30 novembro 2006 

Breviário de fitas: very nice, great success

Borat: Cultural learnings of America for make benefit glorious nation of Kazakhstan, Larry Charles

Borat tem tomates. Borat é desavergonhado. Borat é cáustico. Borat é hilariante. Borat é, definitivamente, a comédia mais destemida do ano.

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28 novembro 2006 

Descubra las diferencias

Diz que de Espanha, nem bom vento nem bom casamento. Mas dos preços ninguém diz nada...

Dr. House (edição portuguesa)

House (edição espanhola, com legendas em português)

A mesma cadeia de lojas. A mesma edição da mesma série. Menos 13 euros. Afinal, talvez ainda compense ir comprar caramelos a Badajoz.

 

Pôrra

Chegar e levar com o Pum! Ó Mário, mas tinha mesmo que ser?

PS: Mas tem sempre que haver uma morte nas minhas viagens? Terei sempre que perder um dos meus mais queridos nos meus regressos? Será este o preço?

 

Breviário de leituras: Carpinteiros, levantai alto o pau de fileira (e Seymour: uma introdução)

Carpinteiros, levantai alto o pau de fileira (e Seymour: uma introdução), J.D. Salinger

«(Passou um dia desde que escrevi esta última frase e durante o intervalo fiz uma chamada de longa distância do meu Local de Trabalho para a minha irmã Boo Boo, em Tuckahoe, para lhe perguntar se há alguma poesia dos primeiros anos do Seymour que ela gostasse particularmente de ver incluída neste relato. Disse que me ligava mais tarde. A escolha dela revelou-se não ser tão apropriada para o meu actual propósito, como eu gostaria, e por isso um nadinha irritante, mas acho que consigo ultrapassar isso. A que ela escolheu, por acaso sei isso, foi escrita quando o poeta tinha oito anos: "John Keats / John Keats / John / Põe o cachecol, faz favor.")»

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Breviário de sons: «No se puede parar una canción» (um poeminha para la vuelta)

Andrés Calamaro, El palacio de las flores

CORAZÓN EN VENTA

Gran alfombra roja, olvidar es divino
y fuerte la fuerza del destino,
cuerda floja, al moscardón
y eso que parece un corazón.

Parece que mi cámara lenta ya perdió la cuenta,
y no está contenta,
mi muñeco vudú, se perdió en la tormenta,
con mil alfileres clavados
en mi corazón en venta,
que nadie viene a comprarlo.

Mi corazón en venta,
dicen que se revienta.
Qué versión violenta,
la que se cuenta por ahí.

Se dice de mí que nunca vuelvo
y siempre me estoy yendo a ningún lugar,
que tengo que parar de navegar, ya me di cuenta,
me lo dijo mi corazón en venta,
feliz Navidad sangrienta
te desea mi corazón en venta.


(Andrés Calamaro, El palacio de las flores)

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Mala noche (notas de viagem)

À saída, o aeroporto de Lisboa parece um aeroporto a sério: apesar das mil e uma proibições, a segurança (privada) é eficiente e simpática.

À chegada, Madrid recebe duas manifestações: uma contra "la violencia del genero" e outra pelas vítimas do terrorismo, onde Zapatero, antes herói, é acusado de "traidor".

Na montra da gigantesca FNAC, um ecrã debita o Aviso Legal de um DVD em português.

Os DVDs são bem mais baratos que em Portugal. Os CDs não são mais caros mas são mais. O material informático, os telemóveis e acessórios e os produtos de alta tecnologia custam o mesmo que por cá.

Na Calle del Carmen, entre a FNAC e o El Corte Inglés, um grupo de músicos toca o Canon de Pachelbel. As gentes, de sacos carregados, abrandam o passo, ouvem e aplaudem.

Na Plaza del Callao, à porta do Starbucks, um grupo de ciganos toca When the saints go marchin' in. De repente, duas modelos desatam a posar por entre os acordes para um fotógrafo louco. As gentes, de café na mão, aplaudem - se bem que não se perceba se os músicos se as modelos...

Em cada esquina há um Starbucks e em frente um Vips (tabacaria-papelaria-livraria-discoteca-restaurante-loja de conveniência) onde é inevitável parar.

