Abril (revista de postas)
«Aqui todos nós temos andado a cantar meu Amor, e ao mesmo tempo a questionar-nos se serão verdade as notícias que nos chegam, notícias de uma nova era. Eu sei que tu sempre me mentiste, meu Amor, mentir por amor é tão razoável como por outra coisa qualquer.
(Mas diz-me ao ouvido, andas a cantar?) Como está ele? O nosso mais que tudo, o nosso terrorista cor de outras terras, cor da nossa fuga pela liberdade. Fruto de uma noite ou dia num outro País onde a liberdade, a nossa liberdade, era possível, a liberdade possível.
Os dias aqui dentro têm estado frios apesar das cantigas, e se a liberdade chegou aí fora grita, porque eu gostaria de te beijar os olhos a correr, com o nosso filhote às cavalitas.
Se chegou a Liberdade venham buscar-nos.
Com um grande beijinho para os dois, e votos de um até já...
Adriano.
Amo-vos muito.
Peniche, 25 de Abril de 1974.»
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(Mas diz-me ao ouvido, andas a cantar?) Como está ele? O nosso mais que tudo, o nosso terrorista cor de outras terras, cor da nossa fuga pela liberdade. Fruto de uma noite ou dia num outro País onde a liberdade, a nossa liberdade, era possível, a liberdade possível.
Os dias aqui dentro têm estado frios apesar das cantigas, e se a liberdade chegou aí fora grita, porque eu gostaria de te beijar os olhos a correr, com o nosso filhote às cavalitas.
Se chegou a Liberdade venham buscar-nos.
Com um grande beijinho para os dois, e votos de um até já...
Adriano.
Amo-vos muito.
Peniche, 25 de Abril de 1974.»
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