Breviário de leituras: A viagem do elefante
«Voltando aos caminhos, é verdade que a estrada de innsbruck a viena é relativamente cómoda, sem catastróficos acidentes orográficos como foram os alpes e, se não vai em linha recta, pelo menos está bastante segura de aonde quer chegar. Porém, a vantagem dos rios é serem como estradas andantes, vão por ser pé, especialmente estes, com os seus poderosos caudais. O mais beneficiado com a mudança será solimão que, para beber, só terá de chegar-se à borda da jangada, meter a tromba na água e aspirar. Contudo, não ficaria nada contente se pudesse saber que um cronista da cidade ribeirinha de hall, pouco adiante de innsbruck, um escriba qualquer de nome franz schweyger, escreverá, Maximiliano voltou em esplendor de espanha, trazendo também um elefante que tem doze pés de altura, sendo cor de rato. A rectificação de solimão, pelo que dele conhecemos, seria rápida, directa e incisiva, Não é o elefante que tem cor de rato, é o rato que tem cor de elefante. E acrescentaria, Mais respeito, por favor.»
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