Ao domingo, o Museu do Prado é de entrada livre. E o Thyssen-Bornemisza também. E o Reina Sofia também. Ao domingo, os museus estão cheios de turistas e de madrilenos. À segunda-feira, os museus estão cheios de turistas e crianças atentas em empolgantes visitas de estudo.

Definitivamente, Picasso já nasceu génio e Dalí já nasceu louco.

Cada vez gosto mais de Juan Gris. Cada vez gosto menos de Juan Miró.

Ao vivo, as Pinturas Negras de Goya são assombrosas, hipnóticas e apaixonantes.

As ruas do centro de Madrid têm mais vida numa segunda-feira à noite que toda a baixa de Lisboa no fim-de-semana. Mas as iluminações de Natal madrilenas conseguem ser piores que as lisboetas.

Se joga o Real ou o Atlético, pára Madrid.

O interminável metro de Madrid não pára na Avenida de Portugal, mas tem paragens em Oporto, Parque Lisboa, Vista Alegre e Eugenia de Montijo.

A estação de comboios de Atocha tem um enorme jardim tropical lá dentro com um lago infestado de tartarugas.

O novo Terminal 4 do aeroporto de Madrid está separado dos velhos terminais 1, 2 e 3 por uma auto-estrada.
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24 novembro 2006 

Mas no entretanto...

Entrada:
Todos os episódios dos Simpsons. Todos? Todos!

Prato principal:
Dezenas de video-clips dos anos 90! Dezenas? Centenas!

Sobremesa:
Uma mão cheia de filmes, vídeos, clips, snips e afins. Uma mão cheia? 2343... and counting!

Bom apetite.

 

Intervalo

Vou ali e já venho.

 

Uma noite na cidade

Chuva, muita chuva. Muito trânsito e a cidade parada, bloqueada, intransitável, impraticável. E ainda mais chuva e vento e falta de lugar para estacionar e as voltas que se dá para estacionar um carro na cidade em dia de chuva, muita chuva. E ao fim de minutos que parecem horas e voltas e voltas de derrubar a paciência, descobre-se um lugar para resguardar o carro mais longe do que o desejável, que o praticável em noite de muita chuva. E o relógio que não pára, a noite que avança, a cidade que se vai despejando.

Anda-se de passo apressado, para evitar o atraso e fugir à chuva, entre a porta de um banco e o toldo de uma farmácia. Corre-se contra o tempo e contra a chuva, para tentar chegar, já nem a horas mas, pelo menos, para chegar. E o relógio que avança, a chuva que cai, o telefone que toca. E a última curva, os últimos metros, a meta à vista, para lá da chuva e do atraso. E eis que se chega, encharcado até ao osso, cansado até aos cabelos... e afinal, "já não deixam entrar". Tudo para ouvir que "já não deixam entrar". Sete minutos de atraso, por causa da chuva, do trânsito, e "já não deixam entrar". Sete minutos de atraso porque o teatro se quer a horas, mesmo que a hora deste teatro seja demasiado cedo para as horas de quem trabalha, e "já não deixam entrar".

Lá fora, do lado de fora do teatro, a chuva. Muita chuva. E, assim de repente, uma noite inteira.

23 novembro 2006 

Há boas postas. E há boas postas... (revista de postas)

«Lágrimas e assim

Não o fazia (desculpe lá tanta liberdade homofoba - esta coisa terá acentos?), caro maradona, leitor atento deste tegúrio (o que quer? hoje estou ruralista...) literário.
Acontece-me (não me diga que não gosta do verbo acontecer na sua forma reflexa?), com uma frequência indesejada, de resto, a comoção musical. Também eu canto e cantarolo, ai se cantarolo, musiquetas avulsas, e então destas do tipo Hey Llloyd... nem se fala. Aproveito até para informar que elegi, na liberdade que cada um tem de eleger, (o meu amigo, por exemplo, deu-lhe para eleger o Cavaco, vejam lá...), aquele Hey Lloyd... como o melhor começo de canção da safra corrente.»

(in french kissin')

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Há boas ideias. E há grandes ideias... (revista de postas)

«Nota de abertura

Este blogue não quer ser um jornal sempre actualizado sobre tudo. Feito com profissionalismo, não é um site profissional. Terá um ritmo menos marcado pela agenda mediática, mais pelos ecos da cidade que nos chegam. Tentaremos publicar, pelo menos, uma reportagem por semana e várias notícias, que ganhem também com o meio online onde são redigidas, com hiperligações e comentários dos leitores. O ponto de partida do repórter é Lisboa, mais como espaço físico onde se situa o jornalista, do que como único motivo de reportagem. Aqui não descobrirá a história ao minuto, mas uma tentativa de um jornalista no desemprego manter um olhar atento e, eventualmente, diferente sobre a Cidade.»

