31 março 2007 

Arte futura (da série "desculpe, posso roubar-lhe uma imagem?")

Star Wars Gallery
© Randy Martinez, @ SWCC-PT
(a quem este breviário aproveita para mandar um olá, um obrigado e um saravá.)
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30 março 2007 

???

Espectáculo cancelado

 

Depois de Busta Rimes e Shan Paul vem aí...



Não é uma 'gaffe', pois não? Não quero crer que seja uma 'gaffe'... Digam-me que não é uma 'gaffe' e que depois explicam tudo na revista. É que um jornal que se quer sério e ser levado a sério não comete 'gaffes' destas na última página, certo? Não é uma 'gaffe', pois não?

29 março 2007 

Ano europeu da igualdade de oportunidades para todos (Salazar: 2 - Portugal: 0)

Portugal dos pequeninos

ADENDA: Sobre autedóres, barbichas e visionários, leia-se o Sr. K, chamemos-lhe assim...

 

All ou nada (descubra as diferenças)

Allgarve vs. Allgarve

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Cheer ninja (descubra as diferenças)

Ninja Cheerleaders, 2007 Cheerleader Ninjas, 2002

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Verde ninja (descubra as diferenças)

TMNT Ninja Cheerleaders

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Se só puder ver um filme de ninjas verdes este ano...

...que seja este*:



(* Até porque, não só mas também, no outro não entra o grande George Takei, ok?)

 

Tercionário (revista de postas)

«O ridículo do disparate

Passamos um terço da nossa vida a dormir, um terço tentando lembrar-nos onde deixámos as chaves e os restantes dois terços a procurar não cair no ridículo do disparate.»

(JB, Bandeira ao vento)
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28 março 2007 

Amor e sexo (da série "desculpe, posso roubar-lhe uma imagem?")

Love / Porn
@ Beware of the blog
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Duelogo (ouvido no corredor)

«- Olha lá, não está na tua hora?
- Isto é vermelho ou bourdeau?
- Huh... estalo ou cabeçada?»
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Inland empire (ouvido no corredor)

«Tens que pensar nesta casa como um filme do David Lynch: não é para entender...»
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Ai Portugall, Portugall (ouvido no corredor)

«Depois do AllGarve, parece que o país também vai mudar o nome para PortuGolo!»
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26 março 2007 

Ai Portugal, Portugal

Chega um gajo de férias e cai-lhe tudo em cima. De um lado, é o Salazar, eleito o grande português, o melhor representante da portugalidade, o grande exemplo a seguir pelo povo lusitano... Do outro, é a Antena 3, que «não parece ter qualquer significado em termos de serviço público» e que, por isso, não merece financiamento do Estado... Pelo meio, é a selecção, é o Santana, é o CDS a saque, é a Caparica de molho, é o ofício a afundar-se (literalmente, diz-se)... Chega um gajo de férias e percebe porque é que devia ter lá ficado mais uma semana, um mês, um ano, o resto da vida.

 

Regresso ao trabalho...

Scarlett, para o bom regresso

 

Breviário de fitas: o pastor assim-assim

The good shepherd, Robert DeNiro

Vá-se lá perceber esta coisa do cinema: há um bom argumento, há um naipe de bons actores, há um realizador com arte e empenho, há belas ideias e belas imagens... e no fim, o que resulta é um filme maçador, demasiado longo, pouco convincente e nada envolvente. Parece que nesta história tudo anda desencontrado: ou são as interpretações que não condizem com a narrativa, ou é a banda-sonora que nos distrai do texto, ou é o casting que não bate certo, ou é a caracterização que falha, ou é a duração que não ajuda... O certo é que, apesar de tudo, o DeNiro de trás das câmaras ainda não está bem ao nível do DeNiro que nos habituámos a ver à frente das câmaras.
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Breviário de leituras: The bad book

The bad book, Aranzi Aronzo

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25 março 2007 

New York report: breviário de sons

Sounds eclectic: The covers project

Os Magic Numbers a cantarem Beyoncé. Damien Rice e os Flaming Lips a cantarem Radiohead. Rufus Wainwright a cantar Neil Young. M. Ward a cantar David Bowie. K.D. Lang a cantar Leonard Cohen. Robert Plant a cantar Led Zeppelin... As melhores covers gravadas ao vivo no melhor programa da manhã da rádio norte-americana, à venda numa loja de cafés...


All together now: Beatles stuff for kids of all ages

Versões de Beatles cantadas por um punhado de crianças com a ajuda das Bangles, do Grandaddy Jason Lytle e de Rachel Yamagata. Às vezes curioso, às vezes divertido, às vezes doentio...


