Breviário das coisas breves

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Rendi-me ao Twitter e em meia dúzia de dias ganhei três dezenas de stalkers.

A norte, o «melhor carnaval luso-brasileiro do país». A sul, o «carnaval mais português dos brasileiros». Por este andar, carnaval à portuguesa só quando vierem as eleições...

Um quase bom Choke (melhor o argumento que a realização). Um genuinamente mau e desinteressante Virus undead. Um surpreendentemente bonito contraponto ao exuberante Slumdog millionaire chamado Vanaja. Um delirante e fugaz Next floor e um competente e eficiente The unborn (apesar de um Gary Oldman em velocidade de cruzeiro e um fantasma saído de todos os filmes de terror made in Hollywood que metam criancinhas mortas). Um arrastado Bellinni e o demônio (melhor o livro que o filme?). Um curioso mas quase interminável Nightmare detective 2. Um intenso e divertido The chaser (e a Coreia a salvar o fim-de-semana). E um pungentemente simples The wrestler (com Darren Aranofsky a fazer de realizador mainstream e Mickey Rourke a fazer de Mickey Rourke).
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Choke. Virus Undead. The Unborn. Nightmare detective. Grace. Hansel & Gretel. Nekromantik. The chaser. The wrestler. Tokyo gore police.

«If God wrote the Bible, the first sentence should surely be...it's ROUND!»

(Eddie Izzard)

Foi o meu ano que começou mais tarde ou o Verão que chegou mais cedo?

«Apesar de ser Sexta-Feira Santa, Norberto Pimentel abriu a mercearia às sete da manhã, como fazia todos os dias, porque seis anos antes tinha descoberto que para além de lhe expiar os pecados graves aquela data malograda lhe servia para se ver livre do excedente de chocolates e rebuçados que apodrecia no armazém. Entrou a cambalear de sono e esgotado pela bebedeira fenomenal da noite anterior que o mantivera acordado até perto das cinco a vomitar como uma fonte de paço. A agonia mantinha-se. E a embriaguês também. Muitos meses depois, confessou-me sem dúvidas que aquela circunstância esporádica tinha sido a alavanca mestra do mecanismo demoníaco que conduzira Bernardina dos Prazeres ao seu doce fim.»
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«Chaiwalah! Well, ladies and gentlemen, Jamal Malik, garma garam chai dene wala from Mumbai, let's play Who Wants To Be A Millionaire!»

Curioso que a obra mais aclamada de Danny Boyle seja mais parecida com o seu filme mais discreto e esquecido do que com os êxitos que lhe deram fama: é que, apesar de toda a história de Jamal Malik ser pontilhada por alguns dos melhores truques e ingredientes do cinema do realizador inglês, este milionário de vão de escada está mais próximo da fábula Milhões do que de Trainspotting ou A Praia. Mas o grande trunfo deste (talvez demasiado) realista conto de fadas acaba por ser a forma como Boyle nos envolve no melhor e no pior da vida indiana, do esgoto de Mumbai às coreografias de Bollywood. Mais do que um tributo exótico ao triunfo da vontade, Slumdog millionaire é uma vénia respeitosa ao cinema made in Índia.
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«No longínquo ano de 1860 a maneira correcta de nascer era em casa. Presentemente, segundo me dizem, os sumo-sacerdotes da medicina decretaram que os primeiros vagidos dos recém-nascidos devem ser soltos no ar anestético de um hospital, de preferência de um hospital em voga. Por isso, Mr. e Mrs. Roger Button estavam cinquenta anos à frente do estilo da época quando, num dia do Verão de 1860, decidiram que o seu primeiro bebé nasceria num hospital. Jamais se saberá se este anacronismo teve alguma influência na espantosa história que estou prestes a contar.
Contar-vos-ei o que aconteceu e deixar-vos-ei ajuizar por vós próprios.»
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Ali para os lados da Av. 5 de Outubro, em Lisboa, há um stand chamada Claudicar!

Será que o Camões também andou a injectar doses diárias de Lovenox?

Tantos anos depois, o negócio de família passou a ser o negócio de outra família.

Aeon flux. Zombie strippers. Battle royale. The ilusionist. Hard candy. Heroes (volume 3). Thank you for smoking. Sunshine. 21. Be kind, rewind. Dexter (season 3). The kill point. Ichi, the killer. Paris, je t'aime. Teeth. 30 Rock (séries 1 e 2). Forgetting Sarah Marshall. Big nothing. Man of the year. Boston legal (série 2). Next. Death at a funeral. Fringe (season 1). Nothing. The green butchers. Ondskan. Lie to me (season 1). City of ember. The mentalist (season 1).
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O ano novo começa agora.