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04 dezembro 2007 

Breviário de fitas: «war is too important to be left to the generals»

Peões em Jogo, Robert Redford

«Nowhere else have I seen such lions led by such lambs.»

Mais do que um um líbelo anti-Bush ou um manifesto anti-guerra da esquerda de Hollywood, mais do que uma chamada de atenção ou um piscar de olhos aos indecisos da pré-campanha presidencial norte-americana, mais do que um exercício de panfletismo ou uma tentativa de lutar contra a apatia de uma sociedade ligada à televisão mas desligada da realidade, Lions for Lambs é um filme com opinião, a fazer lembrar os tempos em que o cinema norte-americano tinha opinião e não tinha medo de a mostrar. E é, sobretudo, uma prova do bom cinema que ainda vem de Hollywood, notável na forma como nos consegue prender a um fio narrativo no qual, no fundo, não se passa grande coisa (no essencial, duas longas conversas e um cenário de guerra). Mérito de um argumento simples que foge à regra da estória com princípio meio e fim, de uma realização discreta e atenta a muito bom cinema (não fosse Redford o Sr. Sundance) e de interpretações subtis mas pujantes de Cruise, Streep e do novato Andrew Garfield. Mas, por mais defeitos que lhe queiram colar, o que mais surpreende ainda é a forma como um filme tão sentado e conversador consegue tocar e provocar tantas e tão pessoais reacções.
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B.I.

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