Fazer rádio num festival é:
- Correr o risco de perder a voz ao fim de duas horas (e antes ainda de começar a noite);
- Entrar em directo e logo cair ou ter o pio cortado de dois em dois minutos;
- Arriscar-me a ter que apagar os fogos dos outros (e com isso, perder o lugar);
- Ver sobressair o melhor e o pior de alguns colegas;
- Cruzar-me com amigos e ex-colegas que já só se vêem de ano a ano;
- Perder as costas da cadeira duas vezes no mesmo dia (e sentir que as mesmas cadeiras já foram mais largas);
- Ficar cheio de fome e não ter tempo, espaço ou vagar para ir comer;
- Morrer de stress a meio do primeiro dia;
- Derreter de calor no estúdio-móvel (mesmo com o ar condicionado ligado);
- Sentir-me num aquário quando, chegando a noite, as luzes do estúdio-móvel se ligam e dezenas de pessoas ficam a olhar para nós como se fôssemos animais no jardim zoológico;
- Passar os dias a dar estaladas na própria cara, pescoço e braços (para matar mais um filho da mãe de um mosquito);
- Não conseguir ter uma conversa de jeito a partir de uma certa hora;
- Não ver um único concerto;
- Ver o olhar esbulhado, os sorrisos e os agradecimentos comovidos dos fãs de uma banda quando lhes dizemos "parabéns, vão conhecer a vossa banda preferida";
- Perder o olhar por entre tantas boas-vistas que a Primavera traz;
- Dar oito autógrafos e ficar sem saber o que dizer aos "fãs" que não sabia que tinha (e recordar o olhar tão sorridente da Marta, aquela última fã, quando lhe devolvi a t-shirt rabiscada).
(- Acabar os dias em casa de velhos amigos a beber chá de iogurte de framboesa e cheesecake de morango...)
- Entrar em directo e logo cair ou ter o pio cortado de dois em dois minutos;
- Arriscar-me a ter que apagar os fogos dos outros (e com isso, perder o lugar);
- Ver sobressair o melhor e o pior de alguns colegas;
- Cruzar-me com amigos e ex-colegas que já só se vêem de ano a ano;
- Perder as costas da cadeira duas vezes no mesmo dia (e sentir que as mesmas cadeiras já foram mais largas);
- Ficar cheio de fome e não ter tempo, espaço ou vagar para ir comer;
- Morrer de stress a meio do primeiro dia;
- Derreter de calor no estúdio-móvel (mesmo com o ar condicionado ligado);
- Sentir-me num aquário quando, chegando a noite, as luzes do estúdio-móvel se ligam e dezenas de pessoas ficam a olhar para nós como se fôssemos animais no jardim zoológico;
- Passar os dias a dar estaladas na própria cara, pescoço e braços (para matar mais um filho da mãe de um mosquito);
- Não conseguir ter uma conversa de jeito a partir de uma certa hora;
- Não ver um único concerto;
- Ver o olhar esbulhado, os sorrisos e os agradecimentos comovidos dos fãs de uma banda quando lhes dizemos "parabéns, vão conhecer a vossa banda preferida";
- Perder o olhar por entre tantas boas-vistas que a Primavera traz;
- Dar oito autógrafos e ficar sem saber o que dizer aos "fãs" que não sabia que tinha (e recordar o olhar tão sorridente da Marta, aquela última fã, quando lhe devolvi a t-shirt rabiscada).
(- Acabar os dias em casa de velhos amigos a beber chá de iogurte de framboesa e cheesecake de morango...)