Peter Himmelman, My green kite

O Tom Waits dos cantores de música infantil e uma série de canções sobre pés, ovos, palha, botas, pais e mães e um papagaio de papel.


De Warp, De Warp

Pop-rock tro-la-ró de mascar e deitar fora made in Coreia (?). De deixar os olhos em bico! Enfim, uma das descobertas de uma esconsa loja de discos no coração de Chinatown.


Andy Lau, Best

A outra descoberta de uma esconsa loja de discos em Chinatown: a definitive collection de Andy Lau - cantor e actor de Hong Kong, protagonista de Infernal Affairs e House of Flying Daggers e um género de Justin Timberlake lá do sítio.


Dr. Demento: 25th anniversary collection

De 'Weird Al' Yankovic a Leonard Nimoy, do Old Philosopher ao Particle Man, do Martian Boogie à Song of the Sewer... Uma das colecções de Dr. Demento, o padrinho da música bizarra, da música para rir, da música tão má que é boa, do Bizarro Bazar.
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New York report: breviário de fitas

300, Zack Snyder

Há qualquer coisa de aventura em ir ao cinema em Nova Iorque. Seja a gigantesca sala para umas 600 pessoas (onde não estariam mais de 100); seja a definição e o tamanho XXL do ecrã; seja a forma de estar no cinema dos new yorkers, que reagem a tudo e vão aplaudindo, apupando, rindo ou mandando bocas a gosto; o que quer que seja, há qualquer coisa que torna uma simples ida ao cinema algo de ritual. E depois há um filme assim: tão fascinante que cativa aos primeiros minutos, tão brutal que não deixa respirar. E apesar das voltas que não fazem parte do livro, das liberdades que não fazem parte da História, das ficções que não podem fazer parte de nenhuma realidade, da cor que nenhum céu tem, estas são duas horas que merecem ser vistas. É certo que há aqui muito efeito especial, muito látex e maquilhagem, muito croma e computador, mas, por entre diálogos e discursos, por entre bons muito heróis e maus muito vilões, há um pequeno grande filme. E há a esperança de que Zack Snyder saiba respeitar outras obras como respeitou a de Frank Miller.
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New York report: breviário de palcos

Avenue Q

Nada a ver com Andrew Lloyd Webber e afins, nada a ver com Tarzans e Reis Leões e, apesar do bonecos, nada a ver com os Marretas ou a Rua Sésamo. Avenue Q é um misto de Friends e South Park para trintões e para gente que nunca viu um musical. Avenue Q foi escrito por dois moços saídos da universidade, sem dinheiro nem emprego, que, provavelmente, gostam mais do Cocas do que do Cats e que, hoje, são a parelha mais requisitada da Broadway. Avenue Q passa a ferro tudo e todos e põe toda a gente a cantar "It sucks to be me" e "Everyone's a little bit racist" e "The Internet is for porn". Durante dias e dias... Ponho a mão no fogo: provavelmente, o melhor musical da Broadway actualmente em cena.


Monty Python's SPAMalot

Lá está: o factor "fã-número-duzentos-e-setenta-e-oito-em-pulgas-com-a-expectativa-demasiado-alta" tem sempre tendência para estragar a coisa. Sim senhor, lá estão os punchlines dos Monty Python e a voz do John Cleese e o Always look on the bright side of life e os bonecos do Flying Circus e a rama do Holy Grail... Mas de resto, a coisa soa a show de casino ao jeito de cabaré com revista à portuguesa à mistura. Ele é meninas mal despidas, muita luz, muita cor, muito trapo, muito néon e, lá pelo meio, qualquer coisa de Monty Python. Vale a pena, sim senhor, que vale. É divertido, sim senhor, que é. Mas ou há ali qualquer coisa a mais (talvez os anos a pesar nas costas de Eric Idle) ou há ali qualquer coisa a menos (talvez aquele humor genial, cáustico e hilariante de outros tempos). É uma pena. Um fã quer gostar, quer mesmo gostar. Mas sai de lá triste...
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New York report: dia 10 (notas de viagem)

