27 janeiro 2008 

Hasta luego, que me voy...

...de la neu a la Diagonal.

 

Recreio

Play

 

Walking the wild side

boomp3.com

boomp3.com

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26 janeiro 2008 

Breviário de palcos: «we are functioning automatic / and we are dancing mechanic»

Evil machines, Terry Jones

É uma divertida parábola, a que está por trás do regresso ao palco do São Luiz da dupla Terry Jones / Luís Tinoco. Mas depois do três pequenos Contos Fantásticos, este soa a conto esticado. Uma estória tão bonita quanto bizarra, com figurinos a condizer (e que figurinos!) e uma encenação polvilhada com os trejeitos de Terry Jones que recordamos de outros tempos. Infelizmente, a música acaba por ser o elo mais fraco - cheia de referências curiosas e agradáveis piscares de olho, mas sem canções nem linhas melódicas nem sequer um tema para ficar no ouvido e dar a Evil Machines a pujança que a história e o visual e a encenação pedem. Uma fantasia musical com fantasia q.b. e musical a menos.
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Filosofias

«É fazendo merda que se aduba a vida».

25 janeiro 2008 

E no entretanto, é ir fazendo contas...



 

Na peugada do próximo presidente

O melhor lugar para ir acompanhando a corrida da bancada é:

CNN's Election Center 2008

E o melhor lugar para ir acompanhando a corrida da bancada com um balde de picocas e um copo de litro e meio de cola é:

Comedy Central's Indecision 2008

E o melhor lugar para ir acompanhando a corrida da bancada com um balde de pipocas, um copo de litro e meio de rum com cola, um prato de nachos com molho picante e uns cigarrinhos para rir é:

The Onion's War for the White House

 

Al e o pecador

«You meet him and you confess your sins. 'I am a noise-polluter, I am a gulf stream flying rock star' and Al says 'And what are you going to do about it son? Are you going to kick the habit?' 'I am trying Father Al but to be honest oil has been good to me. All those petro chemical products, like hair gel'.»

 

A queda de Romano

Raios, quem é que deixou o Santana Lopes ir a Itália?

 

Breviário de palcos: ao cabo das tormentas

No cais, João Silva

«A vida completa não é banda-desenhada.»

Desde sempre (ou, pelo menos, desde que me lembre), as obras do Grupo de Teatro Terapêutico do Hospital Júlio de Matos se fizeram de confissões, revelações e memórias, de histórias vividas e contadas pelos actores. Mas nunca (pelo menos, desde que me lembre) uma obra do GTT foi tão profundamente íntima e pessoal como esta última, feita de fantasmas secretos, de medos privados, de episódios tão duros que só o dizê-los - e dizê-los frente a uma plateia cheia - merece mais ovações que o mais célebre dos actores. É que neste Teatro não há teatro. Há históris de vidas cruelmente reais, dissecadas entre risos e danças, por trás de falas escritas e máscaras que revelam mais do que o que escondem.
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24 janeiro 2008 

The Jerry O'Connell indocrination video (novo aditamento à história do senhor famoso e do vídeo mágico*)

 

A bela e... a outra bela

Sharapova contra Ivanovic? «Phwoooaarr, hey, lads! I mean, corrrr, check 'em out! Blimey. Know what I mean? Phwooarrrrr». Tiraram-me as palavras da boca...

 

Remember my name, 7

Odette Yustman

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Narciso no bazar

Os olhos da Sónia são de deixar um homem nervoso...

23 janeiro 2008 

AVISO

Senhores espectadores,
ao contrário do que o CM quer fazer crer, o filme Gone Baby Gone NÃO é sobre o caso McCann. Nem Amy Ryan «imita papel de Kate McCann». Nem «Caso Maddie vale nomeação ao Óscar». Nem «levou o actor/realizador Ben Affleck a adiar a sua estreia nos EUA».
Obrigado.

 

Breviário de fitas: I am legend

Cloverfield, Matt Reeves

«I saw it! It's alive! It's huge!»

Confirma-se: contra as piores expectativas dos mais pessimistas, a montanha não pariu nenhum rato. Cloverfield é bom. É muito bom. Cloverfield é arrojado. É vibrante. É apaixonado. É filme para ver enfiado na cadeira com cinto de segurança e dedos cravados no assento. É horror simples, é medo primário, é emoção pura. É filme de terror com drama, é romance trágico sem lamechice, é ficção tão bem criada que custa a crer que não é real. Cloverfield é série B sem sangue nem costuras, sem truques nem violinos, sem heróis nem justificações. É monster-movie para a geração MySpace, é estória de amor para quem não está para choradinhos, é conto de sobrevivência para quem se lembra do 11 de Setembro. Cloverfield é brilhante nos pormenores (nos flashbacks, na duração, na câmara-em-punho, na forma como mostra-não-mostra, na secura dos diálogos). Cloverfield é bom. É mesmo muito bom. É huge! É tudo isso e Odette Yustman...

