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10 julho 2006 

Breviário de palcos: Don Giovanni revisitado (post scriptum)

Don Giovanni, National Marionette Theatre (Praga) Fiore Nuda, TNSJ (Lisboa)

Quis o acaso que, no espaço de um mês, eu visse duas produções extraordinariamente diferentes do mesmo Don Giovanni, de Mozart. A primeira, uma delirante versão para marionetes numa sala esconsa de Praga. A outra, uma "espécie de ópera" a partir de retalhos do obra original de Mozart, no Teatro de São Luiz, em Lisboa.

Curiosamente, a primeira é a mais fiel ao original (apesar de um ou outro interlúdio para aligeirar a obra e de um final em que o que se passa em palco já nada tem a ver com a música que sai das colunas). Já a segunda, "Fiore Nudo", é uma manta de retalhos: um misto de ópera / jazz / chanson / trova, cantado, falado e declamado em italiano, alemão, francês e inglês, onde a história da ópera original é vítima de uma tentativa de modernização que funciona bem em tudo (na excelente remistura da ópera original, na banda-sonora incidental, nos figurinos, no jogo de luzes, até no cenário pouco explorado mas eficaz), mas acaba por falhar onde não podia falhar: na história que se conta, retalhada em highlights que transformam Don Giovanni em "Retalhos da vida de um galanteador".

Ainda assim, vale a experiência de ver, num mês, duas versões distintas e altamente criativas (cada uma à sua maneira) de uma das grandes obras de Mozart. Agora, só me falta a original...

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B.I.

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