29 setembro 2008 

Breviário de leituras: The dangerous alphabet

The dangerous alphabet, Neil Gaiman and Gris Grimly

«A is for Always, that's were we embark;
B is for Boat pushing off in the dark;
C is the way that we find and we look;
D is for Diamonds, the bait on the hook;
E's for the Evil that lures and entices;
F is for Fear and its many devices;
G is for Good, as in hero and morning;
H is for "Help me!" - a cry, and a warning;
I am the author who scratches these rhymes;
J is the joke monsters make of their crimes;
K's but a kiss - lovers glow with elation;
L is, like 'eaven, their last destination;
M is for Mirrors you'll stare in forever;
N is for Night, and for Nothing, and Never;
O if for Ovens, far under the street;
P is for Piracy, blunt or discreet;
Q is for Quiet (bar one muffled scream);
R is a River that flows like a dream;
S is for - somewhere - a Skull and its Smile;
T is for Treasure heaped into a pile;
U are the reader who shivers with dread;
W's Warnings went over your head;
V is Vile deeds done in the night;
X marked the spot, if we read the map right;
Y's yous last question, the end of the ring;
(Z waits alone, and it's not for a thing).»
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Como começar as férias da melhor maneira

Prepare-se nas semanas anteriores. Receba a notícia de que a companhia através da qual comprou os bilhetes de avião foi à falência. Bata com o carro. Leia no jornal que andam a raptar turistas no seu destino de férias. Leve o carro à oficina e certifique-se que o orçamento é demasiado elevado. Zangue-se com a (ou o) namorada(o) ou, em alternativa, tenha um desgosto amoroso (ou, tendo coragem, tente ambas as hipóteses). Perca os seus dias entre telefonemas para a oficina e a seguradora. Irrite-se com o call center, chateie-se com o fax, deprima-se.

Comece o último dia de trabalho por ir buscar o carro, arranjado, à oficina. Perca o sorriso e o ânimo quando passar o cheque. Certifique-se que sai tarde e sem jantar do ofício. Se puder, constipe-se. Se preferir, passe horas na fila de um McDrive. Passe o resto da noite sozinho a ver um debate chato na televisão. Festeje, revendo o seu episódio preferido de "Lost" e comova-se quando Penny atente o telefone. Deite-se tarde. E sozinho.

No primeiro dia de férias, acorde com a notícia de que o seu actor preferido morreu. Lembre-se, repentinamente, que deixou trabalho por acabar e que, afinal, ainda vai ter que voltar ao ofício. Não ouça o telefonema do amigo que o ia convidar para ir ver o derby lá em casa, com a malta. Aproveite para receber a notícia de que uma das avós partiu um braço e faça-lhe uma visita. Apanhe uma carga de água no regresso a casa.

Agora sim, boas férias!

27 setembro 2008 

«I'm Eddie Felson. I shoot straight pool»

Paul Newman, 1925 - 2008

26 setembro 2008 

Here's looking at you, kid

«- Inside of us, we both know you belong with Victor. You're part of his work, the thing that keeps him going. If that plane leaves the ground and you're not with him, you'll regret it. Maybe not today, maybe not tomorrow, but soon and for the rest of your life.

- But what about us?

- We'll always have Paris. We didn't have, we... we lost it until you came to Casablanca. We got it back last night.

- When I said I would never leave you...

- And you never will. But I've got a job to do, too. Where I'm going, you can't follow. What I've got to do, you can't be any part of. Ilsa, I'm no good at being noble, but it doesn't take much to see that the problems of three little people don't amount to a hill of beans in this crazy world. Someday you'll understand that. Now, now... here's looking at you kid.»

24 setembro 2008 

Da rotina

Matei um mosquito. Foi o ponto alto do meu dia...

 

Breviário de leituras: Uncle Montague's tales of terror

Uncle Montague's tales of terror, Chris Priestley

«"But why worship a tree?", I said.
"I can think of many things less deserving of worship", he replied. "Look at how long some trees have been alive. Think of what they have seen. Why, there are yew trees in churchyards that may be more than a thousand years old; older still than the ancient church nearby. Their roots are in one millennium and their branches in another. And who cannot stand in awe when they see a great oak or ash or elm standing alone like a mournful giant?"
He tapped his fingertips together and I saw his wolfish smile in the shadow. "I know a story about just such a tree", said my uncle. "Would you like to hear it, Edgar?"
"Very much so". After all, that was why I was there.
"It may be a little frightening for you".
"I don't mind, Uncle", I said with more courage than I felt, for I was like someone who, having been hauled to the highest point of a fairground ride, was beginning to have second thoughts.
"Very well", said Uncle Montague, looking into the fire. "Then I shall begin..."»
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22 setembro 2008 

Breviário de sons: the Kids are alright (descubra as diferenças)

A mesma banda, a mesma canção, três versões:
- a original, de 2003;
- a intermédia, do EP de 2005;
- a definitiva, do álbum de 2007.