Depois de um alarme de incêndio, de uma piscina de neve na cama, de um homicídio à porta… o último dia começa com um chuveiro nas trombas… Certo. É para a estória. Siga, que o pequeno-almoço é no Tom’s Restaurant, o tal do Seinfeld, o tal que Suzanne Vega cantou, o tal que cobra cinco dólares só para sentar à mesa!
Ala. Último passeio, últimas andanças, últimas montras, últimas compras, último almoço no Big Bowl O’Noodles (o restaurante chinês que serve mesmo big bowls o’noodles). E o última surpresa: na mesa ao lado, a pagar a conta, Rufus Wainwright! New York, New York… Bye bye, NY.
Partida. Hora e meia de metro. Mais 12 horas de viagem, Déjà Vu, Amesterdão, Lisboa. E por cá, same old, same old...
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New York report: dia 9 (notas de viagem)

...que afinal, a airbed estava furada…
Anyway, siga para midtown e para a Midtown Comics – um primeiro e um segundo andares que são o paraíso de qualquer fã da coisa. A onda é de passeio e em velocidade de cruzeiro passa-se o dia entre a Union Square e a Broadway.
Para a cereja em cima do bolo, para o desfecho em alta da ventura, o regresso a Times Square: finalmente Spamalot! E enfim, o desânimo: será do cansaço, do anunciado fim das férias, do excesso de expectativa, de termos visto o Avenue Q antes, de sermos talvez demasiado fãs dos Monty Python que a coisa soa tão menos genial e hilariante do que sonháramos?
Para a desilusão, apenas um remédio: a Virgin!
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Phila / NY report: dia 8 (notas de viagem)

De manhã, a confirmação: Filadélfia é uma cidade lindíssima, com história e arte à espreita em cada esquina. Nas notícias, coisas bizarras: há coelhos abandonados para oferecer na Páscoa e uma fábrica de comida para animais terá envenenado centenas de pets.
A visita ao Liberty Bell – o símbolo da liberdade norte-americana, que está partido (só estava rachado, mas quando o tentaram arranjar, estragaram ainda mais – lembra qualquer coisa) – e à “most historical room in the most historical building in the most historical square mile of America” (a sala onde foi assinada a Declaração da Independência), apresentada por um guia com ares de pai natal misto de duende irlandês que trata George Washington por “George W the 1st”.
À tarde, a tour da praxe, com passagem por Elfreth’s Alley (“the oldest street in America”), pelo LOVE de Robert Indiana, pelos Campos Elísios, pelo Rocky e por um museu com uma exposição curiosa: “The scoop on poop”!
Final do dia, ala que se faz tarde: chove e há que regressar a NY. No rádio, há de tudo – brasileirada, jazz, talk-shows, world music, música clássica, notícias em espanhol…
E de novo Nova Iorque. E um sentimento de overjoy ao conduzir pela Broadway acima e pela 5ª avenida abaixo. E descobrir que, afinal, nem tudo é direito, recto e quadrado em NY: há duas rotundas e mais ruas que sobem e descem…
Noite em Nova Iorque, passeio por midtown, com passagem pela casa do Tribeca Film Festival de Robert de Niro, pela rua que deu nome ao Wooster Group de Willem Dafoe e pelo primeiro R2D2 disfarçado de caixa de correio. Mas o melhor ainda estava para vir…
De volta ao Sugar Hill, chove no quarto, há um lago na cama… Chamada para o Jeremy que, a dormir, promete solução. Uma hora e tal depois, circuito eléctrico cortado, estamos todos num telhado do Harlem a limpar a neve. Lá para as quatro, a coisa compõe-se: há um quarto a mais para a troca e um sofá-cama… se calhar não, talvez uma airbed para solucionar. For now…
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DC / Phila report: dia 7 (notas de viagem)

Antes de partir para Filadélfia, uma visita ao Museu de História Natural. Pelo caminho, não há cafés, não há nada… Há um Starbucks num hotel. Tinha que ser qualquer coisa assim. À porta do Museu, o officer Bolte diz-nos que adora Lisboa. É casado com uma portuguesa e revela que ali ao lado, em Manassas, há 19 mil lusos! Siga para o Museu, que na rua estão graus negativos. Trilobites. Stromalobites e “great coffee with a pre-historic view”. Cynognathus, dyatryma steini, protosciunus, edentates, glyptodont, muskrat, wolly mammoth e os deuses do Candomblé. O afropop, os sikhs e os cinco K’s da Khasa. Morganucodon oehleri, galago moholi, anomalurus derbianus, vulpes zerda, jaculus jaculus e os Darwin awards. Curioso: ontem tocámos na Lua, hoje tocámos em Marte e na pedra mais antiga da Terra.
On we go que se faz tarde! Antes da fugida, visita (porque não?) aos estúdios da NPR (a RDP americana) – afinal, somos colegas… bem recebidos e… um programinha em português, não?
Regresso ao hotel para levantar malas e pegar o carro e Gilberto Gil! Que surpresa, somos portugueses, somos fãs, e agora, se não te importas, vou… andando.
De volta à estrada, hoje não neva e a viagem faz-se. Filadélfia está aí e sabe bem: à noite, cheia de neve, a cidade recebe-nos, acolhedora.
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DC report: dia 6 (notas de viagem)

