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24 maio 2007 

Nacional Portugal, alegria todo o dia!

Há dias chatos. Há dias mauzinhos. Há dias desagradáveis. Há dias em que era melhor não ter saído à rua. E depois há dias ridiculamente absurdos e absolutamente surreais. Como o de hoje, entre o barulho infernal das brocas, a moca irreal da tinta fresca, o cheiro insuportável do verniz, o repentino corte brutal da electricidade, a meia-hora de branca ensurdecedora na emissão, o estupidificante computador (centro nevrálgico do ofício) que não faz nada e nada deixa fazer, o sentimento de impotência, a angústia de não ter palavras nem conseguir conjugar as que se tem para dizer, as mãos nos bolsos de quem não devia ter os braços cruzados, a falta de respeito por quem merecia um bocadinho mais, os nervos em fúria... Há dias assim. Em que tudo corre tão mal que já só resta rir. Em que se toca o fundo e se sente que não se pode descer mais. Em que se pressente que o dia é histórico de tão negro. Em que se percebe que dias assim são os dias do fim.

Realmente há dias na vida em que tudo corre mal.É preciso ter esperança no dia de amanhã e rir do que correu mal, talvez assim o mal se espante...

então? essas obras nunca mais acabam??

estas obras não acabam nunca mais. são as obras do inferno!!!

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B.I.

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