ADENDA: Curioso - é o segundo filme sem música a chegar a Portugal este mês...
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22 janeiro 2008 

One last joke

Heath Ledger, 1979 - 2008

«The actor Heath Ledger was found dead this afternoon in an apartment in Manhattan, according to the New York City police. Signs pointed to a suicide or an accidental overdose, police sources said. Mr. Ledger was 28.»

 

Há que ter as prioridades em ordem

Depois disto, quem quer saber da queda das bolsas mundiais, das possíveis ameaças terroristas em Portugal, das bocas entre Clinton e Obama, da greve em Hollywood e dos Óscares? Sim, depois de se saber que a Floribela vai posar nua para a FHM, quem quer saber do que quer que seja? E pensar que hoje ainda só tinha tido duas más notícias...

 

Debating

É impressão minha, ou o Obama levou um enxerto de porrada?

 

As más notícias andam aos pares

E qual delas a pior: o noivado de Scarlett ou o regresso de Manuela?

 

And the nominees are...

...No country for old men, There will be blood, Atonement, Juno e Michael Clayton!

ADENDA: Definitivamente, os filmes anti-guerra não são para aqui chamados: onde estão o Charlie Wilson e o Robert Redford e o Paul Haggis? E onde estão o David Cronenberg e o Denzel Washington? E o Sweeney Todd, onde está o Sweeney Todd? É que aqui não estão...

21 janeiro 2008 

And the nominees are...

...Lindsay Lohan, Eddie Murphy e Adam Sandler!

 

Psicologia barata (ouvido no ofício)

«Mas tu denotas graves problemas do âmbito da pila e do cu!»
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GWB

«Oliver Stone has set his sights on his next directing project, "Bush," a film focusing on the life and presidency of George W. Bush, and attached Josh Brolin to play the title role.»

 

Breviário de fitas: the dark night (o rei da barba e do bigode, parte 2)

Sweeney Todd - o terrível barbeiro de Fleet Street, Tim Burton

«I will have vengenance, I will have salvation»

Depois do palco, finalmente o ecrã. E que bem que Sweeney Todd assenta no ecrã. E, mais do que isso, que bem que Sweeney Todd fica nas mãos de Tim Burton - que desenha uma Londres negra e mórbida (entre a Gotham de Batman e a Londres de From Hell), habitada por sombras e, aqui e ali, recortada a sangue. E que bem moldado foi Sweeney Todd por este Johnny Depp fantasmagórico, com ares de um Eduardo Mãos de Tesoura vingativo e a voz de um David Bowie homicida. Par perfeito para esta pálida Mrs. Lovett a que Helena Bonham Carter empresta uma certa jovialidade e uma carga de sensualidade quase mórbida. Mesmo com cortes aqui e ali, com personagens esquecidas e uma ou outra canção a menos, o musical de Stephen Sondheim passa com fidelidade pelas mãos de Tim Burton e as canções saem a ganhar com o imaginário mais sombrio do realizador (como na bizarra cena do piquenique ou no ambiente d'A Noiva Cadáver que perpassa todo o filme).
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Conan vs. Colbert: who made Huckabee?

 

Um poeminha em W

MAKE THE PIE HIGHER

I think we all agree, the past is over.
This is still a dangerous world.
It's a world of madmen and uncertainty
and potential mental losses.

Rarely is the question asked
Is our children learning?
Will the highways of the internet become more few?
How many hands have I shaked?

They misunderestimate me.
I am a pitbull on the pantleg of opportunity.
I know that the human being and the fish can coexist.
Families is where our nation finds hope, where our wings take dream.

Put food on your family!
Knock down the tollbooth!
Vulcanize society!
Make the pie higher! Make the pie higher!


(versos de Richard Thompson / palavras de George W. Bush)
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MLK Day

@ John and John

 

«It' not easy being green»

«They (actors) are moaning - but what for? They've got a job. It's tough, the hours are tough, the corsets are tough. But try working in a factory for 16 hours or emptying the bins on Tottenham Court Road (in central London). Actors! They shouldn't moan! How dare they!»

20 janeiro 2008 

Xau xau, Xiao Xiao Jr.

Why can't matchstickmen and matchstickwomen have babies?

18 janeiro 2008 

P de Portishead, P de Portugal, P de 26 e 27 de Março nos Coliseus de Lisboa e Porto

Portishead

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«Let’s back up a bit. Is Cloverfield any good?»

«A: Sh*t yeah. (...) for a thrill ride’s sake, it is top notch. See it in a theater, you need to be in a big dark room of people screaming and you need to hear those sound effects.»

