Um poeminha para o ano que passa
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31 dezembro 2007
Em terra de checos...
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30 dezembro 2007
E por entre mil-e-um cartoons, meia dúzia de palavras dizem tudo sobre esta coisa de blogar (revista de postas)
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![[REC] ('Told through a reporter's perspective')](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfF6lZbIJAAyuqN1-lbAchESrzHn3YEmWb-jDBjsM3myTdazZQ4qVsodHnXK02wy3V8O9TiZqOkfjAGTBaVWWJr3-IMJCfVnnEy4lsKQnO-udAI2UTVRVL3mFBN_tjly4ZD-vi/s200/REC.jpg)
29 dezembro 2007
Breviário de leituras: Ficções científicas & fantásticas
«Triceratops girava a toda a velocidade no seu foguete "Vigoroso". Apesar de ser um moscardo octópode de mais de cem Kilos continuava a ter orgulho em ser português. Um orgulho de carácter mais mitológico do que qualquer outra coisa mas ainda assim uma marca de identidade da qual não se podiam reclamar ziliões de insectropoides iguaizinhos uns aos outros, num mundo cada vez mais dominado por uma só ideologia, cada vez mais uniforme. Os seus lemes da cauda tinham sido destruídos pelos canhões de protões inimigos na guerra televisionada de Portugal contra o resto do Mundo e ele tinha urgentemente que parar para fazer reparações e comer. O desespero e o mau estado da nave tinham-no levado a uma galáxia moribunda, cujas estrelas agonizavam e tinha o pressentimento de que não faltaria muito tempo para uma vaga de anti-matéria implodir aquele mundo.»
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Etiquetas: Leituras
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27 dezembro 2007
Da reciclagem: as notícias de ontem, hoje
Num jornal de hoje:
«O médico mais famoso da actualidade, ‘Dr. House’ vai deixar de ajudar doentes apenas na ficção. O actor britânico Hugh Laurie e a sua equipa decidaram associar-se à Aliança Nacional Americana de Doenças Mentais e estão a vender t-shirts com as frases mais surpreendentes e até vezes arrogantes do ‘Dr. House’»;
Na net em Abril:
«Fans of Dr. Gregory House are sure to enjoy this slate grey t-shirt which is emblazoned with the classic House-ism “Everybody Lies.” All proceeds from these T-shirt sales will go to the National Alliance on Mental Illness».
Ora deixa cá ver: Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro... Dava para ter um filho!
«O médico mais famoso da actualidade, ‘Dr. House’ vai deixar de ajudar doentes apenas na ficção. O actor britânico Hugh Laurie e a sua equipa decidaram associar-se à Aliança Nacional Americana de Doenças Mentais e estão a vender t-shirts com as frases mais surpreendentes e até vezes arrogantes do ‘Dr. House’»;
Na net em Abril:
«Fans of Dr. Gregory House are sure to enjoy this slate grey t-shirt which is emblazoned with the classic House-ism “Everybody Lies.” All proceeds from these T-shirt sales will go to the National Alliance on Mental Illness».
Ora deixa cá ver: Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro... Dava para ter um filho!
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Vamos cantar o coro das queixas? (revista de postas)
«Finnish artists Tellervo Kalleinen and Oliver Kochta-Kalleinen collected the pet peeves and angst-ridden pleas of people in Helsinki and then composed this choral work around the list of complaints.»
ADENDA: Diz que já há Complaint Choirs em mais de uma dúzia de grandes cidades. Sendo assim, para quando um em Portugal? Sempre há por cá material que chegue para uma longa carreira...
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ADENDA: Diz que já há Complaint Choirs em mais de uma dúzia de grandes cidades. Sendo assim, para quando um em Portugal? Sempre há por cá material que chegue para uma longa carreira...
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26 dezembro 2007
E de repente, um discreto press-release transforma uma inocente estrela de Hollywood num épico homicida
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24 dezembro 2007
A água suja do imperialismo (ouvido no refeitório)
«Para mim, um bom soldado americano é um soldado americano morto, porque os soldados americanos representam o avanço do imperialismo», diz ele, de Coca-cola na mão.
