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21 janeiro 2008 

Breviário de fitas: the dark night (o rei da barba e do bigode, parte 2)

Sweeney Todd - o terrível barbeiro de Fleet Street, Tim Burton

«I will have vengenance, I will have salvation»

Depois do palco, finalmente o ecrã. E que bem que Sweeney Todd assenta no ecrã. E, mais do que isso, que bem que Sweeney Todd fica nas mãos de Tim Burton - que desenha uma Londres negra e mórbida (entre a Gotham de Batman e a Londres de From Hell), habitada por sombras e, aqui e ali, recortada a sangue. E que bem moldado foi Sweeney Todd por este Johnny Depp fantasmagórico, com ares de um Eduardo Mãos de Tesoura vingativo e a voz de um David Bowie homicida. Par perfeito para esta pálida Mrs. Lovett a que Helena Bonham Carter empresta uma certa jovialidade e uma carga de sensualidade quase mórbida. Mesmo com cortes aqui e ali, com personagens esquecidas e uma ou outra canção a menos, o musical de Stephen Sondheim passa com fidelidade pelas mãos de Tim Burton e as canções saem a ganhar com o imaginário mais sombrio do realizador (como na bizarra cena do piquenique ou no ambiente d'A Noiva Cadáver que perpassa todo o filme).
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Mal posso esperar por ver mais um filme do "meu" Johnny.

e bem que o rapaz já merecia o óscarzinho...

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B.I.

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