(in Lx Repórter)

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Ah...

...nunca é demais lembrar que o melhor Bond dos últimos anos já aí está.

 

Mais música para ouvir (intervalo PUBlicitário)

«Op.Team.Mystic apresenta "Soulful Jazz + Funky Classycs"
Bar Left > Largo Vitorino Damásio, 3F > Santos > Lisboa
HOJE, 23 Novembro
23 horas

Sessão de "Soulful Jazz + Funky Classycs", itinerários cruzados pelas distintas rotas musicais exploradas pelos membros da Op.Team.Mystic, a equipa de DJs da revista Op. Música urbana de excepção em constante colisão e contágio, com a motivação para a dança como única meta.»

 

A eloquência da rebeldia ou a beleza das coisas fixes

Queremos tipo coisas fixes @ DN

 

Logotipo infeliz ou piada de mau gosto?

Ooops...!

22 novembro 2006 

Será uma boys-band dos anos 90? O elenco de um filme porno gay? A foto de família do Circo Oliveira?

Sousa, Couto, Baía, Costa & Pinto, Lda.

 

Aniversário

Ainda estou a tentar perceber o que será mais relevante: o segundo aniversário de Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia ou os 70 anos da Pollux...

 

Breviário de sons: o nosso rock é um combate

Linda Martini, Olhos de mongol

«Foi como um soco vazio. Na pressa de viver o corpo quente tornou-me o sangue frio.»

Decididamente, a banda com o nome mais cativante do panorama rock luso. Provavelmente, o melhor álbum português do ano. Definitivamente, o mais delicioso e viciante rock made in Portugal nos últimos meses. Mas isto, como diz o patuá, «pode ser do meu ouvido, que é 1 pouco mouco»...

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Breviário de sons: Bono Vox e os amigos da salsa

Rhythms del mundo (Cuba)

Coldplay, Artic Monkeys, Faithless, U2, Kaiser Chiefs, Norah Jones e Radiohead vestidos de salsa. Clássicos aperaltados para cabaret cubano. Franz Ferdinand em alegre espanholada e o canto do cisne de Ibrahim Ferrer. Rhythms del mundo é uma boa ideia cheia de boas intenções que - entre episódios mais ou menos conseguidos - se transformou num álbum fresco e divertido.

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Breviário de leituras: O homem que comeu o 747

O homem que comeu o 747, Ben Sherwood

«Um cartaz na parede mostrava os problemas respiratórios mais habitualmente associados às aves. Outro descrevia os principais critérios para diagnosticar uma hérnia bovina. A sala de observações era grande, forrada de azulejos brancos, com uma mesa de aço inoxidável no meio.
J.J. estava sentado na superfície fria, com as pernas a balouçar na orla da mesa. Doc Noojin vestia uma bata branca e tinha um estetoscópio à volta do pescoço.
- Se uma vaca tivesse o nariz partido - disse Doc - isto é o que eu faria. - Ele pôs as duas mãos enormes no rosto de J.J. - Isto faria doer a vaca, por isso...
Com um movimento rápido, ele deu um puxão ao nariz partido.
J.J. soltou um grito primitivo que silenciou o hospital e o canil. Nem um animal se mexeu.
- Pronto - disse Doc. - O nariz da vaca estaria novamente no seu lugar.»

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Álbum de família

Diz que o álbum de família de Nick Cave é o Álbum de Família da semana. Haja bom gosto e radar...

21 novembro 2006 

Há dez anos foi assim (revista de postas)

«Os melhores blogues *1996

Melhor Blog Feminino Internacional: Dolly's Diary: the ramblings of a cloned sheep.
Melhor Blog Masculino Internacional: Aplication Error - the Gospel according to Bill Gates.
Melhor Blog Colectivo Internacional: La vache est fou.
Melhor Blog Temático Internacional: I did not have sex with Paula Jones [White House interns for the reelection of President Bill Clinton].
Melhor Blog Internacional: Dolly's Diary e La vache est fou (ex-aequo).
Melhor Blogger Internacional: Dolly.