«(...) strap yourself in, hold on tight and enjoy the ride.
It's wonderful, it's frightening and it's truly a breath of fresh air.
»

«J.J. Abrams and Matt Reeves have created a new classic monster movie. It is everything you expect and it's also nothing you expect. This movie feels so real that it's not even a movie, it's an entire incredible experience. (...) Why I love it so much is that it wasn't the same old epic monster movie that we've seen, but it was something incredible, awesome, fresh and different.»

«(...) a super-secretive thrill ride with enough turbulence to leave you in a weeklong daze. Abrams and writer Drew Goddard ("Lost") have taken the b-grade monster movie genre and given it new life. (...) Quite frankly, "Cloverfield" is a triumph for fans of the monster genre.»

«Manhattan has always been a fat target for apocalypse filmmakers, but with its 9/11-inspired imagery, Matt Reeves' breathlessly fast-paced "Cloverfield" is going to resonate with New York audiences in a way no other horror film has.»


1-18-08 é hoje.
24-01-08 é de hoje a oito.
E de hoje a oito, a coisa promete...
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Anywhere I lay my head (5 meses e 2 dias)

«Scarlett Johansson will release a Tom Waits covers album on May 20 called 'Anywhere I Lay My Head'»

17 janeiro 2008 

Aditamento à história do senhor famoso e do vídeo mágico (revista de postas)

«Tom Cruise, as you'll see, destroyed the field of psychiatry itself, fought government oppression, and spread incomprehensible jargon across the entire world. Go ahead and cancel the Oscars, we'll happily watch this.»
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A história do senhor famoso e do vídeo mágico

Era uma vez um vídeo. Um vídeo simples, gravado por uns senhores, no qual um outro senhor, muito famoso, fazia um discurso incompreensível. O vídeo era para ser usado lá na casa dos senhores e na página dos senhores na Internet.

Só que um belo dia, o vídeo apareceu nas páginas da Internet de outras pessoas... E muitas outras pessoas viram o vídeo. E riram-se. E assustaram-se. E deram a ver o vídeo a muitas outras pessoas. Que se riram. E se assustaram. E, por sua vez, também partilharam o vídeo com muitas outras pessoas. Que também se riram. E também se assustaram. Ao fim de um dias, o vídeo já tinha sido visto por muitas e muitas mais pessoas do que aquelas que os senhores - os que fizeram o vídeo e o muito famoso - gostariam. E os senhores não gostaram de saber isso. E assustaram-se. Mas não se riram...

Então o que é que os senhores fizeram? Aquilo que fazem sempre: ameaçaram processar as pessoas que não tirassem o vídeo das suas páginas da Internet. Vai daí, as pessoas tiraram o vídeo... Mas já era tarde demais, porque havia umas pessoas que tinham uma página na Internet e que decidiram deixar o vídeo à mostra. E os senhores voltaram a ameaçar. E as pessoas explicaram porque é que tinham que deixar o vídeo à mostra.

"E agora?", pensaram os senhores - os que fizeram o vídeo e o famoso. E agora? Será que as pessoas da página da Internet vão ter que tirar o vídeo? Será que os senhores vão levar a melhor sobre as pessoas? Quem será que vai viver feliz para sempre? E o que é o Tom Cruise tem a ver com isto?

 

Error 404

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16 janeiro 2008 

Ouvido a um homem de farda

«As leis são como as mulheres - são para ser violadas», diz que disse o senhor agente da autoridade, para todo o café ouvir. Pior: diz que houve quem tivesse achado piada...
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There will be Oscars

«The Oscars will go on, but maybe not in the usual form. Amid the pervasive uncertainty created by the WGA strike, the Academy of Motion Picture Arts & Sciences is forging ahead with plans for the Feb. 24 Oscar ceremony. But the Academy is also planning two different shows -- the usual kudocast and an alternative event if the scribes are still out.»

PS: Na pior das hipóteses, ficam a ganhar os BAFTAs.

 

Coito interrompido

O pessoal tinha chegado cedo. A sala estava composta. A ansiedade era muita. Luzes apagadas, primeiras imagens, primeiros acordes... e o ruído, o raio do ruído. Mas enfim, por entre o inenarrável ruído, o filme lá ia rodando. E por entre o inenarrável ruído, lá ia dando para esbugalhar os olhos perante a Londres negra de Tim Burton. E por entre o inenarrável ruído, lá ia para gostar, e gostar muito, de ouvir Johnny Depp a soar a Bowie. E para gostar da forma como a estória ia ganhando vida por entre as canções. E o ruído, o raio do ruído, o inenarrável ruído. A dar cabo dos nervos a quem já tinha os nervos em franja, mas da ansiedade. E da certeza de estar a ver um dos grandes filmes do ano. Mas o raio do ruído levou a melhor: desculpas pedidas e aceites, projector avariado, projecto adiado, fica para a próxima. 'Tá certo, fica para a próxima. Com ainda mais ansiedade, porque o pouco que se viu, os 15 ou 20 minutos que se viram, já disseram muita coisa... Enfim, já está arranjado, o projector?