Em Washington, à primeira vista, não há cafés. Nem restaurantes, nem comércio. Sempre há um Starbucks no hospital. O metro é espacial, cenário de sci-fi. Hoje é dia de museus, que em Washington são de borla. Pela manhã, o do Holocausto, excelente museu, bem pensado, mas o Aristides Sousa Mendes está escondido num canto discreto. Pela tarde, o Air & Space Museum, enorme e cheio como um centro comercial, mas recheado de aviões, naves, mísseis, filmes e coisas para criança adorar e turista fartar. Pelo fim do dia, passeio pelo Mall: o obelisco, o Lincoln Memorial, os memoriais da Segunda Guerra Mundial e das guerras da Coreia e do Vietname e a Casa Branca, já de noite. E ao frio.
Para lavar a imagem de uma cidade feia e fria, uma passagem por Georgetown: sábado, a town está cheia – é noite de St. Patrick.
Pela madrugada, o insólito: toca o alarme de incêndio! O susto, as botas, a saída para a rua, os pensamentos desagradáveis e os bilhetes do regresso que ficaram no quarto… Três da manhã de uma manhã gélida: dezenas de pessoas na rua, à porta do hotel e os bombeiros a chegar. Não há fumo, haverá fogo?
Meia hora passada, diz que não, é falso alarme, é voltar para cama. Adormecer de novo e… de novo o alarme. É para sair outra vez? Olhe que não, olhe que não. É dormir. E de novo, o alarme. E outra vez. E outra. E ainda outra vez. E quando toca o despertador, passou-se a noite em branco. Maldita Washington, cidade da má ondinha.
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NY / DC report: dia 5 (notas de viagem)

Neve. Nova Iorque acordou branca. De neve. Muita neve. Na TV, murder in the Village, rats in Queens e os bombeiros, zangados, que foram enfiados no fim da parada do St. Patrick’s Day. Dia de viagem. Há que ir buscar o carro – na boleia, a história brutal sobre o 9-11, na primeira pessoa, de um jovem porto-riquenho que demorou seis horas a voltar a casa, no Bronx, e que ficou duas semanas sem dormir.
Carro nas mãos, seguir viagem. Destino: Washington DC. Cerca de 400 quilómetros. Anuncia-se nevão. Pela rádio, Hotel California, Patrick Swayze e Dennis Praguer – o homem que fala de tudo, responde a tudo, comenta tudo e sobre tudo tem opinião. Num dia, cinco estados: New York, New Jersey, Delaware, Maryland e DC. Na estrada, todo o tipo de matrículas: TKS GRL, BIGDADI, JOURNEE, KELL1, JAY 422, KEY’S 9354. À passage, por Baltimore, um enorme cartaz desafia – “VIRGIN: teach your kid it’s not a dirty Word”.
Entretanto, confirma-se nevão. O maior do ano até agora, dizem. E nós, na estrada. Nós e milhares, milhares de outros – que a fila é contínua entre Nova Iorque, Filadélfia e Washington. 400 quilómetros de trânsito intenso, lento, brando. Oito horas depois (oito horas para 400 quilómetros!), Washington, a cidade mais estúpida da América: avenidas que acabam de repente; ruas que desaparecem e reaparecem noutro extremo da cidade transformadas em becos; ruas ordenadas por letra, que passam do F, G e H para o X (que não vem no mapa); bus que só aceita small change e metro que só aceita notas e cartões… Fora isso, Washington é toda igual e igualmente feia: prédios quadrados de quatro ou cinco andares, cinzentos ou castanhos… Felizmente há Georgetown, bairro catita e caro, muito caro.
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New York report: dia 4 (notas de viagem)