Melhor Blog Individual Feminino Nacional: Autoplágio.
Melhor Blog Individual Masculino Nacional: O Blogue é Fodido.
Melhor Blog Colectivo Nacional: Autoplágio.
Melhor Blog Temático Nacional: O Blogue é Fodido.
Melhor Blog Nacional: Autoplágio e O Blogue é Fodido (ex-aequo).
Melhor Blogger Nacional: Clara Pinto Correia [Autoplágio] e M.E.C. [O Blogue é Fodido] (ex-aequo)


(Ou a votação vista pel'As galinhas de Hong-Kong...)

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Death cab for genius

Robert Altman, 1925 - 2006

«Robert Altman, acclaimed director of MASH, Nashville, Gosford Park and The Player, has died at the age of 81», diz a BBC.

 

Hoje não há cantigas

No music day

20 novembro 2006 

A validade da memória

O que faz um computador avariado... Neste espaço poderia estar uma dissertação sobre uma das mais curiosas imagens que vi este fim-de-semana, no centro comercial Vasco da Gama (o de umas boas dezenas de pessoas com t-shirts, bonés e malinhas da Herbalife e crachás a dizer "perca peso agora: pergunte-me como" a encherem o bandulho de hamburgueres e fatias de pizza e baldes de coca-cola);

ou uma colecção de saudosismos nascidos de uma noite de copos com velhos amigos com quem há muito não me cruzava;

ou um desabafo sobre um interessante jantar com "amigouvintes" na Catedral da Cerveja;

ou um comentário aos primeiros seis episódios da terceira temporada de Lost;

ou uma bizarra história de vida protagonizada por dois seres de nomes, se bem me lembro, absolutamente impronunciáveis;

ou tantas outras postas, resultado hoje em dia natural das dezenas de barbaridades que me atravessaram a ervilha no fim-de-semana...

Mas o facto do computador de casa estar avariado (e de ainda não ter substituído o velho bloquinho de bolso, que se eclipsou entre o deserto e a lota) obrigou-me a deixar para hoje o que deveria ter postado no fim-de-semana. E hoje, aqui chegado, pronto a postar... esqueci-me. De maneiras que serve esta posta para deixar registado que tinha tantas coisas interessante para contar mas que me esqueci de todas elas. O que quer dizer que não deviam ser assim tão interessantes... Bolas.

 

Breviário de fitas: os bons, os maus e os piores

Entre inimigos, Martin Scorcese

«You accuse me once, I put up with it. You accuse me twice... I quit. You pressure me to fear for my life and I will put a bullet in your head as if you were anybody else, okay?»

E Leonardo DiCaprio fez-se homem. Se nos filmes anteriores de Martin Scorcese já DiCaprio dava sinais de maturidade, é neste remake do oriental Infernal Affairs que o moço se revela um actor com A grande, capaz de fazer frente a Jack Nicholson (genial a fazer de Jack Nicholson!) e de dar troco a Matt Damon (a revelar o seu melhor lado negro) com o mesmo à vontade com que seduz Vera Farmiga (que grande volte-face de uma actriz com currículo feito em séries de segunda) e se deixa levar por Mark Wahlberg e Martin Sheen (e só esta dupla merecia um filme à parte). Que brutal tour de force à la Scorcese é The Departed.

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Breviário de fitas: 16 blocks too many

16 Blocks, Richard Donner

Confesso o fetiche: sou fã de Bruce Willis. Além do mais, simpatizo com David Morse, acho piada ao Mos Def e respeito o senhor Richard Donner (culpa do Super-homem e dos Goonies). Mas este contra-relógio em câmara lenta não passa de um banal telefilmezinho de sábado à tarde, com pouca acção, pouco policial, pouco suspense, pouco drama. Vê-se bem, mas... quer dizer, vê-se...

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17 novembro 2006 

E ao lado, alheio à cena, Jack Bauer tentava engatar a Minnie

House salvou Borat da sova certa, diz o CM! Se bem que o título da notícia dê a entender o contrário... ou as duas coisas... ou talvez não... whatever...

 

iStink (revista de postas)

«(...) The Zune already drawn its first blood; me. I can't install it for some reason, and i tried everything.»