 

Pop couture

Os vícios do momento:
o Quiz de Hello SaferideDo you talk in the middle of Seinfeld»)
e a estória de Mattis e Maia HirasawaShe found you on MySpace today»).
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Falta de comparência

Clinton, 2 - Obama, 1? Ou será antes um empate técnico?

 

RTZé

Finalmente: «RTP: José Fragoso é o novo director de programas e José Alberto Carvalho é director de informação». E agora, Josés?

PS: Dá-me ideia que a última vez que um cargo importante demorou tanto tempo a ser entregue também acabou nas mãos de um Zé...

15 janeiro 2008 

Às vezes o mundo é um lugar tão bonito

@ 24horas

 

Um poeminha para a mulher barbada

A MULHER BARBADA

Com o que será que sonha
A mulher barbada?
Será que no sonho ela salta
Como a trapezista?
Será que sonhando se arrisca
Como o domador?
Vai ver ela só tira a máscara
Como o palhaço
O que será que tem
O que será que hein?
O que será que tem a perder
A mulher barbada?


(Adriana Calcanhotto, Cantada)
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A mulher barbada

Rihanna

 

É pá, 'tá mal...

...dizer que «Rihanna é barbada»! Está bem que é uma notícia sobre Barbados e que a moça até é de lá, mas não deixa de ser chato, pronto.

 

Tempo dos mais novos

D'ZRT acabam. Estrunfes fazem 50 anos. De repente, o mundo é um enorme parque infantil.

 

Breviário de fitas: o vale das sombras

No Vale de Elah, Paul Haggis

«- You know what it means when a flag is hung upside down? It's an international distress signal.
- No shit.
- No shit. It means we are in a whole lot of trouble, so come save our ass, cause we haven't got a prayer in hell of saving ourselves.
- It says a lot.
»

De todos os filmes que têm estreado nos últimos tempos sobre a Guerra no Iraque, o novo de Paul Haggis é, sem dúvida, o mais ousado. Por entre um simples drama familiar com toques de policial (a história, baseada em factos reais, de um pai à procura do filho desaparecido), desenha-se um fortíssimo manifesto contra a guerra, todas as guerras, e os efeitos que as guerras, sobretudo esta guerra, deixam nos soldados que sobrevivem e vivem diariamente com uma guerra na cabeça. Nos soldados e nas suas famílias. Com uma realização segura, um elenco de peso, um Tommy Lee Jones de novo em topo de forma (num papel escrito para Clint Eastwood) e um final altamente provocante (sobretudo para a tão orgulhosa América), ficam apenas duas notas menos boas: a interpretação de Charlize Theron (lindíssima como sempre, mas longe do que já mostrou ser capaz) e o facto de Crash ter elevado tanto a fasquia que este, que até é um excelente filme, fica a saber a menos do que merecia. Ah, e afinal são quatro os bons filmes do último ano em que Josh Brolin entra, e sempre com o mesmo bigode...
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Então vamos lá falar de prémios...

«AND THE 2007 DARWIN AWARD WINNER IS...
THE ENEMA WITHIN (Confirmed True by Darwin)

May 2004, Texas | Michael was an alcoholic. And not an ordinary alcoholic, but an alcoholic who liked to take his liquor... well, rectally. His wife said he was "addicted to enemas" and often used alcohol in this manner. The result was the same: inebriation. And tonight, Michael was in for one hell of a party.

Two 1.5 litre bottles of sherry, more than 100 fluid ounces, right up the old address!

When the rest of us have had enough, we either stop drinking or pass out. When Michael had had enough (and subsequently passed out) the alcohol remaining in his rectal cavity continued to be absorbed. The next morning, Michael was dead.

The 58-year-old did a pretty good job of embalming himself. Toxicology reports measured his blood alcohol level as 0.47%.

In order to qualify for a Darwin Award, a person must remove himself from the gene pool via an "astounding misapplication of judgment." Three litres of sherry up the butt can only be described as astounding. Unsurprisingly, his neighbors said they were surprised to learn of the incident.»

 

Atonement

Keira Knightley

14 janeiro 2008 

E vai mais uma?

«Justin Timberlake, Beyonce, 50 Cent and Jon Bon Jovi are considering boycotting this year's Grammy Awards ceremony in support of the Hollywood writers strike.»

