Um poeminha para o regresso (e para um fã que já não volta)
Fado Maravilhas
Fui num domingo a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer uma caldeirada.
A gente não nada em taco
Mas vai dando pró tabaco
E para regar a salada.
É porque isto é mesmo assim
A gente morre e o pilim
Não vai para a cova com a gente.
E antes gastá-lo no tacho
Do que na farmácia, eu acho
Isto é que é principalmente.
Terminada a refeição
Ao entrar na embarcação
Começou a grande espiga.
Um mangas abriu o bico
Pôs-se a mandar vir com o Chico
E o Chico arriou a giga.
Eu para acalmar a tormenta
Ainda disse oh Chico "auguenta"
Mas o mangas insistiu.
E o Chico sem intenção
Deu-lhe um ligeiro encontrão
Atirou com o tipo ao rio.
Um sócio de outro meco
Quis-se armar em malandreco
A gente já estava quentes.
Veio para mim desnorteado
Eu dei-lhe com penteado
E pu-lo a cuspir os dentes.
Veio outro, veio outra ideia
De sarnelha e plateia
Mais outro fui-lhe ao focinho.
E o Chico pelo seu lado
Só para não ficar parado
Aviou quatro sozinho.
Fez-se uma grande molhada
Desatou tudo à estalada
Eu e o Chico no centro.
Daquela calamidade
Apareceu a autoridade
E meteu-nos todos dentro.
Não tenho vida para isto
E de futuro desisto
De me meter noutra alhada.
Nunca mais vou a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer uma caldeirada!
(Raúl Solnado)
Fui num domingo a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer uma caldeirada.
A gente não nada em taco
Mas vai dando pró tabaco
E para regar a salada.
É porque isto é mesmo assim
A gente morre e o pilim
Não vai para a cova com a gente.
E antes gastá-lo no tacho
Do que na farmácia, eu acho
Isto é que é principalmente.
Terminada a refeição
Ao entrar na embarcação
Começou a grande espiga.
Um mangas abriu o bico
Pôs-se a mandar vir com o Chico
E o Chico arriou a giga.
Eu para acalmar a tormenta
Ainda disse oh Chico "auguenta"
Mas o mangas insistiu.
E o Chico sem intenção
Deu-lhe um ligeiro encontrão
Atirou com o tipo ao rio.
Um sócio de outro meco
Quis-se armar em malandreco
A gente já estava quentes.
Veio para mim desnorteado
Eu dei-lhe com penteado
E pu-lo a cuspir os dentes.
Veio outro, veio outra ideia
De sarnelha e plateia
Mais outro fui-lhe ao focinho.
E o Chico pelo seu lado
Só para não ficar parado
Aviou quatro sozinho.
Fez-se uma grande molhada
Desatou tudo à estalada
Eu e o Chico no centro.
Daquela calamidade
Apareceu a autoridade
E meteu-nos todos dentro.
Não tenho vida para isto
E de futuro desisto
De me meter noutra alhada.
Nunca mais vou a Cacilhas
Mais o Chico Maravilhas
Comer uma caldeirada!
(Raúl Solnado)
Etiquetas: Poeminhas
[saudade desta graça
Posted by pimpinelle | 00:36
E de outras tantas e de quem a disse e de quem lhe chegue aos calcanhares...
E obrigado pela visita.
Posted by RS | 19:33