Breviário de fitas: Avatar
«It's different when you actually feel the pain.»
E mais uma vez, voltamos ao mesmo: uma boa premissa, um conceito curioso e um universo bem explorado, aliados a efeitos visuais topo-de-gama e a uma estrela de série A, não fazem por si só um bom filme. Para isso é preciso muito mais do que um funcionário bem comportado por trás da câmara e um actor/personagem em formato o-que-é-que-eu-ando-aqui-a-fazer. Por isso é que, mais do que a adaptação de uma graphic novel de culto, há alturas em que este Surrogates mais parece a adaptação de um jogo de computador oco e deslavado. Talvez seja o excesso de personagens sem densidade ou interesse (é que nem o suposto vilão se safa), talvez sejam os twists que de tão óbvios se anulam, talvez seja a falta de algo que entusiasme ou algo a que nos possamos prender ou com que nos possamos realmente preocupar... Enfim, safa-se o início e o ar caricatural de um futuro desenhado a régua e esquadro, o que faz com que o filme, não sendo empolgante por aí além, também não seja completamente desinteressante.
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