 

Foi bonita a... conferência de imprensa, pá

Foi a entrega de prémios mais rápida e bizarra de Hollywood. Sem estrelas a passear, sem estrelas a discursar, com jornalistas a anúnciar, com jornalistas a aplaudir, com jornalistas a comentar e Larry King na CNN a gerir a festa - perdão, a conferência de imprensa. Foram os prémios mais "para todos os gostos" de Hollywood: a Expiação e o Sweeney Todd; o Johnny Depp, o Daniel Day-Lewis, o Javier Bardem e os Coens; os Extras, o David Duchovny e o Jeremy Piven; e os outros todos. Diz que assim se passaram os Globes.

 

Este breviário tem calendário

13 janeiro 2008 

Breviário de palcos: ser ou não ser, eis a questão

Dúvida, John Patrick Shanley

Não há dúvida: quando se junta um belo texto, excelentes actores e um cenário simples mas eficaz (e uma banda-sonora no ponto), a coisa só pode correr bem. E nesta reposição da peça que encheu salas há quase um ano, Eunice Muñoz e Diogo Infante dão uma lição de interpretação: ela, frágil mas fulgurante; ele, sólido e seguro. Dúvida é, sem dúvida, uma das melhores provas de que pode haver bom teatro em Portugal e de que o bom teatro enche salas em Portugal.
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11 janeiro 2008 

Toda a verdade sobre as eleições nos EUA

Pergunta: «Can you explain to me (fairly simply) the election process in America?»
Resposta: «Two very similar parties monopolize the choices, leading to no real choice and lots of distracting drama.»

 

How to be cool

make your own Christopher Walken mask

 

«Talk pastry to me» ou o estranho caso do homem do bolo (ou simplesmente o thread mais fascinante de toda a net)

«What does it mean when a guy you met once at a party keeps sending you cake every 4 months over the course of 2 years, but otherwise does not get in touch at all? And doesn't ask you out either...»

10 janeiro 2008 

A mãe que embala o berço

«Toda a gente sabe que só há uma pessoa no mundo que pode dizer realmente a verdade sobre um homem e essa pessoa é a sua sogra»,

- Dorothy Rodham, sogra de Bill Clinton.

 

Place your hands upon the table

(...)

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Já não está?

Pois, afinal parece que não...

 

E para festejar os 34 anos da revolução...

...Backstreet Boys ao vivo no Pavilhão Atlântico! Pois.

 

Do alívio à desilusão vai a distância de um botão

Diz a SIC que a população da Ota está aliviada com a nova localização do aeroporto. Diz a TVI que as gentes de Alenquer estão desiludidas com a nova localização do aeroporto. Então mas afinal como é que ficamos?

 

Breviário de fitas: crime e castigo?

Expiação, Joe Wright

«Dearest Cecilia, the story can resume. The one I had been planning on that evening walk. I can become again the man who once crossed the surrey park at dusk, in my best suit, swaggering on the promise of life. The man who, with the clarity of passion, made love to you in the library. The story can resume. I will return.»

Uma história que parecia ir no sentido do óbvio, mas que afinal... Uma realização que parecia ser apenas certinha, mas que afinal... Uma banda-sonora que parecia soar só ao que é suposto, mas que afinal... Que afinal, este não é mais uma xaropada brit à Merchant-Ivory, mas um romance tão épico e tão moderno, tão tocante e tão brutal. Que afinal, esta é uma história tão simples mas tão cheia de complexidades que merecia um filme assim, tão cheio de pequenas nuances e surpresas: a poderosa banda-sonora que parece nascer da história e sair das paredes, aquela inquietante e pungente cena na costa de Dunquerque filmada com uma só câmara, a curta mas avassaladora interpretação de Vanessa Redgrave (a culminar uma série de tão sóbrias presenças femininas) e aquele final... Aquele final... Que afinal, esta não é uma novela de mulherzinhas mas um soco no estômago capaz de comover o mais duro dos duros.
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09 janeiro 2008 

Breviário de fitas: o bom, o mais-ou-menos e o vilão

Este país não é para velhos, Joel e Ethan Coen

«Well… I… a true story? I couldn't swear to every detail but it's certainly true that it is a story.»