Queens e uma camioneta de limpeza de ruas a abrir, perseguida por um atrelado de hot dogs. No MoMI, toda a história do cinema para criança descobrir e turista brincar: ele é um filminho de animação, ele é a dobragem de uma cena de “O feiticeiro de Oz”, ele é a deturpação dos efeitos especiais de “Terminator 2”, ele é recriar bandas sonoras, ele é brincar no painel de croma… E depois, o Yoda e os 40 anos do Star Trek.
De seguida, para o Whitney Museum, na Madison Avenue. Lá dentro, arte moderna, contemporânea e absurda, um gajo que corta paredes, um gajo que destrói pianos e uma luz forte que diz que é arte. On our way, pelo Central Park. Cinco graus e os primeiros vislumbres de neve. De regresso a Times Square, que a noite é de ir à Broadway para o segundo ponto alto da viagem: Avenue Q – provavelmente, o melhor musical que já vi! Assim mesmo.
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New York report: dia 3 (notas de viagem)

Manhã na cama a ver o Daily Show. O nosso Daily Show. E as notícias: a praga de ratos em Queens e um morto no Harlem, ali bem perto do Sugar Hill. Siga para Downtown, o Ground Zero, a Trinity Church, a Wall Street, a bolsa, o touro (e os putos a apalpar os tomates do touro em busca de sorte e fortuna). A banda de percussão no metro e o comboio a calá-la – afinal, the train is mightier than the drum. E o bom tempo, o muito bom tempo. No metro, mais uma vez a notícia de um morto no Harlem… New York, New York!
Chinatown. Na montra de uma loja chinesa dá-se emprego a quem “habla español”. Num candeeiro, o aviso: amanhã não estacione nesta rua, que por aqui se filmará um episódio dos Sopranos! A pausa para a massagem oriental e uma chinesa sentada nas minhas costas depois de lá ter andado a passear… A pé para a Bleeker Street – duas paragens: o simpático poetry-café e a frente despida e triste do que em tempos foi o CBGB’s.
Noite: um hot dog e o Comedy Cellar, para uma sessão de good old stand-up comedy. E que boa, a comedy de Julian McCullogh, Rick Crom, Todd Lynn, Fred Peters, Colin Quinn (veterano do SNL, a estrela da companhia) e, mais que tudo, Greg Rogell, brilhante comediante, cáustico e absurdo, debitando as piadas mais gore sem esboçar um sorriso, amarelo que fosse.
Para terminar o dia, mais um homicídio, ali mesmo, à porta do Comedy Cellar. E nós, orgulhosos, a sair pela crime scene.
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New York report: dia 2 (notas de viagem)

O Rockefeller Center, a primeira Barnes & Noble (e uma vontade irresistível de trazer a loja toda), a Collectors Universe e o último Capitão América esgotado!
A visita de médico aos estúdios da NBC e, depois, o primeiro ponto alto da viagem: a gravação do Daily Show. Antes disso, três horas na fila – à frente, um pai, a filha e dois amigos fazem as palavras cruzadas do New York Times; atrás, um casal: ela lê “Origin of the Species”, de Darwin, ele lê “War and Peace”, de Tolstoi. Gente simples.
À entrada do estúdio, o aviso: “Abandon news, all ye who enter here.” Lá dentro, descobrimos que Jon Stewart é o maior: o programa é gravado live on tape, sem cortes nem repetições. Quando Jon Stewart se engasga, Jon Stewart se desenvencilha. Quando Jon Stewart se engana, Jon Stewart se safa. Não há corte nem costura. Tudo é feito live, no momento – os gráficos, as montagens visuais, até o teaser do Colbert Report é feito em directo (e com direito a small talk entre Stewart e Colbert antes da gravação).
Ah, o convidado: o realizador John Waters, agora apresentador – ou melhor, Groom Reaper – do docu-drama televisivo “’Till death do us part”. Na conversa, revela que “Cry Baby” vai ser transformado em musical da Broadway…
À saída, ao cruzar da esquina, um cartaz gigante anuncia que é ali o estúdio do Daily Show e indica “for Larry Flint’s Hustler Club, go down the street and turn first left”.
Já noite, o ferry para New Jersey e a vista de Nova Iorque que nos traz à memória uma versão diferente da canção: “a cidade estava toda iluminada”.
Fim de dia na maior sala do Loew’s para ver 300. E que fantástico é ver cinema numa sala para 800 pessoas e ouvir as reacções do público ao desenrolar do filme – os aplausos, os apupos, os risos…
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New York report: dia 1 (notas de viagem)

12 horas de Lisboa a Nova Iorque, via Amesterdão. Na viagem, três filmes (Scoop, Uma Noite no Museu e For Your Consideration), um episódio da versão americana de The Office, alguma música em língua de trapos (De Dijk, Trijntje Oosterhuis) e um disco de Cristina Branco, com canções de nome bizarro (“Trago fodos nos sentidos”, “Os teus alhos são dois círios”).
Chegada. Malas pousadas no Harlem (no elegante Sugar Hill Harlem Inn, a meia hora de metro do centro de Manhattan e, aparentemente, na única rua inclinada da ilha) e, finalmente, a Times Square. Agora sim, é Nova Iorque.
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23 março 2007 

De volta

Hoje, a ressaca. O regresso à realidade fica para amanhã.

