Breviário de fitas: Cidade sem Deus
«Você não quer lutar pela tua vida, cara? Tem que dar um show, Alê.»
Depois da Cidade de Deus e da Tropa de Elite, eis mais um belo exemplo do novo cinema-choque made in Brazil. Apesar de uma história de violência ao rubro e pobreza extrema e de um argumento tão crú e cheio de vernáculo quanto os dos filmes de Fernando Meirelles e José Padilha, este Autocarro 174 revela-se um filme mais comovente e sentido que os dois anteriores capítulos desta espécie de trilogia do argumentista Bráulio Mantovani. Talvez seja pela sóbria realização de Bruno Barreto (o homem que nos contou as histórias de Dona Flor e de Gabriela), talvez seja por uma banda-sonora mais contida mas singular, talvez seja mesmo pela extraordinária revelação do jovem Michel Gomes, a verdade é que esta história quase real deu um filme realmente tocante.
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