A fasquia já vinha alta. Do lado de lá do Atlântico têm sido muitos e grandes os elogios ao monumental regresso dos Coens às vastas paisagens americanas. Como muitos e grandes têm sido os elogios à sólida figura de Tommy Lee Jones e à magnífica interpretação de Javier Bardem (para não falar de Josh Brolin, ele que surge em três dos mais importantes filmes do último ano - e sempre com o mesmo bigode). Sim, a fasquia vinha alta. Mas raios partam os Coens, que não só cumprem com o esperado, como o fazem bem demais e ainda são capazes de espantar a cada cena - seja com a placidez com que olham a violência, seja com a frieza com que pintam a estória, seja com a fluidez com que desenham a acção. Mas os maiores trunfos do filme são também os seus maiores riscos: a estranha mas certeira escolha do espanhol Javier Bardem para dar corpo a um vilão para a história e a ousada opção de não ter banda-sonora! Para lá das imagens, dos diálogos, dos tiros, dos passos, do vento, dos carros, dos ruídos, dos sons, dos efeitos... só 16 minutos de música, e quase todos durante o rolar da ficha-técnica. E, verdade seja dita, isso só faz bem a um filme quase perfeito.
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Nome de código: trilogia (descubra as diferenças)

Nome de código: Mercúrio Nome de código: Limpeza Nome de código: Cloverfield

ADENDA: Nome de código, a versão portuguesa...
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Gone daddy gone

Faz sentido. Eu também, se me tivesse desaparecido um filho, a primeira coisa em que pensaria era em fazer um filme. A primeira, não. A segunda... A primeira era contratar um porta-voz!

 

Já está

«Nuno Artur Silva diz 'sim' à RTP»!

 

The comeback gal

«Clinton, coming off a disappointing third-place finish in Iowa, rebounded to first place, overcoming rival Sen. Barack Obama in the state's Democratic primary.»

ADENDA: Mas confesso que o melhor de tudo, para lá da mui renhida disputa pela vitória democrata, foi mesmo a excelente emissão da CNN, que me obrigou a ficar de olhos grudados até ao fim, como se de um bom filme de suspense se tratasse, daqueles em que o que interessa já nem é tanto saber quem é o culpado mas como é que a coisa acaba. Raisparta, que lá televisão os gajos sabem fazer!

 

Canta, canta, camarada, canta (da série "desculpe, posso roubar-lhe uma imagem?")

Communist party songs

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Favores há muitos!

Mas anyway... please visit Randonia.

08 janeiro 2008 

O regresso do Daily Show... ou talvez não

«From now on until the end of the strike we will be doing 'A' Daily Show with Jon Stewart, but not 'The' Daily Show.»

 

Bom de girls

Gemma Arterton Olga Kurylenko

 

No leitor de cassetes...

...a mixtape de Juno.
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Diálogologia

«Tom Cruise has become the de-facto second in command of the Church of Scientology, according to a new biography (...) The biographer of Princess Diana alleges Cruise is consulted by Scientology leader David Miscavige on "every aspect of planning and policy" and is tailoring his career to fit the aims of Scientology.»

«You can't be a rational person six days a week... and on one day of the week, go to a building, and think you're drinking the blood of a two thousand year old space god.»

 

A boa triatleta e a triatleta boa (descubra as diferenças)

Vanessa Fernandes Lokelani McMichael

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Young marble giants

Não quero crer que isso tenha alguma coisa a ver com a boa recepção ou com a quantidade de prémios e nomeações que o filme tem estado a receber por lá, mas, nos EUA, o título do último filme de Pedro Costa, Juventude em marcha, foi traduzido para Colossal youth.

 

A zed and two noughts...

...ou o curioso caso do compositor famoso e da amante desdenhada que o lixou pela internet.

 

Pontos de vista: cá e lá

Cá:
«O resultado definitivo dos exames chegados de Inglaterra recentemente não deixou dúvidas aos investigadores da Polícia Judiciária. O sangue encontrado no carro dos McCann será mesmo de Madeleine, tal como os vestígios detectados na casa alugada pelos ingleses e onde a criança, então com três anos, desapareceu sem deixar rasto.»

Lá:
«BLOOD traces discovered in Kate and Gerry McCann's hire car were missing Maddie's, it was sensationally claimed today.
A Portuguese newspaper alleges that tests conducted at a UK laboratory show conclusively that the blood is that of the four-year-old.
»

 

E não há Globos para ninguém!

Eles já tinham ameaçado. Agora, por causa dos actores que ameaçavam baldar-se, a coisa deu-se: «The annually televised black-tie event scheduled for Sunday has been cancelled in favor of a scaled-down press conference broadcast on NBC». Diz que a culpa é de um grupo de arruaceiros liderado por esse perigoso comunista chamado George Clooney...

ADENDA: In other news, parece que a boa relação entre grevistas e arruaceiros deu ainda mais frutos, porque... «This morning, United Artists signed an independent agreement. This company, now co-owned by Paula Wagner and Tom Cruise, has been legendary for its collaborative and cooperative relationships with writers and the talent community, so it is only fitting that it be the first film studio to make an agreement with us». Quem é amigo, quem é?

