueira. Ainda assim, não fossem as 44 Notas do Tradutor (45, se contarmos com a da badana), ficaríamos sem saber que CIA são os «Serviços Secretos Americanos», que Marriott é o «nome de uma cadeia de hotéis» e que American Express «é uma empresa de serviços financeiros sediada nos Estados Unidos. Conhecida, principalmente, pelo seu cartão de crédito»...
Mas ficaríamos, sobretudo, sem conhecer relevantes observações para o bom prosseguimento da leitura, como estas:
«Texas. Estado americano, cuja capital é Austin, mas a maior cidade é Houston. (nota de tradutor)»;
«Cracker Jacks. Um dos "snacks" favoritos dos americanos, desde 1896, pipocas cobertas de caramelo com amendoins.»;
«Oprah, Donahue, Sally Jesse Raphael. São programas "talk shows" da televisão americana.»;
«"Big secret" na língua inglesa quer dizer, na língua portuguesa, 'grande segredo'.»
Obrigado, pois, senhores da Magnólia, por nos ajudarem, burros e idiotas leitores, a melhor compreender os significados ocultos e obscurecidos pelas entrelinhas da obra hermética e codificada de Paul Reiser. Agora peguemos neste volumoso calhamaço que é a obra do filósofo Steve Martin.