Tudo devidamente explicado e roubado daqui, com um ありがとうございました.
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20 setembro 2008 

Breviário de leituras: Kockroach - a metamorfose

Kockroach - a metamorfose, Tyler Knox

«Refiro-me aqui a Times Square, em plena década de cinquenta, a minha Times Square, que vibrava em todo o seu esplendor berrante, onde deixei pela primeira vez a minha marca neste mundo. A Times Square dos salões de pinball e discotecas manhosas, do velho grande hotel Sheraton-Astor e dos antros piolhosos para agarrados que o cercavam, dos teatros da Broadway onde nunca pus os pés e do Roxy Burlesque, com as suas strippers de segunda a mostrarem as carnes para públicos de terceira, que certamente frequentei. Estou a falar de lutas com arma branca para ver quem ficava com as estudantes no White Rose, de cachorros quentes comprados no Nedick's, nas grandes apostas em jogos de bilhar no Ames Billiards, no mercado de néon com os seus fatos falsificados, das molas para exercitar o tórax, e das garrafinhas castanhas cheias de cantárida. Times Square de saltos altos e decotes baixos, de zaragatas e ponta-e-molas com cabos perlados, de fanáticos do jazz à cata de erva, de viciados em benzedrina à procura de Deus, de táxis amarelos com tejadilhos arqueados e sinais luminosos Motogram, de políticos que se pavoneavam e pegas que se prostituíam, enquanto o Satchmo tocava trompete. Havia ali pulgas a puxarem quadrigas, vacas com três cabeças, turistas e carteiristas, pregadores de esquina, homens casados dos subúrbios à procura de orgias que não custava encontrar, essa é que é essa, com meninos malandros de calças de ganga bem justas. Era ali que o Charlie Parker tocava desenfreado e incompreensível no Birdland, que o Dizzy enfunava as bochechas no Onyx. No cinema Criterion estava em exibição o Horas de Desespero, no Lyric podia ver-se o Killer's Kiss. Viam-se ali o anúncio da Pepsi-Cola, o anúncio da Canadian Club, os anúncios às televisões Admiral, o anúncio aos cigarros Hit Parade com o seu slogan "The Tobacco, the Tip, and the Taste!". Diga-me lá se isso não é do piorio? Deviam chamar a atenção da Philip Morris. O Warner tinha o Search for Paradise em exibição, e, moça, deixe-me dizer-lhe que, quando saí daquele túnel, órfão e falido, sem passado a que voltar onde só havia mágoa, nem alento para avançar excepto uma esperança impossível, descobri o meu paraíso ali mesmo, em Times Square.
Estava no meio daquele circo total, por baixo do anúncio aos cigarros Camel na esquina da Rua 44, a distribuír os meus panfletos com o esboço de uma stripper com aquele ar de quem nos chama para perto, quando topei pela primeira vez o Chefe.»
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17 setembro 2008 

Today...

...was not a good day.

15 setembro 2008 

Breviário de leituras: The colour of magic

The colour of magic, Terry Pratchett

«"What happens next?" asked Twoflower.
Hrun screwed a finger in his ear and inspected it absently. "Oh", he said, "I expect in a minute the door will be flung back and I'll be dragged off to some sort of temple arena where I'll fight maybe a couple of giant spiders and an eight-foot slave from the jungles of Klatch and then I'll rescue some kind of a princess from the altar and then kill off a few guards or whatever and then this girl will show me the secret passage out of the place and we'll liberate a couple of horses and escape with the treasure". Hrun leaned his head back on his hands and looked at the ceiling, whistling tunelessly.
"All that?" said Twoflower.
"Usually".»
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14 setembro 2008 

Viagens na minha serra

A recato da casa dos Matos e o recanto cor de terra. As voltas perdidas rendidas aos petiscos da D' Maria. A beleza serena das grutas (e a pequenez tacanha de um velho centro turístico parado no tempo). O arroz de pato da Tia Alice (e a morcela e o leite-creme e a simpatia). As pegadas dos dinossauros (e «o maior trilho de saurópodes do mundo» completamente às moscas). O recato e as migas e os licores dos Matos. E o resto do mundo aqui tão perto...

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09 setembro 2008 

Breviário de leituras: Is tiny dancer really Elton's little John?

Is tiny dancer really Elton's little John?, Gavin Edwards

«Of all the bands I've ever met, the one most fully committed to the absurdity of rock 'n' roll was probably the Darkness. And considering that I once interviewed Spinal Tap's David St. Hubbins (Michael McKean, staying in character on the phone), that's no small praise. But the Darkness bring a lot to the party: catsuits, an insane falsetto, and a video where a pterodactyl humps a spaceship.
This was the philosophy of lead singer Justin Hawkins: "Less is more? That's bollocks. More is more. That's why it's called 'more'. If it was actually less, it'd be called 'less'."
There's something about rock 'n' roll that brings out the smoke machines, secret backward messages, and other strange experiments. Hawkins, unsurprisingly, has a philosophy about such matters. He told me, "My favorite catchphrase is 'If something's worth doing, it's worth overdoing'. Even subtlety. If you're going to be subtle, you should really fucking be subtle."»
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05 setembro 2008 

Breviário de leituras: How to live

How to live, Simon Munnery

«L

Look at the sea
and remember the past.
Look at the sky
and imagine the future.
Look at the land
and think of the present.

And at the most profound place
where land, sea and sky are one -
there ye shall play volleyball.»
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04 setembro 2008 

London 08

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Operation K

Quatro dias para duas entrevistas e dois discos quase novos (um que promete ser bom, um que se confirma mauzinho). Pelos entretantos, às voltas por uma cidade que a cada regresso revela novos recantos e encantos renovados, entre as lojas de sempre e túneis de paredes vivas, entre a banda-sonora do trabalho e as músicas que se procuram no tempo livre. Mas, estranha novidade, no fim do dia, o que se procurou foi só mais um olá, mais um adeus, mais uma palavra para matar uma saudade nova, inesperada, desconhecida... Uma saudade que tornou a cidade - aquela cidade sempre tão cheia, tão alegre, tão viva - um pouco mais vazia, um pouco mais distante, um pouco mais só.

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B.I.

Coisas Breves

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