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Etiquetas: Ouvido na rua
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23 dezembro 2007
21 dezembro 2007
20 dezembro 2007
E o melhor do ano não é
Está decidido: este ano, não me peçam topes de fim-de-ano, listas dos melhores discos, dos meus filmes do ano, dos livros que mais gostei... É que assim de repente não me parece que este ano tenha ouvido álbuns novos assim tão bons, ou visto filmes novos que cheguem, ou lido assim tantos livros novos... Se calhar, bem vistas as coisas, este ano não foi assim tão bom. Ou isso, ou estou a ficar velho.
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Bomb it (da série "desculpe, posso roubar-lhe uma imagem?")
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Breviário de fitas: cast away
«God didn't do this. We did!»
Meio século depois de ter marcado a literatura e o cinema sci-fi e de terror (vertente vampiresca), décadas depois de ter servido de mote a The Last Man On Earth, The Omega Man, Blade ou 28 Days Later, depois de ter andado anos e anos perdido no development hell, o clássico de Richard Matheson chega finalmente ao cinema. E leia-se este finalmente de forma efusiva, que Francis Lawrence controla os comandos de forma convincente e Will Smith pega sem medos no papel que já foi de Vincent Price e de Charlton Heston (e que esteve para ser de Arnold Schwarzenegger). Com uma história com pés e cabeça, imagens de cortar a respiração, sustos a rodos, acção q.b. e drama que chegue, percebe-se porque é que este foi um dos maiores êxitos da temporada nos States.
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Etiquetas: Fitas
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19 dezembro 2007
Vamos embora, Manel! E não há Óscares pra ninguém!
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Eu, clone
A mim o que me preocupa é a possibilidade de Carolina Salgado e a sua advogada serem clones uma da outra!
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18 dezembro 2007
A última fronteira
«metro: a última fronteira,
onde nenhum ser humano foi antes
(santa apolónia por baixo do chão).»
[© mailing LUST especial #359]
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Larga ou talvez não (revista de postas)
«Este blog não está suspenso porque estou no meio do Atlântico. Este blog não está suspenso porque estou no meio de uma tempestade. Este blog não está suspenso porque o aeroporto esteja fechado. Este blog não está suspenso porque me serviram peixe podre ao jantar. Este blog está suspenso porque os atrasados mentais da TMN estão há cinco dias a tentar perceber porque razão não tenho banda larga. Até já!»
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Etiquetas: Postas
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Classificado
Procura-se Espírito de Natal. Deve andar por aí perdido, que ainda não chegou cá a casa...
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A luz ao fundo do piquete?
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La belle et la bête
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The world has now officially gone wacko: behold the official Pillow Fight League rules
«1. Female pillow fighters only. No exceptions.
2. Professional pillow fights are won via pinfall, surrender, or referee stoppage. If a pillow fight ends at the time limit with no winner, a winner is declared by a three-judge committee, using the traditional 10 point system. Pillow fighters are judged based on Style, Stamina, and the Eye of the Tiger.
3. Pillow fighting is Fun. No biting, scratching, or hair pulling. Malicious intent and blatant disregard of your opponent's safety (or your own) may result in immediate suspension and/or dismissal from the League.
4. Mouth guards, knee pads and elbow pads are mandatory.
5. Bearing in mind Rule #3, most anything goes in a pillow fight, as long as there is a pillow at the point of contact. Preventing your opponent's offense by holding her pillow is not allowed.
6. Pillow fighters must practice good sportswomanship. No rude, lewd, or suggestive behavior.
7. A pillow is not a weapon. Deliberately compressing the pillow fibres to increase the density of the pillow is not allowed. Loading a pillow with any foreign object is strictly forbidden.» ©
(Sim, é um desporto. E as atletas têm nomes como Boozy Suzy, Lynn Somnia, Eiffel Power, Polly Esther ou Carmen Monoxide... A sério. Ah, e o título disputa-se hoje!)
ADENDA: Há mais versões das PFL Rules aqui e... aqui (mas dá-me ideia que esta não é a sério).