(@ FLX-Tech)

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Um poeminha ao jeito nórdico (revista de postas)

Låt allt bli som förr

Öppna upp ditt fönster
slå upp din dörr
släpp in ljuset och min älskling
låt allting bli som förr
låt honom veta
än finns en väg tillbaks
låt honom veta
att han är den enda du vill ha

visst kan du välja att bryta nu
men han finns alltid där i ditt hjärta det vet du
så varför inte låta honom vara där
du kan ändå aldrig glömma den ditt hjärta håller kär

Ropa ner i gränden
högt så han hör
ropa att den kärlek
är inget man förgör
ropa att den kärlek
aldrig kan ta slut
ropa honom in igen och om han inte hör
spring då ut

Står han ej att finna sök som besatt
säg till hans vänner att det ska jag hälsa att
fönstret är öppet och dörren står på glänt
ack vad som händer är han alltid det finaste som hänt
visst kan du välja att bryta nu
men han finns alltid där i ditt hjärta det vet du
så varför inte låta honom vara där
du kan ändå aldrig glömma den ditt hjärta håller kär

Öppna upp ditt fönster
slå upp din dörr
släpp in ljuset och min älskling
låt allt bli som förr


(Lisa Ekdahl @ Cendrillona)

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16 novembro 2006 

As vozes da rádio

Giro, giro é ouvir na rádio uma senhora dizer, com toda a autoridade, «umas turbinas», «compila» e «disputa». E tudo numa só frase...

 

Há dias em que um homem precisa de...

red bull?
(Foto gentilmente gamada à São...)

 

Breviário de fitas: uma colheita assim-assim

Um ano especial, Ridley Scott

De um lado... um cão chamado Tati, uma fantástica família francesa, duas ou três cenas que são um achado (entre a piscina, o court e os lacraus) e dois ou três embates culturais curiosos (genial Fred Perry contra René Lacoste, interessante Califórnia versus Provença). Do outro... um sotaque abominável, uma história previsível, um título mal amanhado (não quereriam dizer "uma boa colheita" ou "um ano bom"?) e um filmezinho que não é mais que simpático.

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15 novembro 2006 

Jagshemash!

Só para chatear os senhores que vão jogar daqui a pouco a Coimbra contra a selecção portuguesa, eis a versão luso-portuguesa do sítio oficial de Internet online do filme de cinema de Borat Sagdiyev filmado nos E U da A.

(Como diz um colega cá do ofício, giro, giro era o pessoal passar o jogo a gritar pelo Borat. Não é para arranjar chatices diplomáticas, é só mesmo para os desmotivar...)

 

Fechado para a bola (revista de postas)

«Sorry, no posting today

…because today is FOOTBALL: Switzerland VS Brasil – or expressed in German language: Heute Schweiz-Brasilien im umgebauten Joggeli. And we have to move resources to the places where they are needed.»

(in Paperholic)

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O mau tempo nas notícias

«Na Parede, uma casa ficou sem telhado. Em Cascais, dois desalojados ficaram na rua quando a barraca em que viviam ficou sem cobertura...»

 

Breviário de fitas: Royale with style

Casino Royale, Martin Campbell

Dê-se a mão à palmatória: o homem faz-se um excelente James Bond. Mas o mais que tudo é que, além do senhor ser um muito bom actor e um óptimo 007, o filme é um grande filme. Com um vilão à séria sem ser megalómano (subtil e brilhante Mads Mikkelsen). Com uma bondgirl com tomates (que bela que se fez Eva Green). Com acção de prender à cadeira, sem brinquedos nem acrobacias nem heroísmos de banda-desenhada.

Não haja papas na língua: apesar da canção desenxabida de Chris Cornell, apesar de uns 15 ou 20 minutos a mais e da ronha chata antes da reviravolta, Casino Royale é, sem dúvida, um dos melhores momentos de toda a série James Bond e um fabuloso indicador do futuro de 007.

Ah... acto de contrição: definitivamente, Craig is Bond.

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14 novembro 2006 

Breviário de leituras: Aforismos e afins

Aforismos e afins, Fernando Pessoa

«Pertenço a uma geração - supondo que essa geração seja mais pessoas que eu - que perdeu por igual a fé nos deuses das religiões antigas e a fé nos deuses das irreligiões modernas. Não posso aceitar Jeová nem a humanidade. Cristo e o progresso são para mim mitos do mesmo mundo. Não creio na Virgem Maria nem na electricidade.»

