Breviário de fitas: O efeito Larsson
«- Quem são os suspeitos?
- Ninguém. Todos.»
Entre a mais profunda esperança (afinal, trata-se da adaptação de um dos mais viciantes policiais dos últimos anos) e as mais baixas expectativas (afinal, as críticas não têm sido as mais favoráveis), a transposição para cinema do primeiro volume da trilogia de Stieg Larsson deixa-se ficar algures pelo meio: não sendo uma marco do cinema europeu, também não é nenhuma completa desilusão. Poderá, é certo, não fazer toda a justiça à matéria-prima (faltam muitos dos sub-plots, falta algum do historial das personagens, há pontas que se deixam soltas, enredos que se afloram demasiado ao de leve), mas também não envergonha ninguém (a acção tem ritmo, os actores são competentes, a banda-sonora é empolgante, o visual é estonteante). Bem vistas as coisas, o que falta ao filme é simplesmente aquela dose de brilhantismo que fez do livro a obra-prima que é.
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