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17 dezembro 2007
Christmas in NY
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Primeiro a FNAC, agora a Microsoft?
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16 dezembro 2007
Breviário de fitas: corações desperdiçados
«Has anybody ever loved you that much, detective? To kill or die... for you?»
Um bom elenco, um realizador experiente, uma história com potencial. Parece bater certo, certo? Errado. Ao elenco parece faltar vontade (Travolta e Gandolfini arrastam-se pelo ecrã, Leto e Hayek quase estão em filmes diferentes, Dern e Caan não têm muito para onde se virar). Ao realizador parece faltar a vontade e a mão, de tal forma que, a dada altura, é a própria realização que se perde no argumento. À história parece faltar uma direcção (não é pela narrativa não linear, é mesmo pela narrativa ser confusa e pouco aprofundada e cheia de clichés). Podia ser o Bonnie & Clyde dos anos 00, mas acaba por ser só mais um filme desinteressante.
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14 dezembro 2007
Crime no Expresso da meia-noite (ouvido na TV)
«Vamos morrer de excesso de limpeza às mãos de Bruxelas»,
José Manuel Esteves, Secretário-geral da ARESP, ainda agora, no debate sobre os excessos da ASAE, no Expresso da meia-noite da SIC Notícias.
ADENDA: E deixou o aviso: o preço da restauração vai disparar. Ora, no final de uma conversa tão animada e interessante, isso não teve lá muita piada...
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José Manuel Esteves, Secretário-geral da ARESP, ainda agora, no debate sobre os excessos da ASAE, no Expresso da meia-noite da SIC Notícias.
ADENDA: E deixou o aviso: o preço da restauração vai disparar. Ora, no final de uma conversa tão animada e interessante, isso não teve lá muita piada...
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Etiquetas: Ouvido na rua
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13 dezembro 2007
Love is in the web
Depois de toda esta história, só mesmo esta história:
«Neil Gaiman helps fan propose to girlfriend through book inscription»...
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«Neil Gaiman helps fan propose to girlfriend through book inscription»...
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«I was afraid you'd pick up on that»
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10 dezembro 2007
09 dezembro 2007
08 dezembro 2007
Breviário de palcos: Terry and the amazing technicolor orchestra
A premissa é simples: um homem lê três contos infantis acompanhado por uma orquestra. O homem é um sorridente Terry Jones que não se limita a ler mas a viver as estórias de Poppy, de Tom, das gotas de chuva. Os contos são mesmo fantásticos e, no fim, sabem a pouco. E a orquestra, essa, bate o pé, brinca, sorri e surpreende a cada momento, graças ao sentido de humor das composições de Luís Tinoco, que conseguem alimentar a narrativa e dar vida à estrada rápida, à poça de lama, ao estômago do dinossauro. Absolutamente, something completly different.
(Único problema: sábado à noite e só meia centena de pessoas numa sala de teatro meio-vazia no centro de Lisboa para ver um Monty Python?)
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Etiquetas: Palcos
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What's up, Doc? (revista de postas)
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Um poeminha em 60 segundos
WHAT MAKES A POEM A POEM?
It’s not rhyming words at the end of a line. It’s not form. It’s not structure. It’s not loneliness. It’s not location. It’s not the sky. It’s not love. It’s not the color. It’s not the feeling. It’s not the meter. It’s not the place. It’s not the intention. It’s not the desire. It’s not the weather. It’s not the hope. It’s not the subject matter. It’s not the death. It’s not the birth. It’s not the trees. It’s not the words. It’s not the things between the words. It’s not the meter. It’s not the meter.
It’s the timing.
(Charles Bernstein, 60 Second Lecture Series)
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It’s not rhyming words at the end of a line. It’s not form. It’s not structure. It’s not loneliness. It’s not location. It’s not the sky. It’s not love. It’s not the color. It’s not the feeling. It’s not the meter. It’s not the place. It’s not the intention. It’s not the desire. It’s not the weather. It’s not the hope. It’s not the subject matter. It’s not the death. It’s not the birth. It’s not the trees. It’s not the words. It’s not the things between the words. It’s not the meter. It’s not the meter.
