Um fadinho ao fim do dia
Ela tinha uma amiga
Ela tinha uma amiga chamada Maria
Que era quem me atendia quando eu telefonava
Ela tinha uma amiga chamada Maria
A quem ela dizia para dizer que não estava
E quando eu insistia, e não desligava
Era sempre a Maria
Que me mentia e me consolava
E perguntava o que é que eu lhe queria
Ela tinha uma amiga chamada Maria
Que nunca sabia por onde ela andava
Ela tinha uma amiga chamada Maria
De quem se servia quando me enganava
E quando eu lá ia, e não a encontrava
Era sempre a Maria
Que me dizia que ela não tardava
Que me jurava que ela voltaria
Quando eu ia buscá-la, e a gente saía
Era sempre a Maria que nos animava
Quando eu a convidava, e ela não queria
Era com a Maria que eu sempre dançava
E quando eu inventava uma melodia
Era sempre a Maria
Que me aplaudia, e ela não ligava
E eu ficava a cantar prá a Maria
No cinema, no escuro, quando eu a beijava
Ela empalidecia, a Maria corava
Ela não me ligava e adormecia
E era com a Maria
Que eu conversava
E que eu ficava quase até ser dia
Ela tinha uma amiga chamada Maria
A quem ela dizia p'ra dizer que não estava
Até que outro dia ela me telefonou
E eu disse: Maria...
E eu disse: Maria!
E eu disse: "Maria, vai dizer que eu não estou!"
(Manuela de Freitas / Camané, Pelo dia dentro)
Ela tinha uma amiga chamada Maria
Que era quem me atendia quando eu telefonava
Ela tinha uma amiga chamada Maria
A quem ela dizia para dizer que não estava
E quando eu insistia, e não desligava
Era sempre a Maria
Que me mentia e me consolava
E perguntava o que é que eu lhe queria
Ela tinha uma amiga chamada Maria
Que nunca sabia por onde ela andava
Ela tinha uma amiga chamada Maria
De quem se servia quando me enganava
E quando eu lá ia, e não a encontrava
Era sempre a Maria
Que me dizia que ela não tardava
Que me jurava que ela voltaria
Quando eu ia buscá-la, e a gente saía
Era sempre a Maria que nos animava
Quando eu a convidava, e ela não queria
Era com a Maria que eu sempre dançava
E quando eu inventava uma melodia
Era sempre a Maria
Que me aplaudia, e ela não ligava
E eu ficava a cantar prá a Maria
No cinema, no escuro, quando eu a beijava
Ela empalidecia, a Maria corava
Ela não me ligava e adormecia
E era com a Maria
Que eu conversava
E que eu ficava quase até ser dia
Ela tinha uma amiga chamada Maria
A quem ela dizia p'ra dizer que não estava
Até que outro dia ela me telefonou
E eu disse: Maria...
E eu disse: Maria!
E eu disse: "Maria, vai dizer que eu não estou!"
(Manuela de Freitas / Camané, Pelo dia dentro)
Etiquetas: Poeminhas