Eça agora
16 anos não se recuperam num dia inteiro. Mas, por entre um workshop e um jornalinho, sempre se matam saudades e se descobrem as diferenças, numa escola tão igual mas tão diferente. E no fim do dia, o melhor de tudo é deixar os putos de sorriso aberto, orgulhosos das quatro folhas agrafadas cheias das suas notícias e da vontade «fazer mais um». É o olhar esbugalhado dos velhos professores que, de braços abertos, deixam soltar um «Olha quem ele é!» que é, no fundo, um «Parece que foi ontem, pá» misturado com um «Estamos mesmo velhos...». E são as histórias que, apesar do tempo e das obras e da tinta nova, sobrevivem na esquina do Pavilhão B, na mesa do fundo da Sala 2, no estúdio da rádio no segundo andar, no muro do pátio, nas escadas por trás da Sala de Professores... São os seis anos de histórias que ficaram 16 anos escondidas, esquecidas, mas que acordaram por um dia para nos dizer «Parece que foi ontem, pá».