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Breviário de leituras: Bons augúrios

Bons augúrios, Neil Gaiman e Terry Pratchett

«Iam eles por volta de Chiswick, quando Aziráfalo remexeu distraidamente nas fitas gravadas que se amontoavam no guarda-luvas.
- O que é um Velvet Underground? - quis ele saber.
- Não ias gostar disso - avisou Crowley.
- Ah, estou a ver - disse o anjo, desinteressadamente - Be-bop.
- Saberás tu, Aziráfalo, que se se pedisse a um milhão de seres humanos que descrevessem a música moderna, provavelmente nem um usaria o termo be-bop? - perguntou Crowley.
- Ah, isto agrada-me mais. Tchaikovsky - pronunciou-se Aziráfalo, abrindo um dos estojos e enfiando a cassete na ranhura do Blaupunkt.
- Também não vais gostar dessa - suspirou Crowley. - Já está no carro há mais de quinze dias.
Uma pesada batida em contrabaixo começou a martelar através do Bentley, enquanto aceleravam para além de Heathrow.
A fronte de Aziráfalo enrugou-se.
- Não estou a reconhecer isto - confessou. - O que é?
- É o "Another One Bites the Dust (Mais Um Que Morde a Poeira)" de Tchaikovsky - disse Crowley, fechando os olhos à passagem por Slough.
Para passar o tempo enquanto atravessavam os Chilterns adormecidos, ouviram igualmente o "We Are the Champions (Somos os Campeões)" de William Byrd e "I Want to Break Free (Quero Libertar-me)" de Beethoven. Mas nenhuma foi tão boa como "Fat-Bottomed Girls (Raparigas de Traseiros Gordos)" de Vaughan Williams.

Diz-se que o Diabo tem as melhores melodias.
Em termos gerais, é verdade. Mas o Céu tem os melhores coreógrafos.»

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Plano 9 do coitadinho

Ao ler algumas das passagens do livro de Santana Lopes citadas pelo Público, apenas uma imagem me vem à cabeça: a de Criswell levantando-se do caixão no princípio de um filme de Ed Wood dizendo...:

«Este livro representa o meu contributo para um melhor conhecimento do período insólito da história da democracia portuguesa (...) A altura crucial e que continua por explicar foi a noite de 29 para 30 de Novembro de 2004. O Presidente decidia dissolver, da noite para o dia, depois de ter dito que não iria dissolver o Parlamento na véspera. Este é um dos pontos-chave deste processo tão insólito, tão raro, tão marcante.

(...) os portugueses continuaram sem acesso às verdadeiras razões da dissolução. Conheciam os boatos, a tensão, a luta política, mas até hoje não conheceram a verdade.

As pessoas não sabem, de facto, as verdadeiras razões que levaram a que acontecesse o que aconteceu.»

 

O fado do coitadinho

«Anatomia de um golpe, segundo Pedro Santana Lopes

Vista pelo prisma de primeiro-ministro demitido, a crise política de 2004, que culminou com eleições legislativas antecipadas, foi fruto de uma "convergência objectiva de interesses" de quem tinha "outros planos para o país".»

 

O último dos duros

Jack Palance, 1919 - 2006

 

E para quando o papel-moeda à prova de cocaína?

«Uso de drogas responsável pelo mistério das notas de euro desfeitas

Notas terão sido usadas para snifar speed e a mistura de resíduos com suor acabou por desencadear um processo de corrosão.»

13 novembro 2006 

O monstro precisa de amigos

Diz que anda por aí um senhor a dividir a blogosfera entre lixo e o que sobra. Diz que a coisa anda a dar que falar. Diz que, depois de ler o dito manifesto, apetece dizer isto:

«Essa pessoa fala porque tem alguma coisa a dizer? Acrescenta alguma coisa ou é ela mesmo um sinal de cacofonia? Depende como se vê a questão: ela tem alguma coisa a dizer porque quer dizer alguma coisa - essencialmente que existe e que é ela que vai mandar, que é ela que já manda. O que tem a dizer não é novo, é ruído, é pobre, é insignificante em termos culturais, estéticos, criadores, mas é a voz que fala cada vez mais alto (...).»

 

Breviário de sons: os orfãos de Tom Waits

Não sei se é brawler, bawler ou bastard, mas é Orphan e chama-se Lie to me...


