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04 outubro 2006 

Um poeminha para o regresso (e para um fã que já não volta)

Fado Maravilhas

Fui num domingo a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer uma caldeirada.
A gente não nada em taco
Mas vai dando pró tabaco
E para regar a salada.

É porque isto é mesmo assim
A gente morre e o pilim
Não vai para a cova com a gente.
E antes gastá-lo no tacho
Do que na farmácia, eu acho
Isto é que é principalmente.

Terminada a refeição
Ao entrar na embarcação
Começou a grande espiga.
Um mangas abriu o bico
Pôs-se a mandar vir com o Chico
E o Chico arriou a giga.

Eu para acalmar a tormenta
Ainda disse oh Chico "auguenta"
Mas o mangas insistiu.
E o Chico sem intenção
Deu-lhe um ligeiro encontrão
Atirou com o tipo ao rio.

Um sócio de outro meco
Quis-se armar em malandreco
A gente já estava quentes.
Veio para mim desnorteado
Eu dei-lhe com penteado
E pu-lo a cuspir os dentes.

Veio outro, veio outra ideia
De sarnelha e plateia
Mais outro fui-lhe ao focinho.
E o Chico pelo seu lado
Só para não ficar parado
Aviou quatro sozinho.

Fez-se uma grande molhada
Desatou tudo à estalada
Eu e o Chico no centro.
Daquela calamidade
Apareceu a autoridade
E meteu-nos todos dentro.

Não tenho vida para isto
E de futuro desisto
De me meter noutra alhada.
Nunca mais vou a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer uma caldeirada!


(Raúl Solnado)

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[saudade desta graça

E de outras tantas e de quem a disse e de quem lhe chegue aos calcanhares...

E obrigado pela visita.

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