07 janeiro 2008 

Um poeminha por mail [11]

CAIXAS

Porque durante a guerra nos falavam sempre
de antes da guerra, de como todos eram todos
ingénuos, tenho agora o máximo cuidado,
ao deitar qualquer coisa fora, por exemplo,
uma caixa de papelão, peço a Deus
para que a caixa não volte nunca
a assaltar-me em forma de remorso;
lembras-te ainda como nós, despreocupados,
deitávamos fora caixas sem pensar!
Se tivéssemos guardado pelo menos uma,
Se tivéssemos guardado pelo menos uma!


(Judith Herzberg, O que resta do dia)
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Para quem só agora regressou da ressaca (ou a pergunta mais importante de todos os tempos e a resposta mais assertiva de toda a humanidade)

«Is it 2009?»
[@]

 

Leya

Ah, então o conde é fã do Star Wars...

 

Diálogozinhos (revista de postas)

«No YouTube mantém-se esse fabuloso documento para a história portuguesa que é o "Menino Guerreiro", a que se deve somar o "discurso da incubadora" e o blogue Pedro Santana Lopes, todos dominados por uma pulsão de crise, vitimização, afirmação, obsessão narcísica, verdadeiros mostruários psicológicos e humanos de uma década que conheceu o seu autor como primeiro-ministro de Portugal. Quer o karma, quer a repulsão se percebem muito bem nestes exemplos ingénuos do efeito da espectacularização da vida pública e da sua "patologia".»

«Ele gosta muito de dizer mal de tudo o que eu sou e faço. Mas a raiva dele é não perceber, fazer--lhe muita confusão que alguém, que ele tanto detesta, possa fazer tanta coisa que ele gostava de conseguir e NÃO CONSEGUE.»
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Finally, as primárias nos States vão ficar ainda mais interessantes

The Daily Show is back!

 

Post sriptum (revista de postas)

«eu sei que há aquela cena que a melhor homenagem que se pode fazer ao escritor é ler a sua obra e o caralho. Desprezem-me, mas, pela nossa saúde, não me chateiem os cornos com mails. Não li Luiz Pacheco mas falo a toda a gente do Luiz Pacheco como se lhe lesse a obra todos os Carnavais; pode ser ou não pode ser? E isto não é uma boca a este post Daniel Oliveira. Quando quiser falar mal do Daniel Oliveira falo mal do Daniel Oliveira com o nome do Daniel Oliveira. Sou anónimo, mentiroso e cobarde mas também tenho os meus rigores. Estar vivo é muito cansativo, é o que vos digo.»
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06 janeiro 2008 

Aos pares (descubra as diferenças)

Thom Yorke + David Byrne @ WIRED (Jan. '08) Bruce Springsteen + Win Butler @ SPIN (Dec. '07)

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Pôrra, bis

Já foi. Adeus, ó Pacheco. Pena que não tenhas podido dizer da morte, como o disseste da vida, da juventude e de tantas outras coisas, «que se foda».

 

Porta 6,5

Diz que este ano a coisa baixou de 20 mil e tal para os três mil e poucos. É o progresso social.

 

TV on mute

Tem acontecido com uma curiosa regularidade: programas de televisão que vão para o ar sem som! Há umas semanas, foi o 60 Minutos da SIC Notícias que foi emitido sem se ouvir uma única palavra. E depois ainda teve direito a repeat. De novo, sem som. Esta manhã, foi o Cibermundo da RTPN que foi para o ar com reportagens mudas. Lá se ouvia o rapaz a lançar as peças, mas nem uma tinha som. Será que quem faz televisão, não vê a televisão que faz?

 

Ementa de fim-de-semana na mesa ao lado

Borga ao jantar. Rangel ao almoço...

 

...and awe (revista de postas)

«“Sen. Barack Obama swept to victory in the Iowa caucuses Thursday night, pushing Hillary Rodham Clinton to third place and taking a major stride in a historic bid to become the nation’s first black president.”
Somewhere in America, Obama Girl is touching herself.
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Shock... (revista de postas)

“Mike Huckabee rode a wave of support from evangelical Christians to win the opening round among Republicans in the 2008 campaign for the White House.”
Somewhere in America, Chuck Norris is touching himself.

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05 janeiro 2008 

1-18-08

Em português diz-se 24-01-08!
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Sintonia (revista de postas)

«A porra do trabalho tira-me a energia toda, não tenho vontade de escrever há meses. Costumava disciplinar-me, having a job, mas este... eu só quero chegar a casa e... não pensar, não fazer mais nada.»
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04 janeiro 2008 

John is the new John (revista de postas)

«Em Madison County, terra natal de John Wayne e local do espantoso filme de Clint Eastwood, John Edwards ganhou.»
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Black is the new white (revista de postas)

«(...) defeito por defeito, olhem, que se foda, venha o preto.»
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Barack's back

O que surpreende não é a vitória de Obama pelos burros e de Huckabee pelos elefantes. Nem a "derrotazinha" da senhorita Clinton. O que surpreende é o segundo lugar de John Edwards, o JFK dos orfãozinhos! Quanto ao resto, venha lá essa contenda entre o "afro-americano" du jour e o pastor baptista com pinta de Elvis de subúrbio, que o que faz falta é animar os folks...

