Breviário de fitas: Charlie and the terrorists factory
«These things happened. They were glorious and they changed the world. And then we fucked up the endgame.»
A fórmula podia dar para tudo: quando se juntam, num mesmo ecrã, três "academy award winners", há que esperar o melhor e o pior. Felizmente, quando atrás das câmaras está a realização segura de Mike Nichols e o guião brilhante do brilhante Aaron Sorkin, tudo se conjuga para fazer brilhar o trio Hanks, Roberts e Hoffman. Mas mais do que o divertido ar canastrão de Hanks, a presença simpática de Roberts ou a pura brutalidade de Hoffman (para não falar do séquito de Charlie Wilsonettes), o que salta à vista na guerra de Charlie Wison é a forma como se consegue fazer um filme sobre Bin Laden e o Iraque sem se falar em Bin Laden ou no Iraque. É a forma como se põem os pontos nos i's sem apontar o dedo. É a forma como aquilo que parece uma comédia sobre a Guerra Fria e os bastidores da política de D.C. é, afinal, uma lição muito séria sobre os porquês do terrorismo anti-americano. É a forma como, por A mais B, se mostra que a guerra de Charlie Wilson é, afinal de contas, um problema de todos. E é o argumento brilhante do brilhante Aaron Sorkin...
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