12 março 2007 

Start spreading the news...

Volto já

11 março 2007 

No intervalo, o recreio

1. Os videoclips mais sexy da história...
2. ...e os telediscos mais sexy da pré-história;
3. As vozes por dentro da TV;
4. As 25 casas mais bizarras do mundo;
5. As 15 personagens mais sexy da FC;
6. Os 10 melhores nús do Google Earth.
7. As 4 melhores tangas do cinema;
8. E todas as playmates de todas as Playboys...

 

11-M

Atocha, 11-M

10 março 2007 

Watchmen: o 1º fotograma!

Abram-se as bocas em espanto. Inclinem-se os corpos em vénia. Eis a primeira imagem de Watchmen, o filme! Por indizíveis milésimos de segundo, Rorschach revela-se subliminarmente aos 1:52 minutos da versão uncut do trailer de 300:

Rorschach (Watchmen) @ 300

 

Com que rouca voz (ouvido na rua)

«Chega à noite, enrouqueço. É de passar o dia a cantar o fado da vida. Enrouqueço... Enlouqueço!»
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09 março 2007 

Férias!

Scarlett, para as boas férias

 

The end is the beginning...

O Capitão América morreu. Viva o Tintin!

 

Diz que são...

...os 25 best movie posters de todo o sempre e entretanto. Palavra!

08 março 2007 

O dia da mulher...

...nas mãos de Deus.

 

Só uma perguntinha (que, afinal, são três)

Será impressão minha ou ainda nenhum daqueles senhores envolvidos no apito dourado, que há coisa de 24 horas passaram de suspeitos a acusados, suspendeu o mandato, apresentou a demissão ou pôs o cargo à disposição? E será impressão minha ou ainda ninguém da Comissão de Arbitragem ou da FPF ou da Liga se pronunciou sobre isso? E será impressão minha ou está tudo mais preocupado com o cartão vermelho do Liedson do que com tudo isto?

 

Numb3rs

«A Matemática e o combate ao crime:
Os números e a segurança pública de mãos dadas

 

As voltas que a vida dá

VC na Som Livre, Margarida Marante no CM, Eduardo Dâmaso no CM, João Marcelino no DN...
What's next?

 

Fait-divers

1. A primeira «african-american all black rock band», criada nos anos 60 (e aparentemente, ainda viva), chama-se Black Merda.

2. Uma das maiores produtoras mundiais de cinema pornográfico (casa de algumas das maiores estrelas porno da actualidade) tem sede em Tavira.

 

Tell me 'bout it

Joss Stone

 

Quando a dor se transforma em arte (revista de postas)

«quem diria
que me vinha a tristeza pelo telefone assim numa sexta feira à tarde sem aviso de recepção sem despedida nem breve nem eira qual poeira. o abalo do desmancho do castelo de cartas de amor, de letras de inverno, de ovelhas pastor, do até já querido senhor. que não há-de durar sempre, nem o longe nem o repente e fico assim só entre a gente sem poder dizer a muito mais ninguém que a espera do lançamento fica adiada para o além. o arremesso esperado do livro, da sardinha, da letrinha adiantada ao bisponto, armada em riste riso rico ou triste efectivamente adjectivafirmadamente. foi-se na minha sexta-feira um pouco do meu substantivo colectivo. (...)»

(Lágrima escrita, ausência cantada, na kitschnet.)
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07 março 2007 

Diz que é uma espécie de cinquentenário

Vasco GranjaEng. Sousa VelosoAnthímio de Azevedo
Raúl SolnadoCarlos CruzFialho Gouveia
Luís Pereira de SousaEládio ClímacoTopo Gigio

 

Um dia no clube de saúde

Na passadeira em frente à porta, Arsénio corre depressa. É o centro do seu mundo e das atenções. Arsénio tem o estilo. Tem o caparro. Tem a corrida. Tem o palminho de cara e o corpo a condizer. Arsénio sabe disso. Arsénio sabe que, à sua volta, todas o miram. Arsénio sabe que é bom, que é muito bom. Arsénio sabe disso. Arsénio sabe. O que Arsénio não sabe é correr. O que Arsénio não sabe é que os que o miram não o fazem pelo estilo nem pelo caparro. Fazem-no pela sua passada barulhenta, pelo seu orgulhoso 'thump', pelo seu revelador 'thump', pelo seu desmazelado 'thump'. E assim vai correndo Arsénio. Vaidoso. Alheado.