It’s the timing.
(Charles Bernstein, 60 Second Lecture Series)
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Etiquetas: Poeminhas
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07 dezembro 2007
Breviário de fitas: sabem aquela dos dois cães e do bolo de arroz?
Era uma vez dois cães que passavam a vida no sofá a beber cerveja. Um dia apareceu um bolo de arroz para os entrevistar e ficou a viver com eles ao longo de 14 episódios. Os dois cães são o Hal e o Bons, mas a estrela das pequenas fitas é Mochi, o bolo de arroz mais eléctrico e hiperactivo do mundo. O único bolo de arroz eléctrico e hiperactivo do mundo. E virgem. E parvo. E chato que nem uma porta. E divertido, muito divertido (mesmo que 14 episódios de seguida sejam um pouco de Mochi a mais).
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Etiquetas: Fitas
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06 dezembro 2007
Breviário de fitas: smokin' aces
«Besides, violence is one of the most fun things to watch.»
Diz a wikipédia: «A shoot 'em up (or shmup for short) is a computer and video game genre where the player controls a character or vehicle and fights large numbers of enemies with shooting attacks, usually of a highly stylized nature». Diz Michael Davis: é tudo isso, mas com Clive Owen, Paul Giamatti e Monica Bellucci em versão caricatura de herói, vilão e donzela em perigo e com uma mão cheia de one-liners de fazer inveja a John McClane.
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Etiquetas: Fitas
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«Can I tell you a story? / Has it got a wild finish? / I don't know yet. / Well, go on, tell it. Maybe one will come to you as you go along»
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Breviário de fitas: Tokyo trip
75 minutos, 17 realizadores, 16 curtas de animação. Muito para lá do anime, o loop de Tóquio é um melting pop de viagens por 16 diferentes visões de uma mesma cidade, interligados pelo jazz de Seiichi Yamamoto. Infelizmente, por mais variados, inovadores, divertidos e curiosos ingredientes que tenha, a receita acaba por resultar desiquilibrada e incoerente, com momentos de valente seca... Ainda assim, pelo meio do experimentalismo abusador e de algum surrealismo de segunda, há meia dúzia de episódios deliciosos (Tokyo strut, Dog & bone, Hashimoto, Fig) para acalmar o corpo na cadeira. Quanto ao resto, nem o jazz o salva...
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05 dezembro 2007
Nuclear, não obrigado
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04 dezembro 2007
Breviário de fitas: «war is too important to be left to the generals»
«Nowhere else have I seen such lions led by such lambs.»
Mais do que um um líbelo anti-Bush ou um manifesto anti-guerra da esquerda de Hollywood, mais do que uma chamada de atenção ou um piscar de olhos aos indecisos da pré-campanha presidencial norte-americana, mais do que um exercício de panfletismo ou uma tentativa de lutar contra a apatia de uma sociedade ligada à televisão mas desligada da realidade, Lions for Lambs é um filme com opinião, a fazer lembrar os tempos em que o cinema norte-americano tinha opinião e não tinha medo de a mostrar. E é, sobretudo, uma prova do bom cinema que ainda vem de Hollywood, notável na forma como nos consegue prender a um fio narrativo no qual, no fundo, não se passa grande coisa (no essencial, duas longas conversas e um cenário de guerra). Mérito de um argumento simples que foge à regra da estória com princípio meio e fim, de uma realização discreta e atenta a muito bom cinema (não fosse Redford o Sr. Sundance) e de interpretações subtis mas pujantes de Cruise, Streep e do novato Andrew Garfield. Mas, por mais defeitos que lhe queiram colar, o que mais surpreende ainda é a forma como um filme tão sentado e conversador consegue tocar e provocar tantas e tão pessoais reacções.
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Nota mental
Evitar a FNAC do Colombo: está cada vez mais atarracada, mais desorganizada e mais desumana, cada vez menos interessante, menos diversificada e menos aconchegante, cada vez pior.