 

Vão-se os camelos...

...ficam os carros. Ganha o Bin Laden.
Haja ao menos o mérito de chamar a atenção para estoutra costa de África.

 

«They got Sara»

Sarah Wayne Callies

 

I heart NY

«You probably don't know this, but of the 1,944 reports of suspicious activity in New York City last year, 1,212 can actually be attributed to me alone. I was always on the lookout. If someone said, "Good morning, Jason," I'd answer, "Yes, we must indeed keep a watchful eye on the enemies of civilization who walk among us."»

03 janeiro 2008 

Timing

Curioso: no dia a seguir ao dia em que o barril de petróleo atinge os 100 dólares, o Público traz à baila o segway! Coincidência?

 

Cosas que contar

Cruz y Cruz

 

Os olhos da América

Hmm, a que é que o "average american" dará mais importânica hoje: ao caucus do Iowa ou ao regresso de Leno e Letterman?

 

Diálogos (ou a falta que um cigarrinho faz)

«Pedem-se sacrifícios a uma parte importante da classe média e a uma determinada geração, que tem entre 45 e 65 anos (...). Se esses sacrifícios são pedidos, é indispensável que isso se faça com menos arrogância e mais humildade.»

«Sem pôr em causa o princípio da valorização do mérito e a necessidade de captar os melhores talentos, interrogo-me sobre se os rendimentos auferidos por altos dirigentes de empresas não serão, muitas vezes, injustificados e desproporcionados, face aos salários médios dos seus trabalhadores.»

Bem, ao menos o ano começa com uma certa animação...

 

Ano novo, país velho

Entre o Gato Fedorento apanhado a conduzir com os copos, o rei da Madeira apanhado a disparatar sobre "500 anos de extorsão e roubo" ou o senhor da ASAE apanhado a fumar dentro de portas meia-hora depois da lei entrar em vigor na noite de fim-de-ano... como dizia o outro, é só fazer contas.

 

Jogos de poder?

Bem me parecia que já tinha ouvido este título em algum lado...

 

Breviário de fitas: Charlie and the terrorists factory

Jogos de poder, Mike Nichols

«These things happened. They were glorious and they changed the world. And then we fucked up the endgame.»

A fórmula podia dar para tudo: quando se juntam, num mesmo ecrã, três "academy award winners", há que esperar o melhor e o pior. Felizmente, quando atrás das câmaras está a realização segura de Mike Nichols e o guião brilhante do brilhante Aaron Sorkin, tudo se conjuga para fazer brilhar o trio Hanks, Roberts e Hoffman. Mas mais do que o divertido ar canastrão de Hanks, a presença simpática de Roberts ou a pura brutalidade de Hoffman (para não falar do séquito de Charlie Wilsonettes), o que salta à vista na guerra de Charlie Wison é a forma como se consegue fazer um filme sobre Bin Laden e o Iraque sem se falar em Bin Laden ou no Iraque. É a forma como se põem os pontos nos i's sem apontar o dedo. É a forma como aquilo que parece uma comédia sobre a Guerra Fria e os bastidores da política de D.C. é, afinal, uma lição muito séria sobre os porquês do terrorismo anti-americano. É a forma como, por A mais B, se mostra que a guerra de Charlie Wilson é, afinal de contas, um problema de todos. E é o argumento brilhante do brilhante Aaron Sorkin...
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02 janeiro 2008 

Curiosity killed the bird ou a última grande foto de 2007 (da série "desculpe, posso roubar-lhe uma imagem?")

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Jurassic parking ou a última notícia realmente idiota de 2007 (revista de postas)

«A 29-year-old Wenatchee man told police a pterodactyl caused him to drive his car into a light pole about 11:30 p.m. Thursday. When police asked the man what caused the accident, his one-word answer was "pterodactyl," Smith said. A pterodactyl was a giant winged reptile that lived more than 65 million years ago.»
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2008!

Dream in blonde in 2008

01 janeiro 2008 

2008?

War is over! If you want it...

 

Feliz ano novo, Sr. Presidente

«President Bush may soon have a new reason to avoid left-leaning Vermont: In one town, activists want him subject to arrest for war crimes.»

 

The piano has been drinking, not me, not me...

The piano has been drinking

B.I.

Coisas Breves

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