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F.Y.I.

Creative Commons @ Público

11 novembro 2006 

Saturday night fight, round 2

O cartoon de Bonnie 'Prince' Billy versus o home video de Albert Hammond Jr.

 

Saturday night fight, round 1

Chips ahoy à la The Hold Steady versus Patchouly versão Diabolo.

 

Breviário de sons: depois de Borat e do Gogol Bordello...

...diz que chegou o balkan-surf, via Magnifico & Turbulenza:



PS: Como é que se diz bom fim-de-semana lá para os lados dos Balcãs?

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10 novembro 2006 

É sexta-feira no mail do ofício

1. E isso calha a uma sexta ou um sábado?




2. E já agora, um croquizinho não se arranja?

 

Praça da alegria

Manhã. Televisão ligada. Enquanto, num canal, se ouve, via telefone, a Dona Libânia Lisandra, num outro canal está, via telefone, a Dona Orquídea Olivença. Isto sim, é a concorrência ao rubro!

09 novembro 2006 

Da bola

Há meses, anos, que não leio A Bola. De vez em quando, folheio. Não leio, folheio, passeio os olhos. Mas hoje li A Bola. E deu-me prazer ler A Bola. Deu-me gozo ler a entrevista de Jorge Valdano à Bola. Foi bom. Foi o melhor futebol que vi por estes dias...

 

É impressão minha ou há aqui qualquer coisa que não bate certo?

A Nelly Furtado foi à novela das criancinhas, onde não há sexo nem amassos nem sugestões, cantar o Maneater. Ri-fixe!

 

Receita para acção tóxica

Para o refogado:
- Uma dose de dores de barriga;
- Uma mão cheia de dores de cabeça;
- Uma colher de dores em todo o corpo;
- Tonturas e fadiga q.b.

Para o recheio:
- Seis canecas de chá;
- Uma dúzia de torradas;
- Alguns comprimidos e drogas afins;
- Copos de água q.b.


Comece pelo refogado: deixe as dores de barriga em lume brando até alourar; quando for caso disso, acrescente as dores de cabeça e, antes que seja tarde, junte as dores em todo o corpo. Mexa sem receios. Quando a hora chegar, junte as tonturas e a fadiga a uma só vez. Deixe ficar em lume brando até fermentar. Nessa altura, enfie o refogado numa cama quente e deixe transpirar. Siga para o recheio.

Sem tirar o refogado da cama, misture os comprimidos e drogas afins em doses modestas a intervalos regulares. Pelo meio, vá juntando as canecas de chá e as torradas (uma caneca e duas torradas de cada vez, a intervalos também regulares). Acrescente os copos de água sem medos e mexa até suar as estopinhas.

Junte o recheio ao refogado e deixe de cama durante a noite. Sirva na manhã seguinte a tempo de picar o ponto.

Para um sabor mais imediato, junte uma gargalhada farfalhuda pela derrota republicana nos EUA e acrescente um sorriso sarcástico pela demissão de Rumsfeld.

Se preferir um sabor mais adocicado, acrescente um raminho de aguardente de zimbro e sirva com duas horas de Chico Buarque.

07 novembro 2006 

Noite na cidade

O concerto extra de Chico Buarque ou a ante-estreia do novo filme de Martin Scorcese? O concerto de Chico Buarque ou o filme de Martin Scorcese? Chico Buarque ou Martin Scorcese? Chico Buarque ou Martin Scorcese? Chico Buarque ou Martin Scorcese? Chico Buarque ou...? Chico Buarque? Chico Buarque!

06 novembro 2006 

Afinal, diz que... Craig is Bond*

«'Brilliant' Bond seduces critics

Daniel Craig's performance as James Bond has been hailed as "terrific" and "simply brilliant" in early reviews of his 007 debut in Casino Royale.»


(* Mas ainda há quem não esteja convencido...)

 

Vocal extravaganza

A coisa, de um modo geral, tem o costume de ser terrivelmente agradável. Mas este ano, este ano, isto promete.

 

A funda-me

Obrigado e de nada, cara Gotinha. Que muito me apraz contribuir para a educação sexual - perdão, social... educação social... - das massas. De caminho, por esse enorme contributo para a felicidade alheia, segue um valente saravá.

