Breviário de palcos: Deste lado do espelho
É no limiar da loucura, entre a fantasia e a normalidade, que se contam os contos alternativos que se partilham neste novo espectáculo - o de um capuchinho vermelho no limiar do proibido, o de um país de maravilhas deste lado de um espelho estilhaçado, os dos seus próprios monstros na ponta da língua. Talvez demore a arrancar, talvez não seja a mais imediata das peças do GTT, mas é difícil não nos deixarmos levar pelas estórias confessadas em palco. Sobretudo, quando os figurinos (timburtonianos) e a banda-sonora (belíssima, de Adriano Filipe) sublinham de forma tão eloquente as inquietações do texto (denso aqui, hilariante ali) de João Silva.
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