No fundo do ginásio, um gangue de velhotes monopoliza o espaço. Seis velhotes, sentados nas suas bicicletas. Cada um na sua bicicleta. Exercitam a garganta e o seu poder argumentativo. O treino de hoje? A jornada de ontem na televisão. E os golos e as faltas e as miúdas. E assim se vai treinando o gangue dos velhotes.

Sentado numa das máquinas de pesos, pensativo, Né Pedro não se mexe. Observa. Olha para o rapaz musculado do seu lado a levantar 50 quilos. Observa. Olha para a velhota que deita os bofes de fora nas elípticas. Observa. Olha para o puto que só levanta pesos com um braço enquanto se queixa do outro. Observa. E assim vai passando o tempo de Né Pedro.

Cartolina é a mais rara de todas as ginastas. Jovem, bonita, casada, envergonhada, provocadora - gata escondida de rabo de fora. Cartolina veste uma t-shirt larga para esconder a elegância do corpo e umas calças justas para deixar espreitar a perfeição das suas pernas. E para deixar sonhar... Para elevar o encanto, Cartolina não vai para o ginásio sozinha. Esta semana, acompanha-a Garcia Márquez e os habitantes de Macondo. E assim, primeiro na bicicleta, depois na passadeira, Cartolina vai lendo, devagarinho, passo a passo, página a página. Vai lendo e seduzindo. Indiferente ao 'thump' de Arsénio.

E quando, ao fim de dez minutos, suado e sorridente, Arsénio desce da passadeira, vaidoso, não sabe que os que o miram não sorriem para ele. Riem-se. Dele.

Mas não Né Pedro. Né Pedro não se ri. Observa. Segue o passo certinho de Cartolina e só desvia o olhar para acompanhar a saída altiva de Arsénio ao som das bocas do gangue dos velhotes. Não se ri. Observa. Apenas.

Lá fora, no jardim em frente à janela do clube de saúde, o sol projecta, por entre os arbustros, a sombra de um diabinho a rir.

 

Breviário de leituras: O búfalo da noite

O búfalo da noite, Guillermo Arriaga

«Fechou os olhos, enroscou-se debaixo dos cobertores e pediu-me para a abraçar. Adormeceu enquanto lhe acariciava os ombros. Amanheceu. Separei-me dela com cuidado e fui até à janela. O dia divisava-se claro, sem nuvens, sem chuva. A Tania ressonou ligeiramente e virei-me para a olhar. Segundo parecia, sonhava, porque emitia pequenos ruídos estalando os lábios.
Sentei-me ao lado dela. Observei-a e imaginei-a velha. Imaginei no seu rosto a marca do tempo: os olhos afundados, a boca débil, a dentadura roída, o queixo pendurado. Imaginei o seu abdómen estragado pelas gravidezes, as suas pernas ressequidas, os seus braços debilitados, os seus seios descaídos.
Se casasse com ela, de que falaríamos sessenta anos depois? De que nos lembraríamos? Dormiria nua ao meu lado, assim, sem pudor? Faríamos amor beijando-nos com as nossas bocas desdentadas? Quem morreria primeiro?
Estendi-me ao lado dela, abracei-a de novo e pouco a pouco fui adormecendo.»
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06 março 2007 

Publicidade institucional

Now, I've got to sit through an unskippable anti-piracy advert every single time I put the disc into my dvd player

 

300...

...segundos.

 

Desktop

«Yesterday, all my troubles seemed so far away
Now it looks as though they're here to stay»

 

House music (descubra as diferenças)

Hugh Laurie, Inside the Actors Studio, 2006:




Hugh Laurie, A bit of Fry and Laurie, 1986:

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Portugal global

Meia-noite. Zapping. Na CNN, Pedro Pinto entrevista Cristiano Ronaldo. Em inglês. Por breves instantes, Portugal é o mundo. Zapping. Na SIC Notícias, três spin doctors da bola trocam alarvidades. Em poucos segundos, Portugal voltou ao seu cantinho.