 

Breviário de fitas: o fim da História

Children of men, Alfonso Cuáron

Algures entre 12 macacos e 28 dias depois, há emigrantes indesejados, há terroristas bons, há um governo mau, há charros de sabor a morango, há um carro que não pega, há um par de chinelos irritantes e há uma premissa fabulosa transformada em jogo de computador pintado a negro e sujo.

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Breviário de fitas: o diabo em Streep-tease

O diabo veste Prada, David Frankel

Grande, grande é Meryl Streep. Brilhante, de uma forma discreta, é Stanley Tucci. Já Anne Hathaway... enfim, a miúda faz-se. Emily Blunt também para lá caminha. Quanto ao resto, é Hollywood em formato sádico-fashion, com um olhar muito subtil, muito pela rama, dos primeiros tempos de vida pós-universidade. Mas nada que trave o melhor lado negro de Meryl Streep.

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04 novembro 2006 

Oh my God, they killed Kanye! [actualizado: agora com bonecos]

Depois do disparate, a reacção...





03 novembro 2006 

Vício.net

No trabalho, ora não há internet, ora não há computador, ora não há lugar. Em casa, o computador só liga à sétima, o monitor está azul, a conexão ora vem, ora vai. Onde quer que seja, o mail só lhe apetece às vezes, o blogger tem dias, o youtube é de modas, o myspace é de caprichos... E nem assim - todos os dias, todo o dia - o gajo larga a droga.

 

O meu espaço

Nos últimos dois dias, fiz 31 amigos novos no meu regaço...

 

Música para ouvir (intervalo PUBlicitário)

«Na primeira 6ª feira de cada mês, regressam a Lisboa as sessões "Música para ouvir", itinerários cruzados pelas distintas rotas musicais exploradas pelos membros da Op.Team.Mystic, a equipa de DJs da revista Op. Música urbana de excepção em constante colisão e contágio, para ouvir e marcar o ritmo com a cabeça.

Op.Team.Mystic apresenta "Música para ouvir"
Café Suave > Rua Diário de Notícias, 6 > Bairro Alto > Lisboa
HOJE, 3 Novembro
23 horas»

 

Trolaró

Diz que o que está a dar é o hard-ass!

 

Sexta-feira

Não sei se é da idade ou da fartura, mas... I don't feel like dancing.

02 novembro 2006 

Os grandes portugueses #3

As grandes obras da pastelaria portuguesa #3:
QUEIJADAS DE SINTRA


queijadas de Sintra

01 novembro 2006 

Revolution Scarlett (da série "desculpe, posso roubar-lhe uma imagem?")

Stakhanov's vamp, Jan Bollaert
@ Paperholic

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Isto é que é publicidade!

«Existem locais amigos; fornecem, sempre, o que necessitamos.

Tomamos a liberdade de lhe indicar um lugar maravilha.

Visite:
http://www.*****.pt/comx/applications.aspx?locale=ptpt

Melhores cumprimentos
(assinatura perfeitamente legível


(Na fornada do dia na caixa e-postal do ofício)

 

Isto é que é jornalismo!

«Isto é que é serviço público:
RTP despe LEONOR SEIXAS para novela da hora de jantar!
»

(No cantinho da primeira página do 24horas de hoje, ao lado da manchete e acima de uma notícia que junta o Shrek e a sôdôna Maria Cavaco Silva...)

 

«A tremor in the Force», episódio 4: o dia em que o Império conquistou Lisboa



Luke Skywalker e Darth Vader já aterraram em Lisboa. O Império já contra-ataca no Museu da Electricidade. Haja Força!

 

Um poeminha para um dia igual aos outros

Não é possível

Não é possível apresentar a página.
Não é possível encontrar o servidor.
Não há internet.
Não há computador.

Não há ninguém para arranjar.
É feriado, não há.
Não é possível trabalhar.
Não é possível, não dá.

Não é possível.
Não dá.
Não é.
Não há.

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Um fucking clássico

Some-se uns Tenacious D à beira de filme novo e as saudades de Ren & Stimpy e cante-se à uma rocking, and fucking rolling, and fucking rocking, and fucking rolling, and fucking wa-pa pa-ra-ra-ra-pa pa-pa-ra-ra-pa pa-ra-pa-pa ra-pa-pa ra-pa-pa pa-ra-pa-pa ra-pa-pa ra-pa-pa-pa-pa...

B.I.

Coisas Breves

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