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07 janeiro 2007 

Breviário de palcos: entre a montanha e o funeral

Música no coração, LaFéria-style

Fará sentido que, num musical, alguns dos protagonistas não saibam cantar? Fará sentido que, num musical, o ponto mais fraco sejam as canções (as letras, senhores, aquelas letras... e o cantar, senhores, quase a morrer...)? Fará sentido que, na adaptação portuguesa de um dos maiores musicais da Broadway, se tenha optado por adaptar... o filme? Fará sentido que uma produção deste calibre saiba a espectáculo amador, com tanto engano e tanta falta de alegria? Faz sentido pois, quando o encenador recebe o público atrás do balcão do merchandising a vender (e autografar) programas e a gritar como o homem dos gelados na praia.

Enfim, esqueça-se a má tradução das letras (e o constante rimar de "espera" com "primavera"), a falta de voz do Von Trapp, a cara de vítima da Maria, a coreografia excessivamente colada ao filme de Robert Wise e a hora de aperto na fila afunilada à entrada. Celebre-se, ao menos, a cenografia e as boas soluções técnicas em palco... e a boa acção prometida no Natal: levar as avós da família ao Politeama que, seja dita a verdade, estava cheio que nem o Colombo em dia de jogo.

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Desculpe que lhe diga mas devia estar surdo e cego nesse dia!! Dizer que tanto a Anabela(ou a Lúcia Moniz)e o Carlos Quintas têm falta de voz e cara de vítimas?! Só são das melhores vozes do país mas não há de ser nada!! Tanto a personagem Maria como Capitão Von Trapp estão muito bem interpretados. E depois o espectáculo é todo ele cheio de luz e vida. Nunca deve ter visto o filme de Robert Wise de forma tão atenta assim, pois se o tivesse feito saberia que as coreografias são até bastante despreendidas da versão cinematográfica....é a eterna mania parola dos portugueses do bota a baixo e da inveja do sucesso de Filipe la Féria. Se o senhor la Féria é bem sucedido naquilo que faz e gosta é tudo por mérito próprio. Se a estratégia dele é ser simpático com o público deixai-o estar. É a prova de que é um homem inteligente!

Desculpo, pois: que diga o que tem a dizer. E digo-lhe agora eu que não estava nem cego nem surdo, e acredite que vi o filme vezes sem conta... Quanto ao resto, não retiro nem uma vírgula. Nada contra o sucesso do Sr. La Féria, apenas contra o que vi e não gostei - sobretudo de uma flagrante falta de alegria do elenco (até pode ser cansaço, mas isso não desculpa um actor, como não desculpa um médico ou um bombeiro ou um empregado de balcão). Mas enfim, se calhar é má vontade, não é?

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B.I.

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