« Home | Então vamos lá falar de prémios... » | Atonement » | E vai mais uma? » | Foi bonita a... conferência de imprensa, pá » | Este breviário tem calendário » | Breviário de palcos: ser ou não ser, eis a questão » | Toda a verdade sobre as eleições nos EUA » | How to be cool » | «Talk pastry to me» ou o estranho caso do homem do... » | A mãe que embala o berço » 

15 janeiro 2008 

Breviário de fitas: o vale das sombras

No Vale de Elah, Paul Haggis

«- You know what it means when a flag is hung upside down? It's an international distress signal.
- No shit.
- No shit. It means we are in a whole lot of trouble, so come save our ass, cause we haven't got a prayer in hell of saving ourselves.
- It says a lot.
»

De todos os filmes que têm estreado nos últimos tempos sobre a Guerra no Iraque, o novo de Paul Haggis é, sem dúvida, o mais ousado. Por entre um simples drama familiar com toques de policial (a história, baseada em factos reais, de um pai à procura do filho desaparecido), desenha-se um fortíssimo manifesto contra a guerra, todas as guerras, e os efeitos que as guerras, sobretudo esta guerra, deixam nos soldados que sobrevivem e vivem diariamente com uma guerra na cabeça. Nos soldados e nas suas famílias. Com uma realização segura, um elenco de peso, um Tommy Lee Jones de novo em topo de forma (num papel escrito para Clint Eastwood) e um final altamente provocante (sobretudo para a tão orgulhosa América), ficam apenas duas notas menos boas: a interpretação de Charlize Theron (lindíssima como sempre, mas longe do que já mostrou ser capaz) e o facto de Crash ter elevado tanto a fasquia que este, que até é um excelente filme, fica a saber a menos do que merecia. Ah, e afinal são quatro os bons filmes do último ano em que Josh Brolin entra, e sempre com o mesmo bigode...
__________

Etiquetas:

B.I.

Coisas Breves

Powered by Blogger
and Blogger Templates