Breviário das coisas breves

«- What's the city taught you?
- That the werewolf stories have gotten it all wrong. In the loup garoux legend, they're not cursed, their blessed. Like the moon turning them into wolves, that's all how it's twisted later. The loup garoux can change whenever they want. It's - it's, uh... mind over matter. Transcendence. You know, they believe they will change, and in that moment they do. Can you imagine that? From a man to a wolf.
- Sounds beautiful.»

Uma estreia discreta demais (alguém deu por ela?). Um aviso ameaçador («é pá, isso parece ser mesmo muito mau»). Um trailer mesmo muito mau... E no entanto, seja o nome bizarro ou a bela protagonista, algo atrai em Sangue e chocolate. E ainda bem, porque aquilo que parecia ser mais um agoniante filme sobre lobisomens acaba por ser uma obra simpática, uma agradável variação ao modelo boy-meets-girl-mas-girl-é-lobisomem, que vive mais das velhas lendas dos loup garoux do que dos modernos contos de terror. Mas o que seduz definitivamente no filme de Katja von Garnier é a forma diferente de mostrar a transformação de homem em lobo: não como algo doloroso, demorado e destrutivo, mas como algo de belo, natural e luminoso. Isso e Agnes Bruckner...
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