05 março 2007 

T-minus uma semana

Central Park, Nova Iorque (Fevereiro, 2005)

 

3G (ouvido no corredor)

«Eu sei lá o que é um lembrete! Eu não apito nada.»
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Fim-de-semana na cidade

Arcade Fire, The Magic Numbers, Klaxons e, agora, Bloc Party! E Bunnyranch e The Gift...
Diz que a coisa se está a compôr.

 

Uma vida tem seis palavras

«Everyone has a story. Can you tell yours in six words? Sure you can. Submit yours to be considered for SMITH's book of six-word memoirs, published in 2008 by HarperCollins, with short, short life stories from Dave Eggers, Moby, Mario Batali, Jonathan Lethem, Joyce Carol Oates, Stephen J. Dubner - and maybe you.»

 

A queda de um mito

Diz que o António Calvário conduz um Renault Scénic.

04 março 2007 

Dawn of the Watchmen

The idiot's guide to the Watchmen adaptation.

 

Sitting, waiting, wishing (da série "desculpe posso roubar-lhe uma imagem?")



@ Sábado há noite
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Attack of the clones ou separadas à nascença?

Quem é Beyoncira? Qual delas é Shakoncé? Onde está a beautiful liar?

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A morte é uma passagem (descubra as diferenças)

En el hoyo

«According to Mexican legend, the devil demands one soul be offered up for every bridge built, as a guarantee for the structure’s durability. In Juan Carlos Rulfo’s internationally-praised documentary, this age-old adage takes on mammoth proportions.»



The bridge

«More people choose to end their lives at the Golden Gate Bridge than anywhere else in the world. THE BRIDGE offers glimpses into the darkest, and possibly most impenetrable corners of the human mind. The fates of the 24 people who died at the Golden Gate Bridge in 2004 are linked together by a 4 second fall.»
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03 março 2007 

Sporty spice

Scarlett Hearts

02 março 2007 

Um poeminha no fim das bichas

«(e agora todos em coro)

Os alegres democratas
Dão de frosques
Vão de gatas
Pelos bosques
Pelas matas
Sobem postes
Viram latas
Rabiosques
Quatro patas
Democratas, pataratas

(outra vez)

Quer tu gostes
Quer desgostes
Aos primatas
Aos labrostes
Não lhes batas (não me batas)
Que os matas (que me matas)
Dá de frosques
Vai de gatas
C'os alegres democratas

(outra vez)»


(Alface, O fim das bichas)
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O lusíada

Alface (João Alfacinha da Silva), 1949 - 2007

 

D. Sebastião...

...come tudo, tudo, tudo.

 

O guarda-redes (adenda)

Será impressão minha, ou as imagens que a SIC escolheu para ilustrar a notícia não são as melhores? É que, enquanto as vozes de velhos companheiros recordam - sobre banda-sonora pungente - as virtudes futebolísticas e as qualidades humanas do grande guarda-redes, as imagens mostram o Bento a "dar um encosto" a um adversário. Será a essa imagem que os senhores da SIC querem reduzir a vida do capitão campeão? Ninguém gosta de amores súbitos e honras falsas na hora da morte, mas esta também não me parece que seja a melhor maneira de homenagear alguém...

01 março 2007 

Ano polar,

saudades da Patagónia...

Glaciar Perito Moreno, Argentina (Fevereiro, 2006) ©

 

Resumo do dia

O catálogo da Enoteca. A Cinnamon & wine dos Norton. O Whiskey dos Fingertrips. A Morfina do Mundo Cão. A açorda em congresso. O lixo cobrado ao quilo... Haverá para aqui algum padrão?

 

O guarda-redes

Bento, 1948 - 2007

 

Sandes e sopas

Edifício aberto, parque de estacionamento fechado, obras na rua... Gatos à porta, o gordo no bar, dezenas de pessoas espalhadas para aplaudir... Novas burocracias pela net, apelos sindicais pelo mail, carros, carrinhas e camionetas pelo caminho... E eu que só queria poder voltar a almoçar descansado e comer comida de gente, em vez das mesmas sandes em pão de ontem e sopas que sabem sempre ao mesmo.

 

É, não é? (revista de postas)

«A ver se percebo: o senhor Paulo Macedo só conseguirá realizar bem o seu trabalho se o ordenado continuar a ser a obscenidade que é (sim, obscenidade, falamos de um agente da função pública). É caso para absolver José Sócrates e os seus ministros de grandes responsabilidades: com o que ganham, não podemos pedir muito mais.»

(na Cibertúlia)
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Say what again!

 

Facto: a cada 30 segundos, nos EUA, um homem é atropelado por um condutor embriagado

Este é esse homem...

B.I.

Coisas Breves

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