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O céu sobre Lisboa
Não sei por quem torcem os deuses da 2ª circular, mas ainda agora, em Benfica, por sobre o Estádio da Luz, o sol brilhava radiante, como que a iluminar o caminho. Um pouco à frente, no Campo Grande, sobre o Estádio de Alvalade, o céu escuro e denso ameaçava cair sobre a cidade como um castigo divino. Dizem que é o tempo, dizem que anda estranho. Mas cá por mim, acho que aqui deve andar mão do árbitro...
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03 dezembro 2007
Breviário de fitas: num país cheio de sonhos / vivia um dia um pesadelo
«Don't you think dreams and the Internet are similar? They are both areas where the repressed conscious mind vents.»
Algures entre Ghost in the Shell e Strange Days, o novo filme do autor de Perfect Blue é uma prazer para os olhos, uma delícia para os ouvidos, um orgasmo para os sentidos. Entre uma ficção científica de toada realista e um mundo de sonhos descontrolados, Paprika consegue ser divertido e comovente, assustador e profundo, surrealista e épico, sem nunca se perder nem nos deixar perder o fio à meada. E a sublinhar a corrida entre sonhos, a parada de frigoríficos, a banda de sapos e as bonecas de porcelana sádicas, está uma banda-sonora extraordinariamente perfeita e absolutamente viciante, a tornar a experiência ainda mais empolgante.
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Breviário de fitas: num país cheio de flores / vivia um dia uma abelha
«- And you'll be happy to know that bees as a species haven't had one day off in 27 million years...
- So you'll just work us to death?
- We'll sure try!»
Estranha opção esta de reaparecer não sei quantos anos depois de uma das mais brilhantes sitcoms de todos os tempos com um filme de animação sobre abelhas... Mas se Woody Allen deu voz a uma formiga, porque não poderá Jerry Seinfeld fazer de abelha? E a prova de que tudo é possível é que, no fim de contas, a história e as imagens conseguem fazer-nos crer num mundo em que as abelhas falam com as pessoas e a comédia fala tanto aos habitués do cinema de animação como àqueles que não saem de casa desde que Seinfeld, a série, acabou. Não será a melhor comédia de sempre nem a obra-prima de Seifeld, mas é um dos mais divertidos filmes do ano.
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Agenda da semana
Segunda-feira: folga (um visionamento pela manhã, um anime pela tarde). Terça-feira: folga (e uma antestreia à noite). Quarta-feira: folga (bizarro bazar de manhã e um concerto à noitinha). Quinta-feira: folga (e um jantar importante). Sexta-feira: folga (uma hora em estúdio e o resto logo se vê). Prevê-se uma semana difícil...
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Merry Christmas, Mr. Leno
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02 dezembro 2007
O irmão da Carochinha (ouvido no shopping)
Ele - Q'horas são?
Ela - "Q'orachão" é irmão da Carochinha!
Ela - "Q'orachão" é irmão da Carochinha!
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Um Monty Python de câmara em punho pelas ruas de Lisboa (da série "desculpe, posso roubar-lhe uma imagem?")
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Breviário de fitas: uma história de violência
«It's always good to have someone who I can trust, to do simple tasks. In this business, sometimes the biggest danger comes from the most stupid things.»
E às vezes, as maiores surpresas vêm das coisas mais simples: do frio londrino que se vê, da frieza no olhar de Viggo Mortensen, do calor do olhar de Armin Mueller-Stahl, do olhar perdido de Naomi Watts, das olheiras de Vincent Cassell, da crueldade quase ridícula de tão normalizada, do que se vê e, sobretudo, do que não se vê... Porque às vezes, os mais belos filmes são os que mostram tanto, mas guardam ainda mais.
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Arte non stop (Lisboa à noite)
Sexta, Cais do Sodré, a Woman in Panic, o Alloy Mental, o raio do Cartell, a rusga, as quiches e finalmente a ervilha (com direito a congrats!). Sábado, Santos, We Not, a Alice no Brasil, o Weatherman e o raistaparta do palhaço. No entretanto, o LOVE de Indiana. Not bad, para um fim-de-semana na cidade.
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B.I.
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